segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017


O Prêmio dos Bandidos

 

                            Um certo Dino foi contratado por nós para reparar o computador. Levou-o para casa e sem pedir permissão trocou a placa de vídeo, cobrando R$ 60 pelo seu serviço e R$ 120 pela placa de vídeo “pouco usada”, “quase novinha”, que o Patrick, amigo de Gabriel cursando ciência da computação na FAESA, Vitória, ES, diz não custar nova mais que R$ 30.

                            Isso deixou Gabriel indignado.

                            Bom, há um prêmio imediato para os bandidos, aquilo que eles nos roubam por trapaça, enganação, enrolo, ou os inúmeros logros bancários, etc. e tal. Sem dúvida há. Mas, no caso desse rapaz, vejo que ele nos livrou de si, de uma relação que poderia nos custar muito mais no futuro, pela bagatela de R$ 90. Por tão pouco quanto isso ficamos sabendo que ele é bandido, pirata, sujo.

                            É ruim, dói, mas é bom também, porque talvez, a continuarmos ligados a ele, desde que venhamos a crescer e quem sabe ter muitos computadores no futuro, perdêssemos muito mais. Ele, por outro lado, deixou de, quem sabe? - ganhar bastante adiante, por ambição besta de agora.

                            Alguém disse, e eu já citei muitas vezes, que às vezes o castigo não é pelo que tínhamos e deixamos de ter, e sim pelo que nem chegaremos a ter, devido aos nossos erros e má-fé. Isso é motivo para nos perguntarmos QUANTAS VEZES e QUANTO já perdemos, como humanidade inteira, devido a essa falta de amor ao próximo. É como Jesus disse: “amai-vos uns aos outros como eu vos amei”, isto é, do modo divino. Que mundo TÃO MELHOR poderíamos ter agora, não fosse esse tipo de coisa que praticamos tão afoitamente, por ninharias. Como disse Jorge Benjor, “se malandro soubesse como é bom ser honesto, seria honesto só por malandragem”.

                            É, os malandros vivem num mundo menor, mais pobre, menos elegante, menos brilhante.

                            Vitória, sábado, 24 de maio de 2003.

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