quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017


Mirando o Trabalho Operário

 

                            Os operários nas Classes do Labor (operários, intelectuais, financistas, militares e burocratas) nunca são observados diretamente enquanto psicologia (figuras ou psicanálises operárias, objetivos ou psico-sínteses operárias, produções ou economias operárias, organizações ou sociologias operárias, espaçotempos ou geo-histórias operárias). Aliás, nenhuma das classes, muito menos suas categorias.

                            Como se vestem, aonde vão, o que fazem nas horas de folga, o que compram preferencialmente, como se divertem, quais suas crenças, como vivem enquanto PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) nos AMBIENTES (municípios/cidades, estados, nações, mundo)? Como se organizam em sindicatos e associações de ajuda mútua?

                            São mostradas as obras (pontes, estradas, máquinas, o que for), mas nunca os indivíduos por trás delas. Como os operários se vestiram através do tempo e do espaço? Claro que alguma coisa é mostrada, de passagem, mas nada diretamente, nem comparativamente, uma investigação comparada. Qual sua relação com a Bandeira Elementar (ar, água, terra/solo, fogo/energia)? Como vivem na Bandeira da Proteção (lar, armazenamento, saúde, segurança e transporte)?

                            Em resumo, para uma civilização que é supostamente tão individualista pouco sabemos DIRETAMENTE das pessoas, especialmente dos operários, pois os intelectuais se retratam em suas tecnartes, digamos filmes, já que são obsessivamente autocentrados.

                            Não há, pensemos nisso, na profundidade dessa negação, um dicionárienciclopédico operário, nem sobre eles, NEM PARA ELES, para seu uso.

                            Vitória, domingo, 01 de junho de 2003.

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