Cidades Grandes
Num determinado
texto das posteridades pedi a construção do que chamei de “enegrafias”, tanto
de PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) quanto de AMBIENTES
(municípios/cidades, estados, nações e mundo), semelhantes a biografias.
Em particular a
cidadegrafia e a municípiografia, a vida-racional das cidades e dos municípios,
enquanto unidades produtivorganizativas ou econômico-sociais ou
socioeconômicas. Já delineei também a forma de abordagem, mas agoraqui quero
encompridar o papo.
O conjunto de
latitude (acima-abaixo ou norte-sul ou altura do retângulo cartográfico), de
longitude (esquerda-direita ou oeste-este ou comprimento), de altitude (para
fora e para dentro, ou profundidade da tela de projeção), marcado sobre a
cidade. Quanto ocupa da área do município. De onde lhe vem a economia/produção
(agropecuária/extrativista, industrial, comercial, de serviços e bancária),
como se organiza, quantos moram ali, com que formação escolar geral, quais os
objetivos mais perseguidos, áreas verdes, praças, todas as tecnartes (são 22 as
listadas), por exemplo, cinemas e teatro, quais as exposições ou mostras
industriais, se há portos, aeroportos, espaçoportos (poucas têm), rodoviárias,
seus sistemas de telecomunicações (com o número de telefones e celulares), seus
sistemas de comunicação (mídia: TV, Revista, Jornal, Livro/Editora, Rádio e
Internet), de onde vem a água que consomem, como a trata antes do consumo, e
depois (esgotamento sanitário), tratamento do lixo, centrais de abastecimento
alimentar, armazenamento geral, residências, saúde, tudo que se poderia
perguntar.
O que podemos
aprender da comparação das cidades?
O que as cidades
fazem para viver?
Quais as suas
competências comparativas?
Como fizeram para se
assentarem no ambiente mais largo do estado ou província, como se relacionam
com a nação, como provém o lazer do povo e o ócio das elites, que gêneros de
trabalho oferecem nas 6,5 mil profissões? Há milhares de perguntas a fazer.
Enfim, estou sempre a me perguntar POR QUÊ as pessoas não fazem nem respondem
às questões mais interessantes. O quê os acadêmicos das universidades estiveram
fazendo esse tempo todo? Estão aí não sei quantos milhares de cidades grandes,
um fenômeno novo, fantástico, maravilhoso, e ninguém realmente faz as perguntas
pertinentes.
Vitória,
quinta-feira, 22 de maio de 2003.
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