Essas Formidáveis
Enciclopédias
Das eletrônicas
tenho a Barsa (duas versões, uma pirata e uma verdadeira), a Encarta (idem), a
Britannica (só essa custou R$ 1,8 mil), a Hispânica e várias outras. De papel a
Britannica (custou mais R$ 2,0 mil), a Mirador, a Einaudi (até o volume 20), a
Barsa, o Tesouro da Juventude, Conhecer, Conhecer Universal, Conhecer 2000 e
várias outras.
Gastei muito
dinheiro nisso.
Depois de 30 anos
comprando e encadernando fascículos ou adquirindo-as prontas, estou começando a
lê-las, lentamente, sempre com grande apreço. O que mais me admira é que as
pessoas (indivíduos, famílias, grupos e empresas) não façam isso - nem adquirir
nem ler.
Veja a micropirâmide
(campartícula fundamental, subcampartículas, átomos, moléculas, replicadores,
órgãos, corpomentes), a mesopirâmide (indivíduo, família,
grupo, empresa, município/cidade, estado, nação, mundos) e a macropirâmide
(planetas, sistemas estelares, constelações, galáxias, aglomerados,
superaglomerados, universos, pluriverso) e toda oportunidade de espanto com a
automontagem do metaprogramáquina geral: fico tão abismado de as pessoas não se
empolgarem! Espantadíssimo com o descaso quase universal. Quando falam de uma
pessoa que lê enciclopédias e dicionários tomam-na por doida.
Tal é o mundo
humano.
Não obstante, ali
estão conhecimentos que, ainda que ligeiros, são muito explicativos em largura,
altura e profundidade. Pensemos na riqueza que seria um povo antigo descobrir
um dicionárienciclopédico contemporâneo. As coletividades poderiam dar saltos
extraordinários. Ou nós descobrirmos um D/E de 400 anos no futuro.
Fico assombrado
demais com o desprezo.
Não consigo me
conformar, as pessoas morrendo de sede de entretenimento numa imensa lagoa de
águas puras.
Vitória, sexta-feira,
30 de maio de 2003.
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