Mirando o Trabalho
Operário
Os operários nas
Classes do Labor (operários, intelectuais, financistas, militares e burocratas)
nunca são observados diretamente enquanto psicologia (figuras ou psicanálises
operárias, objetivos ou psico-sínteses operárias, produções ou economias
operárias, organizações ou sociologias operárias, espaçotempos ou geo-histórias
operárias). Aliás, nenhuma das classes, muito menos suas categorias.
Como se vestem, aonde
vão, o que fazem nas horas de folga, o que compram preferencialmente, como se
divertem, quais suas crenças, como vivem enquanto PESSOAS (indivíduos,
famílias, grupos e empresas) nos AMBIENTES (municípios/cidades, estados,
nações, mundo)? Como se organizam em sindicatos e associações de ajuda mútua?
São mostradas as
obras (pontes, estradas, máquinas, o que for), mas nunca os indivíduos por trás
delas. Como os operários se vestiram através do tempo e do espaço? Claro que
alguma coisa é mostrada, de passagem, mas nada diretamente, nem
comparativamente, uma investigação comparada. Qual sua relação com a Bandeira
Elementar (ar, água, terra/solo, fogo/energia)? Como vivem na Bandeira da
Proteção (lar, armazenamento, saúde, segurança e transporte)?
Em resumo, para uma
civilização que é supostamente tão individualista pouco sabemos DIRETAMENTE das
pessoas, especialmente dos operários, pois os intelectuais se retratam em suas
tecnartes, digamos filmes, já que são obsessivamente autocentrados.
Não há, pensemos
nisso, na profundidade dessa negação, um dicionárienciclopédico operário, nem
sobre eles, NEM PARA ELES, para seu uso.
Vitória, domingo, 01
de junho de 2003.
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