Meus Malucos
Em seu
livro, Politicamente Incorreto (O guia dos guias, uma seleção das
melhores polêmicas da história do Brasil, da América Latina e do mundo), São
Paulo, LeYa, 2015, Leandro Narloch ataca algumas incorreções que os interesses
políticos fantasmagóricos querem encarnar.
Na página 26
começa o título Os Índios que Desapareceram da História. Na página 30, há
destacada a frase “33 % dos brasileiros que se consideram brancos têm DNA
mitocondrial oriundo de mães índias”: 1/3, para quem diz que quase todos os (na
estimativa mais aceita) 3,5 milhões de índios existentes em 1500 foram
dizimados, “extintos”. Ele diz sucessivamente que os índios no correr dos
séculos decidiram espontaneamente migrar para as cidades (até de antes disso,
embora da idade da pedra não foram nada bobos: miraram o bem-estar muito maior
das vilas).
Diz na
página 31 que a ancestralidade média, em 594 voluntários “que se consideravam
brancos”, era ameríndia em 8,64 % (nos 204 milhões de hoje, 17,6 milhões, cinco
vezes os do começo da colonização do Brasil, sem falar no 1/3 que tem algum
traço, 68 milhões).
De fato,
acho que no mundo inteiro, onde há mais fusões é no Brasil, contando-se
qualidade e quantidade.
AS MISTURAS
R7
A
miscigenação no Brasil deu origem a três tipos fundamentais de mestiço:
·
Caboclo = branco + índio
·
Mulato = negro + branco
·
Cafuzo = índio + negro
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Como são
quatro raças, e acima estão representadas apenas três combinações que nos
ensinaram na infância, faltaria incrementar com asiáticos para completar
2-a-2; depois 3-a-3 e 4-a-4, pois de tudo está representado neste país.
Então, para quê existiriam os nomes se a realidade não representasse? Ninguém
inventa nomes para os inexistentes, exceto na ficção, onde os reconhecemos
como tais.
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Wikipédia
Mamelucos
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Mameluco, palavra
de origem árabe (etm.: ''مملوك'' ''mamlūk'', «possuído», particípio
passado do verbo ''ملك'' ''malaka'', «possuir, ter algo em propriedade»), refere-se a
escravos que serviam a seus senhores como pajens ou criados
domésticos, tendo sido usados também
como soldados, em algumas situações, por califas muçulmanos e pelo Império
Otomano. Nessa condição,
converteram-se numa casta militar que chegou a exercer o poder em alguns
países, como Egito e Índia.
No Brasil, o termo mameluco designa um indivíduo que
possui ascendência indígena e branca – mestiço ou filho de branco com índio (veja
também caboclo). Alguns mamelucos se destacaram, na então
colônia portuguesa, como bandeirantes, capitães do mato que se engajavam na captura
de índios e na busca de metais preciosos, que contribuíram para a expansão do
território brasileiro para além das fronteiras delimitadas, na época, pelo Tratado de Tordesilhas.
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ERA UMA CASA PORTUGUESA, COM CERTEZA (nas origens eles mesclaram muito com os árabes, sem
falar que vinham de tremenda mistura de várias tribos europeias)
CABOCLO
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CAFUSO
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Esta é
americana.
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MULATO
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PARDO
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Minha
filha Clara foi doar sangue, a enfermeira anotou “parda”.
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MAMELUCO
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Rio quando
os poucos racistas dentre os brasileiros são tomados como exemplo do
país-nação, porque se (os brancos de fundo mitocondrial são 1/3 e os negros
1/3) há 1/3 de ameríndios, não sei como isso seria evitar as outras raças.
São malucos.
Serra,
domingo, 17 de outubro de 2015.
GAVA.
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