sexta-feira, 23 de dezembro de 2016


Riqueza de Ideias como Democratizadora

 

Uma ideia sempre coloca o idealizador em conflito-confronto com as pessoambientes (PESSOAS: indivíduos, famílias, grupos, empresas; AMBIENTES: cidades-municípios, estados, nações, mundo), inclusive consigo; por exemplo, o mero deslocamento de cama em casa cria novas linhas de passagem. Uma patente - comprando-se ou não o objeto derivado dela - impele o coletivindividual a mudanças (por vezes notáveis) para o bem e para o mal, digamos os antibióticos, que tanto salvaram pessoas quanto elevaram a resistência das bactérias.

Ideias jogadas aos ambientes levam a mudanças exponenciais e provocam alterações formidáveis, obrigando a coletividade a se reposicionar, como aconteceu com os celulares, agora onipresentes. Quanto menos pesquisadora & desenvolvedora é a sociedade, mais estagnante se tornará – cristalizará em gestuais, em posturas acadêmicas, em restrições socioeconômicas e políticas. AS coletividades pobres em ideias tendem a se tornar arcaicos, obsoletos, antiquados e dependentes, subordinadas, como aconteceu com a Grã-Bretanha, conforme ia declinando por lá a capacidade de gerar novas invenções. A sócioeconomia britânica não piorou frente à alemã porque impôs mais regras (como está no documentário Brexit) e sim porque se tornou menos inventiva. A URSS sucumbiu e desapareceu pelo mesmo motivo, com o recuo da criatividade ela se tornou mais e mais antidemocrática.

No polo oposto, os EUA são altamente dinâmicos em imaginação e, com isso, nas manifestações democráticas (como passou a acontecer no Oriente, a começar do Japão, de Taiwan, da Coreia do Sul – pode ter certeza que na Coreia do Norte há poucas idealizações – e até da China copiadora). Quando declinarem os investimentos em inovação nos Estados Unidos poderemos ver que o país estará mergulhando na depressão mental das sociedades fechadas.

Veja assim: quando uma ideia é empurrada contra a acomodação, ela provoca rearranjo de todos e cada um. Quando a máquina de lavar roupas foi criada ela alterou tudo no mundo humano, que era de certo modo antes e passou a ser outro depois.

Essa riqueza de ideias democratiza, ela ABRE O MUNDO, faz crescer, fermenta os ambientes e as pessoas. Parodiando o livro de Alexandre Koyré, Do Mundo Fechado ao Universo Infinito, poderíamos falar DA SOCIEDADE FECHADA À SOCIEDADE INFINITA, aquela que estimula continuamente a criação.

Vitória, sábado, 24 de dezembro de 2016.

GAVA.

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