quarta-feira, 23 de novembro de 2016


O Que Deus Fazia...

 

AS TAREFAS DE DEUS

QC
O que fazia Deus antes de criar o mundo?
 
billy-graham.jpgPergunta: O que fazia Deus antes de criar o mundo? Há dias um amigo ateu perguntou-me isto, e eu não soube o que dizer. - Z. N.
Resposta: Certamente que uma das coisas mais difíceis de nós entendermos relativamente a Deus é o facto de Ele ser atemporal e infinito, e não olhar para o tempo da mesma maneira que nós.
O que quero dizer com isso? Quando nós pensamos em tempo, pensamos em horas e dias e anos -, mas Deus não é limitado por essas medidas. Nós também pensamos nas coisas como tendo um início e fim - mas Deus não está limitado desse modo. Por outras palavras, nós somos finitos e limitados – Deus, porém, é infinito e ilimitado.

Santo Agostinho já falava: "o que Deus fazia antes da criação do mundo?... O inferno para os curiosos".


Deus não “fazia” porque fazer é temporal e necessário, coisa de uma de suas sombras, uma das naturezas.

A pergunta foi mal-posta e foi com aborrecimento atacada por Santo Agostinho. Mal-posta porque dá a entender que não existindo universo não existiria Deus, o que de modo nenhum é verdadeiro, até porque Deus não existe, ele é, é essência, não existência (o que existe e termina é a Natureza); i-Deus não cria a Natureza, ela evolui e se cria das potências como prováveis, isto é, as naturezas se abrem DE DEUS.

Compreensivelmente, Deus não fazia porque nada há a fazer e quando há é a Natureza que está operando EM ERRO, pois vai enferrujando, como o ADRN em suas cópias e, como em tudo que fazemos, vai apequenando a essência em existência degenerada espaçotemporal.

Podemos dizer que i-Deus é o estado de não-finitude, de completude, de plenitude: não tem de fazer nada porque não há risco quanto à sobrevivência, ele é sempre do mesmo modo. Nós é que temos de fazer, senão minguamos, morremos, fenecemos, terminamos. Como diz o povo com tanta graça, “trabalha não, pra ver!” Quanto à resposta de Santo Agostinho, “o inferno para os curiosos”, nem isso, porque o inferno não é algo fora de Deus: os que são absorvidos levam suas memórias e padecem culpa por si mesmos (veja Autenticação do Inferno).

Serra, domingo, 11 de outubro de 2015.

GAVA.

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