Criando Patentes
Embora eu insistisse
com meus irmãos da necessidade de criar objetos para ganharmos dinheiro, antes
de começar efetivamente não tinha me ocorrido perguntar COMO fazemos para
chegar a alguma coisa, dado que “tudo vem”, diriam os idiotas, às nossas
cabeças.
Não é bem assim, não
é nada disso, não é mágico.
Precisamos SENTIR a
necessidade, ou nossa ou dos outros. Depois contraformamos o objeto, lhe damos
uma contra-forma, de modo que daí viria o desenho à nossa mente. Em seguida
seria preciso ver as peças por dentro. Se tivermos capacidade de desenho
(manual ou por máquina, tipo CADCAM ou Autodesk), fica tudo mais fácil. Se não,
é preciso ter mentalidade plástica, ver em virtual os desenhos.
Nada disso a seguir foi ainda
registrado.
VEJAMOS ALGUMAS POSSIBILIDADES
·
LIMPADOR CIRCULAR DE PISCINA: colocando na borda rodinhas, que
girarão num diâmetro suspenso, do qual à esquerda e à direita do centro
penderão pás rotativas, que terão peneiras retangulares mergulhadas na água, e
serão movimentadas desde a borda. Ou podem ser piscinas retangulares, com um
cabo que seja pouco maior que metade do lado menor levando o conjunto de um a
outro lado do comprimento.
·
MÃOZINHAS DE LIMPAR PISCINA imagine-se numa piscina circular que
seja preciso limpar, até agora com aquelas peneiras na ponta de hastes mais ou
menos longas, o que é um incômodo, mormente se devemos pedi-las a funcionários.
Por outro lado, podemos ter luvas fixadas sobre peneiras maiores ou menores, só
para a mão esquerda, para a direita, ou ambas, de modo que entrando na água
podemos fazê-las movimentar à nossa volta e até profundamente, de dentro da
piscina nós mesmos fazendo o serviço.
·
ROUPA DE PISCINA: da necessidade de sair da água
relativamente quente para o ar muito mais frio, quando não seja piscina
aquecida nem área coberta, uma roupa que se vista imediatamente, fechando-se
nos punhos e tornozelos, com zíper correndo de baixo a cima, por dentro sendo
disparado mecanismo de esquentamento.
·
ESPUMA DE FOGÃO: para quem vá vedar o encanamento de
transporte de gás (diferentemente dos EUA, no Brasil o gás de fogão de cozinha
é de uso generalizado), o que é bastante difícil com o atual veda-rosca, por si
mesmo notável adiantamento em relação aos métodos anteriores, uma espuma que se
solidifique no local, instantaneamente, e só possa ser arrancada a custo,
ficando grudada firme no local. Pode servir para água, fluidos em geral, gás.
Veja só, você está com uma dificuldade
e pensa a solução para ela, com as delimitações fundamentais, que vem do seu
conhecimento ou desconhecimento. Quanto maior o Conhecimento (no modelo
Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e
Matemática) geral disponível, tanto mais eficaz você pode ser, daí a
importância de estudar sempre.
Conhecer as dificuldades é
importantíssimo. Aceitar as soluções anteriores (no conjunto chamadas de ESTADO
DA ARTE) é fundamental, já que ninguém quer oferecer como recentíssima
descoberta a roda; seria ridículo dizer: “ih, cara, descobri uma coisa redonda
maravilhosa...”.
É fundamental não repetir, porque
seria uma frustração tremenda, gasto de tempo, de dinheiro, de computador,
expectativas, sonhos, para depois ver tudo desabar. Isso é chamado pelos
escritórios de registro de NOVIDADE ABSOLUTA.
Há que ser industrializável: não
adianta mesmo nada imaginar um supercaminhão, um caminhão fora-de-estrada de
três quilômetros de altura, porque as indústrias de agora não conseguiriam
fabricar. Nem os computadores de Babbage, que ele inventou há 150 anos e só
puderam ser feitos quanto já estavam obsoletos há 50 ou mais.
Há a utilidade para a outra ponta, o
consumidor, porque ninguém vai gastar o rico dinheirinho, tão difícil de
ganhar, em algo inútil, nem a pedido de amigos. Não pense inutilidades, cosias
que não sejam efetivamente de grande proveito alheio.
E assim por diante.
Vitória, domingo, 25 de maio de 2003.
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