Negóciografia
Existem as
biografias: estudo das vidas das pessoas (fazem só de indivíduos, mas deveriam
fazer também de famílias, grupos, empresas – PESSOAGRAFIAS, que são estudos
psicológicos). Mais ainda, deveriam criar as AMBIENTEGRAFIAS: de municípios/cidades,
de estados, de nações e do mundo. Claro que realizam estudos geo-históricos dos
ambientes, o que é trivial há muitos séculos, mas isso não basta.
Entre as
PESSOAGRAFIAS uma necessidade se destaca, qual seja a da criação das
NEGÓCIOGRAFIAS, o estudo psicológico (psicanalítico ou das figuras,
psico-sintético ou dos objetivos, econômico ou das produções, sociológico ou
das organizações, e geo-histórico ou dos espaçotempos) das empresas.
Como surgiram e como
desapareceram? Como evoluíram nesse ínterim? Que decisões certas e que decisões
erradas tomaram, e por quê? Como foram atacadas e como foram ajudadas?
Acercaram-se ou não dos governos e das facilidades relativas? Conspiraram?
Sonegaram? Há muitas perguntas a fazer. E a utilidade das respostas é patente.
As negóciografias
dividem-se segundo o corte produtivo ou as dimensões relativas: micro NG,
pequenas NG, médias NG, grandes NG e gigantescas NG, coligadas às empresas
desses portes, das microempresas às empresas gigantes. Nenhum estudo comparado
prático & teórico, de desenvolvimento e de pesquisa dos fundamentos
empresariais foi feito, o que pode render muitas teses de mestrado e doutorado
sobre empresariamento comparado nos quatro mundos: primeiro, segundo, terceiro
e quarto. Como as empresas se ligam às classes do labor ou quais são as
ligações operárias, as ligações intelectuais, as ligações financistas, as
ligações militares e as ligações burocráticas? E segue, conforme o modelo.
Livros mostram que
há grande mortalidade infantil de empresas. Mostram também que firmas gigantes
de cada era, supostas duráveis, sucumbiram às pressões. Das 10 maiores nos EUA de
100 anos passados só um ou duas permaneceram.
Que caminhos essas
empresas seguiram? Elas são pessoas também, só não são indivíduos. Olhando-as
podemos tirar muitas lições válidas. De fato, algumas negóciografias têm
despontado, aqui e ali, mas isso é insuficiente. Precisamos de mais.
Vitória, sexta-feira,
09 de agosto de 2002.
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