segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017


Lições do Amor

 

                            Quando eu tinha lá cinco ou seis anos, em Cachoeiro de Itapemirim ainda, mamãe, sem empregada, lavava os pratos e eu enxugava. Nem meus irmãos mais velhos antes de mim, nem meu irmão mais novo depois, fizeram isso, não era “trabalho de homem”. Não me senti diminuído, nem encurralado em minha masculinidade. Eu a via sofrendo de excesso de trabalho e apenas procurei ajudar um pouco, pois tinha grande ligação com meu pai e com minha mãe. Não sou nada especial, ninguém de formidável, alguém a quem devam observar, nem nada, era um gesto simples, que milhões tiveram, em termos de atenção para com o próximo.

                            Veja só que o amor pode abrir portas, no sentido de aproximação dos seres humanos, como nos ensinaram Cristo e os iluminados de um modo geral. Se isso pudesse ser ensinado nas escolas, que grande diferença faria para o futuro humano! De forma mansa e branda, devagarinho para não assustar os animais que nós ainda somos, professoras e professores iriam pondo as questões, as indagações que levam ao melhor dos mundos.

                            Homens com relação a suas esposas, pais e mães com seus filhos e filhas, e vice-versa, novos e velhos, as raças, os sexos, tudo pode melhorar tremendamente se essa chave do amor (na Rede Cognata, veja Rede e Grade Signalíticas, Livro 2, amor = CHAVE) for usada. Se julgaram piegas o apelo ao amor foi porque o mundo se tornou tremendamente duro, cínico, debochado, besta, terrorista. Nunca é tarde demais para retomar essa senda proveitosa. Nunca é bobo ensinar aos mestres e mestras, para eles e elas repassarem a seus pupilos. O amor não é baixa condição, é a mais alta que existe, a que abre a porta para o Alto Mundo, digamos assim, para a mais perfeita das existências.
                            Vitória, domingo, 25 de maio de 2003.

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