São Brandão e a Terra Abençoada

 

No livro de Marcelo Duarte, O Guia dos Curiosos, São Paulo, Companhia das Letras, 1999 (primeira edição de 1996), ele diz na página 13: “Para o cartógrafo, era li o lugar que São Brandão, um monge irlandês que se aventurou em alto-mar no ano de 565, descrevera como a Terra Abençoada, onde havia abundância, clima ameno e igualdade entre os habitantes. Curiosamente, no mapa de Dalorto, essa ilha se chamava Ilha do Brasil”.

PRIMEIROS NOMES DO BRASIL

O primeiro de todos foi ILHA porque (1500 – 565 =) desde 935 anos antes (são Brandão voltou, senão as pessoas não teriam lenda nenhuma) já havia notícia (provavelmente ele chegou ao imenso rio da Prata ao sul e ao rio Amazonas ao norte, daí achar que era ilha – os irlandeses sempre correram mundo).

ILHA DO BRASIL (num barco pequeno seria difícil não acreditar)

Foz do consórcio de 1.100 afluentes do rio Amazonas.

Se ele foi de uma foz a outra pareceria mesmo ilha.

Foz do consórcio de rios chamado rio da Prata.

ILHA DE SÃO BRANDÃO [sendo assim, o Brasil propriamente existe há (2015 – 565 =) 1.450 anos, já com esse nome]

O Brasil na Cartografia Pré-Lusitana Paulo Márcio Leal de Menezes IGEO - Departamento de Geografia - Laboratório de Cartografia - UFRJ pmenezes@acd.ufrj.br Aqui serão citadas apenas aquelas que se relacionam com o nome Brasil, procurando se estabelecer a sua relação, com uma breve descrição. A Ilha de São Brandão e evidentemente a Ilha Brasil, serão os maiores destaques.

Anais do I Simpósio Brasileiro de Cartografia Histórica 8 Figura 05 – Mapa de Angellino Dalorto e a Ilha Brasil

A Figura 04 apresenta o mapa de Hereford e o destaque da ilha Fortunate di Sant Brandanis. Figura 4 – Mapa de Hereford - 1290

Wikipédia São Brandão, o Navegador ou Brandão de Ardfert e Clonfert (c. 484 - c. 577) foi um monge irlandês. Nascido em Ciarraighe Luachra, próximo da atual cidade de Tralee, condado de Kerry, Irlanda (a data de 486 também é apontada), foi batizado em Tubrid (Ardferd) e educado pelo célebre bispo Erc de Kerry e por Santa Ita (a Brígida de Munster, que o criou durante cinco anos). Abraçou a vida monacal e tornou-se abade. Terá sido ordenado pelo bispo Erc, em 512. Após a ordenação, iniciou um percurso que faria dele um dos mais conhecidos santos da Ordem Irlandesa. Faleceu no ano de 577 em Annaghdown (então Eunachdunne), condado de Galway, Irlanda, e foi enterrado na abadia de Clonfert, no mesmo condado. A sua celebridade foi tal que diversos pontos da costa ocidental irlandesa receberam topónimos em sua honra (Brandon Point, Brandon Bay e Brandon Head, entre outros).

São Brandão. Eles tinham um mandamento-guia: “ide e avangelizai todas as nações”. Obedeciam estritamente.

Onde ficava?

Na mesma página Marcelo Duarte disse: “No século XVI, baseando-se na mitologia do povo celta, o cartógrafo genovês Angel Dalorto desenhou uma ilha em um de seus mapas. A porção de terra cercada de água estava a oeste do Sul da costa da Irlanda”.

SUL DA COSTA DA IRLANDA (naturalmente costearam a África, como depois fariam os portugueses; a Irlanda é a ilha à esquerda da Inglaterra)

OESTE DO SUL (tinha de ficar ao sul do Norte, quer dizer, ao sul do equador)

Eles sabiam bem o que era sul e o que era oeste.

Enfim, acharam o Brasil há quase 1500 anos.

Ponto final.

Aqui é a Terra Abençoada.

Era fácil de entender, é só comparar a média anual de temperaturas da Irlanda e do Brasil, comparar o povo inamistoso da Europa com o que eles podem ter encontrado por aqui. E, prova definitiva, é só procurar entre as lendas dos ameríndios-brasilíndios as que falavam disso e vestígios de cristianização (assim como entre os indígenas da América Central, digamos mayas e astecas, onde existia memória, ou incas ou seus precursores de que herdaram tais vestígios).

Serra, domingo, 04 de outubro de 2015.

GAVA.