Minha Vida de Apostador

 

O QUE AS PESSOAS QUASE TODAS BUSCAM

Casa própria.	Carro.
Viagens.	Poupança.
Sítio, se possível.	Casa de praia.
Joias e ouro para as mulheres.

Muita coisa mais, a lista é bem grande, de fato é interminável, pois juntar e coçar é só começar.

Quase todos encarnam esse tipo de apostador no chamado “jogo da vida”. Também apostei, mas de outro modo, além do quê, quando tentei ter casa e outros confortos para minha família não deu certo, como já contei nas memórias em Deixe a Vida me Levar. Também, me fiz esta pergunta aos 15 anos: será possível achar uma solução GERAL para todos os seres humanos e todas as criaturas? Não foi tão elaborada assim, foi mais um sentimento de propósito.

Com toda certeza, se eu tivesse seguido pelo caminho geral ninguém teria estranhado, pelo contrário, teriam aplaudido, principalmente se buscasse as evidenciações do orgulho (fama, poder, riqueza, beleza), me doutorando ou ficando riquíssimo ou ambos – teria sido facílimo.

Contudo, já estão ou estiveram nessa 1,8 bilhão de famílias de vivos e 25 bilhões que já viveram, eu seria um a mais e não teria feito o que fiz, seja útil ou não, já veremos. Enfim, tivesse seguido o caminho da apropriação geral individual-familiar, teria me encaixado nas rodas de pertinência que hoje me rejeitam, mas o mundo ainda estaria esperando alguém.

Em resumo, também tive uma vida de apostador, porém minhas apostas foram outras, foram coletivas e não somente individuais. Fiquei muito feliz o tempo quase todo (sofri muitos ataques). Sou feliz, aliás, felicíssimo, rio à toa, pois sou rico de compreensões que Deus-i-Natureza permitiram.

Serra, sábado, 12 de dezembro de 2015.

GAVA.