O Tempo
Diz Brian Greene em
seu livro, O Universo Elegante
(supercordas, dimensões ocultas e a busca da teoria definitiva), São Paulo, Cia
das Letras, 2001, p. 53/4: “É difícil dar uma definição abstrata de tempo – as
tentativas nesse sentido muitas vezes terminam recorrendo à própria palavra
‘tempo’, ou então a contorcionismos lingüísticos, de forma a evitá-lo. Em vez
de seguir esse caminho, podemos adotar um ponto de vista pragmático e definir o
tempo como aquilo que os relógios medem. É lógico que isso transfere o problema
para a definição de ‘relógio’; aqui podemos pensar que um relógio é um
instrumento caracterizado por ciclos de movimento perfeitamente regulares.
Medimos o tempo contando o número de ciclos por que passa o relógio”.
Veja que temos uma
tríade: velocidade é igual a espaço dividido pelo tempo, ou seja, o tempo
transcorrido para cumprir certo espaço, v = x/t. Na realidade não necessitamos
de três elementos, PORQUE temos X, T e o terceiro é uma relação, X/T = V.
Dependemos da definição do par polar oposto/complementar. Espaço é onde
circula o ser, de modo que espaço é outro nome de ser, porque é a
liberdade de trânsito. Tempo é onde é o ser. De maneira que SER/TER
é SER-ESPAÇO e TER-TEMPO, e o espaço-tempo é outro nome do SER/TER. Temos tempo
para ser, ou circular.
É porisso que nenhum
ser precisa de definições de tempo e de espaço, DADO QUE ser/ter de cada um JÁ
É no espaçotempo.
Entrementes, podemos
dizer que tempo é ciclo, é contagem, é pulso, é comparação, batida, repetição.
Todo modo de repetir CONTA o tempo, seja o da pseudopassagem do Sol, o do
pseudocírculo da Lua, a marcação de um átomo, o que for. O pulso humano
denotador do bombeamento do coração, uma vela que corre, a água de uma clepsidra,
tudo serve. Não existe dificuldade realmente nenhuma. Porém, se tudo isso
serve, é porque DENTRO DO SER o ser é, ou seja, é tempo, é passagem
psicológica, justamente marcação. Eles vêem dificuldades demais, onde nem há. É
porque o SER É que ninguém precisa falar nem de tempo nem de espaço.
Espaçotempo já é SER/TER.
Vitória,
quarta-feira, 21 de maio de 2003.
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