Execrando os
Políticos
Estou lendo o livro
de Luiz Scarpino, Sérgio Moro (O homem, o juiz e o Brasil), Ribeirão Preto, Novo
Conceito, 2016. Conta como surgiu o nome Lavajato (na grafia de SM), onde o
juiz se mirou (na operação italiana Mãos Limpas, que começou bem antes e
na prática terminou em 2000; na qual, para tudo, se miraram os brasileiros, a
começar de Celso Augusto Daniel (1951-2002, 51 anos entre datas), o ordinário prefeito
de Santo André (SP) no período de 1º
de janeiro de 1989 até 1º de janeiro de 1993, onde montou o esquema que depois
o PT/Lula multiplicou à escala brasileira.
DIZ
QUE A MÃOS LIMPAS FOI FRACASSO, DE JEITO NENHUM (iniciou o programa
mundial, mostrou que os bandidos podem ser enfrentados, conseguiu resultados
notáveis, institucionalizou o combate à corrupção, etc. – se a putrefação se
reinstala é porque tudo é 50/50, o nível dos criminosos sobe, outras maneiras
são inventadas, e do modo se elevam juízes e promotores, que ficam mais
espertos). Só para ter ideia, deu fim à Primeira República italiana em 1994
(1948-1994) e começou a segunda, virada nacional de página. Dez se suicidaram
lá.
Operação Mãos Limpas
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A Operação Mãos Limpas (em italiano: Mani pulite), inicialmente chamada Caso Tangentopoli
(em português, 'cidade do suborno' ou 'cidade da propina', termo cunhado por
Piero Colaprico, cronista do jornal la Repubblica, referindo-se à cidade de Milão), foi uma investigação judicial de grande
envergadura realizada na Itália. A operação teve início em Milão [1][2] e visava esclarecer casos de corrupção durante a década de 1990 (no
período de 1992 a 1996) na sequência do escândalo do Banco Ambrosiano, revelado em 1982,
que implicava a Máfia, o Banco do
Vaticano e a loja maçônica P2.[3]
A Operação Mãos Limpas, coordenada pelo Procurador da República Antonio Di Pietro e
pelo juiz Giovanni Falcone,
morto em atentado pelo crime organizado em 1992, levou ao fim da chamada Primeira República Italiana (1948 – 1994)
e a profundas mudanças no quadro partidário, com o desaparecimento de vários partidos políticos.
Muitos políticos e industriais cometeram suicídio quando os seus crimes foram
descobertos,[1][2] enquanto outros se tornaram
foragidos, dentro e fora do país.
História
Deflagrada após testemunhos do dissidente da KGB Vladimir Bukovski e
do ex-mafioso Tommaso Buscetta,
a operação descobriu licitações irregulares e o uso do poder público
em benefício particular e de partidos políticos. Comprovou ainda que
empresários pagavam propinas a políticos para vencer licitações de construção
de ferrovias, auto-estradas, prédios públicos, estádios e obras civis em
geral.[4]
Com apoio e sob pressão da opinião pública, a Mãos Limpas teve como
consequências o fim da chamada Primeira República e a extinção de muitos
partidos políticos, levando muitos industriais, políticos, advogados e
magistrados à prisão, enquanto outros envolvidos realizaram fugas
espetaculares e 12 pessoas se suicidaram.[4] Na tentativa de calar as testemunhas,
a máfia siciliana
cometeu vários assassinatos, incluindo os dos juízes Giovanni
Falcone (o primeiro juiz a colher depoimentos do ex-mafioso Buscetta) e Paolo Borsellino. Durante a campanha da
operação Mãos Limpas, 2 993 mandados de prisão foram expedidos;
6 059 pessoas estiveram sob investigação, incluindo 872 empresários,
1 978 administradores locais e 438 parlamentares, dos quais quatro
haviam sido primeiros-ministros.[5]
A publicidade gerada pela
operação Mãos Limpas revelou à opinião pública que a vida política e
administrativa de Milão - e da Itália em geral - estava mergulhada na corrupção, com o pagamento de propinas para a
concessão de todos os contratos do governo, daí a criação do termo
"Tangentopoli" ou "cidade do suborno".
A operação Mãos Limpas chegou a alterar a correlação de forças
na disputa política da Itália, reduzindo o poder de partidos que haviam
dominado o cenário político italiano. Todos os quatro partidos no governo em
1992, a Democracia Cristã
(DC), o Partido Socialista
Italiano (PSI), o Partido Social-Democrata Italiano e o Partido Liberal
Italiano, desapareceram posteriormente, de algum modo. O Partido Democrático da Esquerda, o Partido
Republicano e o Movimento
Social Italiano foram os únicos partidos de expressão nacional a
sobreviver, e apenas o Partido Republicano manteve a sua denominação.
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Inspirou o Brasil.
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Fez as honras do mundo, como a Lavajato
está fazendo.
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EXECRANDO, ABOMINANDO (eles ganham MUITO,
isso não lhes basta, sangram a nação), faça as listas geo-históricas.
GOVERNANTES DO
EXECUTIVO.
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JUÍZES DO
JUDICIÁRIO.
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POLÍTICOS DO
LEGISLATIVO.
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São demais os safados desta vida.
A Mãos Limpas veio antes na Itália (e
a operação contra Al Capone ainda antes, anos 1930, nos EUA, com a turma de
Eliot Ness, líder dos chamados Intocáveis), durou de 1992 até 2000, oito anos,
depois foi definhando. No Brasil a Operação Lavajato é o princípio, não vai
parar como na Itália: já tem nove anos em 2016, o ano de início foi 2009, mas
teve precursoras, assim como terá sucessoras. Não vai parar nunca, aqui o país
é outro.
Temos de combate-los para sempre.
Detestá-los em pensamento e em gesto.
Vitória, quarta-feira, 7 de dezembro de 2016.
GAVA.
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