Gênio é Quem Registra
O Wagner Luís Fafá
Borges, do CENDI (Centro de Inventores)
em Vitória, que é presidente do Clube
dos Inventores Brasileiros (www.inventar.com.br),
gravou num folheto (folder) essa frase, e é verdade mesmo.
Mas é que há dois
tipos de gênios, o gênio-criador e o gênio-aproveitador, o oportunista, cuja
única genialidade, se podemos dizer assim, consiste em roubar rapidinho o que é
dos outros, sem o mínimo de vergonha ou decência.
Por enquanto os
maiores inventores de todos os tempos são o Thomas A. (Alva) Edison, que registrou
1.093 patentes, o segundo lugar tendo ficado para o também americano Edwin
Land, com 535 delas (tenho em casa um pequeno cilindro de sílica-gel com o
número de patente 4.093.105). O terceiro quiçá teria ficado com Leonardo da
Vinci, se ele tivesse registrado as suas idéias e desenhos.
Em todo caso, embora
na realidade gênio seja quem cria, quem gera, quem produz algo de novo,
efetivamente há que registrar como forma de proteção em relação aos bandidos.
Muitas das minhas ideias foram divulgadas com o nome de outros, como já relatei
tantas vezes. Agora devemos registrar tudo, porque é cansativo ficar dizendo
que aquilo foi feito por nós, etc.
Produzi até agora
umas 3,4 mil idéias e 2,2 mil patentes e modelos de utilidade, dos quais há
poucos registrados. Quero passar essas coisas à humanidade, mas sob a forma de
ganho, do qual irei tirar outros benefícios a ela. Contudo, meus filhos virão
em primeiro lugar, nestes tempos malucos, antes do anarco-comunismo.
Devemos garantir que
permaneçam em nossas mãos, no sentido de tomarmos as decisões quanto à
prosperidade geral delas derivada.
Edison disse que a
invenção é 1 % de inspiração de 99 % de transpiração. O estalo, o ah-há! - o eureca
é só a ponta do iceberg. Embora inspiração não seja fácil, devendo-se pensar
muito e atentar muito para a detecção das necessidades, a identificação delas,
a grande possibilidade enquanto crescimento pessoal (de indivíduos, famílias,
grupos e empresas) e ambiental (de municípios/cidades, estados, nações e mundo)
vem dos 99 % de transpiração, de suor, de cansaço, de domínio, de balizamento,
como disse o Luís Patranha. Aquele 1 % é fundamental, mas os 99 % são
importantíssimos, como guia diante da realidade e dos falsos ou pseudo gênios,
esses oportunistas que vivem de parasitar os outros.
O Wagner está certo:
ser esperto de um lado só não é conveniente, sobre ser perigosíssimo, porque de
outro modo trabalharíamos demais na inspiração sem ganhar com a transpiração.
As idéias geniais pareceriam (e, no sistema dito legal, seriam efetivamente) de
outros.
Vitória,
terça-feira, 30 de julho de 2002.
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