Hypescience
Evolução humana: 10
ancestrais essenciais
19.03.2013
Milhões de anos e incontáveis mudanças separam os humanos atuais dos
primeiros primatas. A seguir, você conhecerá 10 espécies que fizeram boas
“contribuições” nessa jornada que chamada de Evolução Humana!
10 ancestrais que contribuíram com a evolução
humana
10 – Sahelanthropus tchadensis (6 – 7
milhões de anos atrás)
Há cerca de 5,4 milhões de anos começou nossa separação em relação
aos grandes primatas e muitos pesquisadores acreditam que o S.
tchadensis seria o “elo inicial” deste processo. Em 2001, foi
encontrado no Deserto de Djurab (República do Chade) um crânio fragmentado
que supostamente era de um S. tchadensis e, ao analisar a parte do
crânio que se conectava ao pescoço, imagina-se que o animal era bípede.
Contudo, há quem acredite que não se tratava de um elo evolutivo,
pois a caixa craniana era menor (350 cm³) do que a dos chimpanzés (390
cm³). Outros argumentam que o crânio era distorcido demais para ser de uma
espécie mais próxima dos humanos do que dos grandes primatas.
9 – Kenyanthropus platyops (3,5 milhões
de anos atrás)
Foi encontrado no Lago Turkana (Quênia) em 1999 um crânio capaz de
suportar um cérebro um pouco maior (400 cm³) que o dos chimpanzés, e com
dentes que indicavam mastigação dos alimentos. Outra diferença do K.
platyops era sua face mais achatada, possível sinal de adaptação a
novos ambientes.
8 – Australopithecus afarensis (3 – 3,9
milhões de anos atrás)
Uma descoberta feita em Hadar (Etiópia) em 1974 ganhou destaque em
veículos de comunicação do mundo todo: 40% (uma porcentagem considerável)
do esqueleto de uma criatura que foi carinhosamente apelidada de “Lucy”. A
anatomia sugere que Lucy tinha cerca de 1 metro de altura e pesava 30 kg,
era bípede, passava o dia em terra e dormia sobre as árvores.
Outro esqueleto de A. afarensis, que ficou conhecido como
“Selam”, sugere que a criatura tinha um cérebro de cerca de 440 cm³. Além
do tamanho, outro diferencial seria um sulco dividindo o lobo occipital
(ligado à visão) do resto do cérebro, presente em chimpanzés, mas não em
humanos: o de Selam, de acordo com modelos baseados em seu esqueleto, seria
menor do que o dos chimpanzés, um “passo” na escala evolutiva.
7 – Paranthropus boisei (1,4 – 2,3
milhões de anos atrás)
Criatura bípede e com um cérebro de 500 a 550 cm³ (44% do de um ser
humano), o P. boisei ganhou o apelido de “Quebra-nozes” (“Nutcracker
Man”) porque seria capaz de comer alimentos duros, como nozes, sementes e
tubérculos (dentes grandes e maxilares fortes davam conta do recado).
Acredita-se que essa dieta era suficiente para o gasto energético de seu
cérebro, maior que o dos seus ancestrais.
6 – Homo habilis (1,6 – 2,5 milhões de
anos atrás)
O H. habilis, até onde sabemos, foi o primeiro entre nossos
ancestrais a usar pedras como ferramentas, e por isso é também chamado de
“Handyman” (em português, algo como “Faz-tudo”). Seus polegares eram
relativamente largos, o que garantia uma certa destreza na hora de criar e
usar ferramentas. Além disso, ele teria vivido em uma época de intensas
mudanças climáticas (em “apenas” alguns milhares de anos, lagos se tornavam
desertos, e depois voltavam a ser inundados), algo que o forçou a se
adaptar muito para sobreviver.
5 – Homo ergaster (1,5 – 1,8 milhões de
anos atrás)
Em relação ao tamanho do cérebro, o H. ergaster estava
“chegando lá” (850 cm³, ou 71% do tamanho do cérebro humano moderno) e pode
ter sido a primeira espécie a dominar o fogo, além de criar instrumentos de
pedra mais sofisticados. Ao contrário do que ocorria nas espécies
anteriores, macho e fêmea não eram muito diferentes (havia menos
“dimorfismo sexual”) e há evidências de que o H. ergaster tinha uma
forma primitiva de comunicação por símbolos.
4 – Homo erectus (0,4 – 1,8 milhões de
anos atrás)
Em 1984, foi encontrado próximo ao Lago Turkana (Quênia) o esqueleto
de um “menino” (entre 8 e 11 anos de idade) da raça H. erectus, que
dominava o fogo, construía ferramentas e vivia em pequenas comunidades – ao
abandonar a vida nas árvores, esses ancestrais precisavam manter predadores
afastados, algo que seria mais fácil com a vida comunitária.
O cérebro do “Menino de Turkana” tinha 900 cm³ (75% do tamanho do
cérebro de um ser humano moderno) e há evidências de que possuía uma área
de memória e fala altamente desenvolvida. Um cérebro maior demandava mais energia,
um problema com o qual o H. erectus podia lidar com certa
facilidade: caminhando sobre duas pernas e com menos pelos no corpo, ele
era capaz de caçar certos animais de modo eficiente, obtendo na carne a
energia de que precisava.
3 – Homo heidelbergensis (0,2 – 0,6
milhões de anos atrás)
Há evidências de que o H. heidelbergensis enterrava seus
mortos de modo ritualístico (uma espécie de cemitério no norte da Espanha
reúne vários restos mortais da espécie), possivelmente com oferendas para
um deus ou para ajudar o morto numa “vida além-túmulo”.
Possivelmente, esse ancestral tinha um cérebro maior que o nosso
(1.100 a 1.400 cm³), era capaz de planejar, se comunicar de modo simbólico
e construir abrigos elaborados. Algumas tribos teriam viajado para o continente
europeu (entre 300 mil e 400 mil anos atrás) e evoluído para o Homo
neanderthalensis, enquanto as que permaneceram na África deram origem
ao Homo Sapiens.
2 – Homo neanderthalensis (0,03 – 0,3
milhões de anos atrás)
Mesmo com um cérebro maior que o do Homo Sapiens, o H.
neanderthalensis teria habilidade de manipular objetos, raciocínio e
memória menos desenvolvidos. Suas armas (facas e lanças) exigiam que se
aproximassem de suas presas, o que explicaria por que tantos esqueletos da
espécie foram encontrados com fraturas. Sua dieta era extremamente rica em
carne, independentemente do ambiente em que a espécie se encontrava, o que
sugere uma baixa capacidade de adaptação.
1 – Homo sapiens (0,2 milhões de anos
atrás – presente)
Depois de uma longa caminhada, aqui estamos nós. Embora guerras,
preconceitos e outros problemas possam às vezes nos levar a pensar o
contrário, o H. sapiens é uma espécie evoluída: com domínio do fogo
e uma grande habilidade de se adaptar, sobreviveu a uma grande seca na
África há 140 mil anos que quase extinguiu a espécie. Corpos mais esguios
exigiam menos calorias, e armas como arco-e-flecha e lanças de arremesso
tornavam as caçadas mais seguras. E, naturalmente, cultura falada e escrita
ajudaram a passar conhecimentos essenciais para as futuras gerações.[Listverse]
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