segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017


O Que Falta a Todos

 

                            No livro de Richard Tarnas, já citado (A Epopéia do Pensamento Ocidental), p. 52, temos esta passagem: “Depois de haver investigado todos os sistemas de pensamento da época, das filosofias científicas inerentes à Natureza até as sutis discussões dos sofistas, Sócrates concluíra que faltava a todos um bom método crítico”, negrito e colorido meus.

                            LEIA O QUE SÓCRATES DISSE

·        UM: não podem ser muitos, nem três ou dois, mas apenas um, o que quer necessariamente dizer rendição total a UM método, um eixo de compreensão e estudo geral, para o qual TODOS estejam voltados, e em torno do qual todos estejam produzindo;

·        BOM: não precisa ser excelente, inicialmente, nem divino em precisão, só precisa ser bom, quer dizer, produtivo, desdobrando-se nos domínios do Conhecimento (no modelo diríamos Magia/Arte, Teologia/Religião, filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) geral;

·        MÉTODO: um modelo, um estudo, um exercício estruturado, competente, que seja aceito por quase todos, em todos os vértices, o que é difícil;

·        CRÍTICO: que não se acomode em composições “favoráveis”, em louvores a este ou aquele medalhão ou qualquer galardoado com prêmios que encarnam o passado, e que seja, de preferência, crítico com relação a si mesmo, não permanecendo em, nem sequer desejando ir a qualquer pedestal de autoridade, quer dizer, que não se congele nos elogios e nos sucessos.

Entrementes passaram 2,5 mil anos e até agora não o conseguimos e assim permanecerá sendo até que o modelo se torne público e publicamente adicionado e instituído pela multidão de pesquisadores.

Veja a profundidade de Sócrates: com quatro palavras deu direção e sentido (não seguidos, como se viu na profusão de manifestações egoístas a seguir) a toda uma busca de reunião.

Vitória, quinta-feira, 22 de maio de 2003.

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