Todos que Deixei Para Trás Quando
Morri
Sinto tantas saudades!
Fico pensando naqueles que deixei para trás e
o meu coração etéreo se confrange de tanta angústia de não tê-los comigo.
Fico amargurada. Aqui dizem que a gente tem
de se desprender, que aqueles com os quais convivemos devem seguir sozinhos,
mesmo se com outros, mas que vou fazer, é um defeito meu, sinto saudades,
especialmente de alguns que me eram mais caros, por exemplo, aqueles cristais
que compramos em Paris em 1962.
E o tapete persa, então?
Meu Deus do Céu, que saudades.
E minhas louças, Jesus? E meu Vaso Ming?
OS OBJETOS DA MINHA AFEIÇÃO
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Essa aí no fundo sou eu, bem mais nova,
claro.
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As bonecas africanas, isso dói!
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Vai dizer que é fácil?
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Ai, minhas louças...
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Pode ser que você possa ver os seus sem se
emocionar, sem sentir que faz falta, mas eu não, sinto falta dos meus, que se
vai fazer? Cada um é de um jeito. Dizer que posso desapegar é fácil, quero ver
fazer. Falar é fácil, fazer é que é difícil. Sinto falta dos que deixei para
trás, uma vida inteira acumulando para no final me serem tirados, isso sim é
crueldade.
Serra,
domingo, 30 de setembro de 2012.
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