O Que Falta a Todos
No livro de Richard
Tarnas, já citado (A Epopéia do
Pensamento Ocidental), p. 52, temos esta passagem: “Depois de haver
investigado todos os sistemas de pensamento da época, das filosofias
científicas inerentes à Natureza até as sutis discussões dos sofistas, Sócrates
concluíra que faltava a todos um bom método crítico”, negrito e colorido meus.
LEIA O QUE SÓCRATES DISSE
·
UM:
não podem ser muitos, nem três ou dois, mas apenas um, o que quer
necessariamente dizer rendição total a UM método, um eixo de compreensão e
estudo geral, para o qual TODOS estejam voltados, e em torno do qual todos
estejam produzindo;
·
BOM:
não precisa ser excelente, inicialmente, nem divino em precisão, só precisa ser
bom, quer dizer, produtivo, desdobrando-se nos domínios do Conhecimento (no
modelo diríamos Magia/Arte, Teologia/Religião, filosofia/Ideologia,
Ciência/Técnica e Matemática) geral;
·
MÉTODO:
um modelo, um estudo, um exercício estruturado, competente, que seja aceito por
quase todos, em todos os vértices, o que é difícil;
·
CRÍTICO:
que não se acomode em composições “favoráveis”, em louvores a este ou aquele
medalhão ou qualquer galardoado com prêmios que encarnam o passado, e que seja,
de preferência, crítico com relação a si mesmo, não permanecendo em, nem sequer
desejando ir a qualquer pedestal de autoridade, quer dizer, que não se congele
nos elogios e nos sucessos.
Entrementes passaram 2,5 mil anos e
até agora não o conseguimos e assim permanecerá sendo até que o modelo se torne
público e publicamente adicionado e instituído pela multidão de pesquisadores.
Veja a profundidade de Sócrates: com
quatro palavras deu direção e sentido (não seguidos, como se viu na profusão de
manifestações egoístas a seguir) a toda uma busca de reunião.
Vitória, quinta-feira, 22 de maio de
2003.
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