domingo, 19 de fevereiro de 2017


A Psicologia Guerreira de Marx

 

                            No modelo a Psicologia é composta de: 1) figuras ou psicanálises, 2) objetivos ou psico-sínteses, 3) produções ou economias, 4) organizações ou sociologias, 0) espaçotempos ou geo-histórias. Com a LUTA DE CLASSES, naturalmente, Marx estava propondo uma Ψ guerreira, de luta, luta das categorias de trabalhadores contra as categorias de burgueses, mais amplamente dos povos com as elites, um conflito total do povelite ou nação, rebentadas as partes.

                            O que ele poderia fazer?

                            Durante séculos, milênios, o que vimos foi a contínua exploração dos povos por suas elites, implacavelmente, sem apelação alguma. Não houve contemplação quase nenhuma, exceto originalmente por parte de Cristo e dos demais iluminados. Após cinco ou mais milênios de civilização, talvez dez, sem qualquer recuo dos poderosos rumo à decência, o que propor? Ele estava certo. Na falta de uma prateoria mais ampla e definitiva o caminho era realmente aquele.

                            Guerra das classes do labor (operários, intelectuais, financistas, militares e burocratas), das classes do TER (ricos, médios-altos, pobres e miseráveis), das classes econômicas (agropecuaristas/extrativistas, industriais, comerciantes, dos serviços e bancários) e de toda classe mesmo, inclusive os níveis (povo, lideranças, profissionais, pesquisadores, estadistas, santos/sábios e iluminados). Na falta de algo melhor, seria aquilo. E desde sua akmé (sua “apresentação”, como diriam os gregos) Karl Marx – prussiano, 1818 a 1883, 65 anos entre datas, metade da vida por volta de 1850, 150 anos contados até agoraqui – essa vem sendo a ordem do dia: A GUERRA DE CLASSES, tudo em razão da irresponsabilidade das elites, que Cristo minou desde o início.

                            Pelo mesmo caminho enveredaram tantos depois dele: Lênin, Trotsky, Mao Tse Tung (agora Zedong), Fidel, Ho Chi Min e outros (eu mesmo, na falta de solução melhor, me consideraria marxista).

                            Em resumo, guerra de figuras, guerra de objetivos, guerra de produções, guerra de organizações e guerra de espaçotempos (geo-histórias municipais/urbanas – dentro dos bairros, como vem acontecendo -, estaduais, nacionais e internacionais).

                            Veja você o que a falta de inteligência, a cupidez, a cobiça, a ganância desmedida, a ausência de conhecimento das elites pode nos trazer, se houver um teórico que se preocupe com o povo, nem que seja para lançá-lo à luta. E é o certo, porque a morrer de fome é preferível morrer lutando.

                            Vitória, sexta-feira, 23 de maio de 2003.

Nenhum comentário:

Postar um comentário