quinta-feira, 26 de janeiro de 2017


Alegria Tropical

 

Repare que as moedas são 50/50, têm anverso e verso, cara e coroa, oposições que se complementam, assim como na esfera os diâmetros têm raios que se opõem completamente em relação ao centro.

Volte e leia Os Trópicos São Tristes?, para ver que a pergunta é retórica: não são, de modo nenhum, tristes, pelo contrário. A maior felicidade se concentrará neles no futuro não muito distante. Ainda que várias coisas boas lá indicadas estejam disponíveis, é verdade que as regiões temperadas e mesmo a ártica e antártica possuem qualidades. Por exemplo, a neve proporciona água limpa, tão limpa quanto o ar, água não contaminada por descargas marginais de efluentes nos rios. A caixa d’água acumula durante três meses no inverno e vai derretendo aos poucos na primavera, o que também força o pousio do solo durante seis meses. Nos trópicos dependemos de chuva, que cai e corre logo por gravidade, não temos depósitos de água.

Entrementes, a maior quantidade de favores foi posta nos trópicos, inclusive o maior vigor do Sol, que vai de 23,5º Sul a 23,5º Norte em relação à eclíptica (essa é a definição de trópicos). Ar quente, água quente, terra quente – maior disposição de energia, que é o que move tudo. Os tecnocientistas devem ter medido a temperatura média dos trópicos, das regiões temperadas, das regiões polares – nas tropicais não é preciso aquecer em relação aos 37º do corpo humano.

Evidentemente, sob pressão MUITO maior do frio, os seres humanos temperados precisam trabalhar muito mais, estocar muito mais, ser muito mais judiciosos, controlar muito mais o uso – eles trabalham consideravelmente mais e não podem bobear, tem de se vigiar e vigiar os ambientes, impondo sanções. Tem de ser cautelosos, atentos, cuidadosos, o que fez a civilização aparecer por lá muito mais cedo – especialmente sua principal vertente, o estímulo à capacidade inventiva e a sobrevivência mais apta dos mais fecundos. Até que essa competitividade por produtos e serviços se instalasse nos trópicos, eles seguiram atrás, não se colocaram à frente. Tão logo foquemos na capacidade criadora, seremos capazes de saltar à frente e não pararemos mais.

Embora seja doação natural, da Natureza, a conjunção de tantas oportunidades no Brasil é chocante. Mesmo assim, é o caso de fazer demonstração das coisas disponíveis, não custa lembrar, mostrar às demais nações não-tropicais, e juntar as tropicais num coletivo mundial, uma congregação especial, um Congresso Mundial Tropical, COMUTO.

Vitória, quinta-feira, 26 de janeiro de 2017.

GAVA.

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