sexta-feira, 23 de dezembro de 2016


O Signo das Patentes

                           

 

                            Juan Enriquez diz em seu livro, O Futuro e Você (Como a genética está mudando sua vida, seu trabalho e seu dinheiro), São Paulo, Negócio, 2002, p. 138 e 139:

                            “É por isso que as patentes são um bom termômetro... De criatividade... De tenacidade... De habilidade de articular uma idéia... E de capacidade de criar conhecimento. As patentes dão uma boa dica... (Apesar de não ser a única dica) ... De quem deve triunfar... E de quem deve perder... No decorrer das próximas duas décadas. Nem todas as patentes são boas... Ou valiosas... Mas ser incapaz de gerar patentes... É muito ruim. Para competir globalmente... Deve-se patentear globalmente... Em particular nos Estados Unidos e na Europa”.

                            Na Rede Cognata signo = ENGENHARIA, portanto, ENGENHARIA DE PATENTES. Quando dei o título não tinha ainda feito a conversão, mas parece certo, pois patentes = INTELIGÊNCIAS, ou seja, ENGENHARIA DE INTELIGÊNCIAS.

                            É bem o caso: quem não for capaz de produzir e proteger estará mal nos próximos séculos. Evidentemente já estamos, eu e os meus, nesse caminho. Estou estimulando quem posso.

                            Mas signo é sinônimo de sinal, SINAL DAS PATENTES.

                            Eis o sinal para os tempos futuros.

                            Por sinal, para fazer um trocadinho, nenhum candidato a presidente em 2002 falou ainda nos tributos, que dão sustentação ao Estado, nem nas patentes, que identificam a capacidade criativa de uma nação. Continuamos a nação de fundo civilizatório português, dependente, excludente, vivendo do esforço alheio – uma coletividade não-meritória que a permanecer assim continuará subnutrida, condicionada, incompatibilizante, vivendo das relações entre “superiores” e “inferiores”, entre os colocados de fora e os que se encastelaram dentro, sufocada por seqüestros de todos os tipos, por guerras de tráfico, por todas essas mazelas que a mídia geral retrata.

                            Eis a tal encruzilhada do presente: rumo ao passado e à repetição ou rumo ao futuro e à inovação. Naturalmente o quarto e o terceiro mundos optam pelo passado, enquanto o segundo e o primeiro mundo visualizam cada vez mais o futuro.

                            O Brasil e a América Latina inteira estão, como sempre estiveram, nesta encruzilhada. Anteriormente a opção sempre foi o passado. Essas decisões dos políticos ruins do passado nós estamos pagando até hoje, por 500 anos.

                            Veremos se o signo das patentes cativa alguém.
                            Vitória, sábado, 17 de agosto de 2002.

Nenhum comentário:

Postar um comentário