Vida em Marte
Especula-se se teria
havido vida em Marte.
Eis o que o modelo
tem a dizer.
Em primeiro lugar,
tudo é transição. Daí devermos pensar que se a Terra está hoje na posição do
toróide dessa vida que conhecemos (que é parte das possibilidades de Vida
geral), não foi sempre assim, nem será. O Sol esteve mais quente, estará mais
frio. Marte foi o passado, a Terra é o presente, Vênus será o futuro. A
Vida não mira ninguém em particular, apenas acontece em determinadas condições,
que são bem vastas mesmo. No vetor Sol-Terra é essa que conhecemos. Num vetor
estrela-planeta qualquer, será outra. No passado vetor Sol-Marte terá sido uma.
Com certeza a páleo-existência do Sol prenunciou outros modos de convivência. A
Terra era escaldante antes, como Vênus é hoje. Este raciocínio aponta para a
existência passada.
Em segundo lugar, há
a questão da Bandeira Elementar: ar, água, terra/solo e fogo/energia estão
presentes em Marte, embora em quantidades diferentes. As temperaturas são mais
baixas, há menos ar, menos água, mas não são insuficientes. Isso também aponta
para a existência.
Em terceiro lugar,
descobriram vida nas fossas profundas do Oceano, sobre pressões que para nós
seriam terríveis, utilizando calor das fissuras das cristas meso-oceânicas e dos
micro-vulcões que trazem lava que vem do magma. Descobriram-na também sobre o
gelo da Antártica, onde ela está há mais de 10 milhões de anos sem contato com
a parentalha da superfície. Mais um apontamento.
E assim por diante,
poderíamos discorrer durante muito tempo. O problema não é haver não-existir
vida em Marte, é justamente o oposto, PORQUE: 1) se ela é nossa parente é
relativa a OUTROS AMBIENTES muito remotos, para os quais não temos defesa na
biblioteca operativa do nosso ADRN; 2) se não é pode desenvolver-se
extraordinariamente sob a Bandeira Elementar da Terra, ou seja, usar a matriz
terrestre de ar, água, terra/solo e fogo/energia, com temperaturas médias muito
mais altas, para conquistar nossos ambientes e destronar nosso tipo de vida; 3)
se tal vida existir por lá em dormência, pode ter se desenvolvido em condições
MUITO MAIS HOSTIS que as nossas, portanto tendo adquirido muito maior grau de
habilidade ou aptidão vital. Ou seja, sua capacidade de sobreviver pode ser
incomensuravelmente maior que a nossa.
É sobre isso que
esses caras, sôfregos de apresentar ao mundo algo surpreendente e chamativo (do
interesse da mídia), não estão raciocinando.
Não é a vida
não-existir em Marte que me preocupa, é o contrário. De todo modo ela será
perigosa. Se há vida marciana naquele meteorito, graças aos céus ela foi
queimada ao entrar na atmosfera terrestre.
Vitória, domingo, 11
de agosto de 2002.
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