segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017


Cidades Grandes

 

                            Num determinado texto das posteridades pedi a construção do que chamei de “enegrafias”, tanto de PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) quanto de AMBIENTES (municípios/cidades, estados, nações e mundo), semelhantes a biografias.

                            Em particular a cidadegrafia e a municípiografia, a vida-racional das cidades e dos municípios, enquanto unidades produtivorganizativas ou econômico-sociais ou socioeconômicas. Já delineei também a forma de abordagem, mas agoraqui quero encompridar o papo.

                            O conjunto de latitude (acima-abaixo ou norte-sul ou altura do retângulo cartográfico), de longitude (esquerda-direita ou oeste-este ou comprimento), de altitude (para fora e para dentro, ou profundidade da tela de projeção), marcado sobre a cidade. Quanto ocupa da área do município. De onde lhe vem a economia/produção (agropecuária/extrativista, industrial, comercial, de serviços e bancária), como se organiza, quantos moram ali, com que formação escolar geral, quais os objetivos mais perseguidos, áreas verdes, praças, todas as tecnartes (são 22 as listadas), por exemplo, cinemas e teatro, quais as exposições ou mostras industriais, se há portos, aeroportos, espaçoportos (poucas têm), rodoviárias, seus sistemas de telecomunicações (com o número de telefones e celulares), seus sistemas de comunicação (mídia: TV, Revista, Jornal, Livro/Editora, Rádio e Internet), de onde vem a água que consomem, como a trata antes do consumo, e depois (esgotamento sanitário), tratamento do lixo, centrais de abastecimento alimentar, armazenamento geral, residências, saúde, tudo que se poderia perguntar.

                            O que podemos aprender da comparação das cidades?

                            O que as cidades fazem para viver?

                            Quais as suas competências comparativas?

                            Como fizeram para se assentarem no ambiente mais largo do estado ou província, como se relacionam com a nação, como provém o lazer do povo e o ócio das elites, que gêneros de trabalho oferecem nas 6,5 mil profissões? Há milhares de perguntas a fazer. Enfim, estou sempre a me perguntar POR QUÊ as pessoas não fazem nem respondem às questões mais interessantes. O quê os acadêmicos das universidades estiveram fazendo esse tempo todo? Estão aí não sei quantos milhares de cidades grandes, um fenômeno novo, fantástico, maravilhoso, e ninguém realmente faz as perguntas pertinentes.

                            Vitória, quinta-feira, 22 de maio de 2003.

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