domingo, 25 de dezembro de 2016


Complexidade do Sistema de Patentes

 

                            Norbert Wiener já havia prevenido, em seu livro de 1954, Inventar (Sobre la gestación y el cultivo de las ideas), Metatemas 40, Barcelona, Tusquets, 1995, que o sistema de patentes foi feito para proteger as empresas.

                            E dizem que patentear é o melhor modo de ir aos tribunais, para a defesa das patentes. De fato, soube pelo jornal que Nicolai, o inventor do BINA (sistema de telefonia que identifica o número que ligou: significa “B Indica Número de A”), mineiro que mora agora em Brasília, está desde a invenção em 1977 com ações na Justiça (que tarda MUITO e falha bastante) para receber os direitos, dos quais até agora não viu um centavo, todo mundo se esquivando, uns empurrando para outros, as telefônicas careiras vergonhosamente tentando escamotear.

                            Por quê os governempresas não são capazes de passar uma políticadministração de fácil trânsito para isso? É “incompreensível” para mim. Claro que sei dos largos interesses em contrário, de manter o Brasil submisso e derrotado, pois em longo prazo um Brasil altivo significaria as regiões tropicais libertas, uma civilização mestiça, etc. Então é um jogo subterrâneo em que vale praticamente tudo.

                            No entanto, seria preciso transformar o sistema de patentes em algo fácil, em “feijão com arroz”, qualquer coisa trivialíssima, como diz o povo, “em caldo de galinha”, algo facílimo, espalhando milhares de escritórios de patentes, conforme já sugeri num texto do modelo. E treinando professores, diretores, alunos, pais e mães, a mídia toda, todos os brasileiros e capixabas.

                            Tirar a complexidade do sistema, simplificá-lo a tal ponto que qualquer idiota pudesse usá-lo. E, em alguma medida, qualquer um é idiota, PORQUE ninguém sabe tudo, na realidade quase todos sabem quase nada.

                            E preciso banalizá-lo, de tal modo que em todas as atividades, em cada canto do país e do estado, a todo instante, cada um estivesse pensando sempre num novo modo de fazer, de produzir. Esse seria o maior serviço a prestar à população brasileira.

                            Vitória, quarta-feira, 21 de agosto de 2002.

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