sexta-feira, 25 de novembro de 2016


Três Reis e Digo Mais

 

Quanto mais Silas, o labrador Pink nose (nariz rosa) recessivo de meu filho Gabriel, ficou comigo nesses 9,5 anos, mais pude observá-lo atentamente.

MEUS TRÊS REIS (digo em toda parte quando posso, escrevi cartilhas sobre Silas e Yuki, a gata persa de minha filha Clara) – digam aí, meus reis. Como já contei, de todos lá em casa só eu tive cachorros.

QUEM
TEMPO DE VIDA
DATAS
RAÇA
Valente.
18 anos
1957 a 1975 (dos meus três aos 21 anos).
Bassê.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzzDAitBFg3NCbjFiePYWjbGcuqxuM2YM4zjjAMgDHyjtyyzHH3kdVYpG7YvFAW6IXq-2-ufNLybHt-HE01Ma7yM4AZ6Fk4j1I5z6ETxT6remz_5Hn5-ZPyRPS4HehwccyLHk0M__fFZQ/s1600/Zorro.png
Parecido, mais fino.
Budega.
Meses.
Indeterminado.
Mestiço de buldogue com vira-latas.
https://caes101.files.wordpress.com/2012/09/boxer.jpg
Assim mesmo, inclusive a cor.
Silas.
9,5 anos até agora.
12/2005 em diante.
Labrador nariz rosa.
https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/736x/6b/62/c9/6b62c9a0289f132e43ece885334f8156.jpg
Esse mesmo, só que com o focinho branco.

Vejo Silas.

Ele late para avisar à turma toda, humanos e não humanos, que está tomando conta; urina no pé e no topo da escada, no pé da escada do terraço, no portão da garagem, no portão da divisão, em toda parte. Sobe e desce para patrulhar. Vai aonde vou, me acompanha a todo lugar, dorme de roncar com sono levíssimo, ao menor movimento abre os olhos para sondar minhas caminhadas, se levanta e vai e volta. Antigamente, não tendo mãos, tendo só a boca me mordia para dizer que não poderia me proteger se eu saísse. Já que os hindus declararam os golfinhos pessoas não humanas, fiz o mesmo para os animais e os primatas todos, assim Silas é pessoa não humana.

Ele revira os olhinhos de modo único, só seu, é impagável.

Não tem vida atribulada (como já contei em O Custo do Amor, mantê-lo custa muito, porém é com prazer que faço isso): vejo a felicidade dele e me deleito quando coloca mãos e pernas para cima, os beiços caem, mostra os dentes escancarados, está feliz “como pinto no lixo”, como diz o povo brasileiro. São muitos os momentos em que preciso levantar, mas nem me mexo para não atrapalhar. Ele está tendo vida boa, me comprazo em proporcioná-la. É uma graça de Deus e entendi quanto Deus me aprecia ao me dar tamanhas dádivas, pois foram três.

Há gente não-humana sofrendo horrores nas mãos de gente desumana, o que me irrita demais.

Todo tempo fico tentando aprender com ele. Infelizmente, eu era criança, adolescente, jovem adulto quando tive os outros e não dei tanta importância, espero que me perdoem, ó amigos, lá onde Deus tiver salvado suas almas.

Quando vou entrar no banheiro e ele não quer, peço licença ao trancar a porta. E se vou levantar da cadeira-do-vovô onde sento para escrever usando teclado, digo direitinho aonde vou para ele não precisar se incomodar e levantar – ele entende, fica e só se demoro além do estipulado vai junto.

Ah, a gente precisa olhar e ver, como disse Jesus!

Serra, quinta-feira, 22 de outubro de 2015.

GAVA.

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