Sensações
Já eram duas da manhã, Jairo e Mabel iam no
carro pelo lado direito da rua em T e pararam no sinal, no semáforo, na
sinaleira, como dizem os paulistas. O sinal ficou verde para eles, eles
avançaram, veio um maluco da direita, da perna do T e cruzou sinal fechado,
vermelhão pra ele, curvando à toda com os faróis apagados, vê se pode!
Foi a conta.
Bateu em cheio no lado do carona, da Mabel.
Ao contrário do que se poderia esperar, Jairo
morreu primeiro. A cabeça dele deu um tranco violentíssimo e o pescoço quebrou,
morte instantânea. Mabel ainda durou uns minutos, teve concussão cerebral,
escorreu sangue pelo nariz, morreu em convulsões.
Os drogados bandidos nada sofreram, fora
alguns arranhões.
***
Já era duas da manhã Jairo e Mabel iam no
carro pelo lado direito da rua em T e pararam no sinal, no semáforo, na
sinaleira, como dizem os paulistas. O sinal ficou verde para eles, Mabel falou:
- Amor, tô com uma sensação, vamos esperar
alguns segundos, sempre vem um doido, tenha paciência.
Foi a conta.
O carro veio com os faróis apagados, passou
batido, ao tentar fazer a curva no travessão do T não tinha freio, bateu no
meio-fio, capotou várias vezes, foi direto no muro da igreja que tem ali,
aquele paredão com pedras enormes. Bateu com o teto, esmagou a cabeça dos dois,
ela e ele.
Ficaram ali umas três horas, a polícia disse
que estavam vindo de uma festa, bêbados, drogados, fazendo imprudências,
imagine se eles houvessem avançado, que sorte!
Passado o susto, já um pouco refeitos,
liberados pelos policiais foram para casa, já eram quase seis horas, Jairo
disse a Mabel que queria parar na lanchonete, ainda tavam tremendo, para não
ter de chegar em casa e ainda ter de preparar alimentação, decidiram comer um
sanduíche, era um bar de periferia lá perto do porto, aquele que vende dólares,
muitos doqueiros e marinheiros, saiu pancadaria, alguém puxou um revolver,
matou o desafeto e nisso atingiu Mabel primeiro e depois o Jairo, que morreram
na hora.
***
Já era duas da manhã Jairo e Mabel iam no
carro pelo lado direito da rua em T e pararam no sinal, no semáforo, na
sinaleira, como dizem os paulistas. O sinal ficou verde para eles, Mabel falou:
- Amor, tô com uma sensação, vamos esperar
alguns segundos, sempre vem um doido, tenha paciência.
Foi a conta.
O carro veio com os faróis apagados, passou
batido, ao tentar fazer a curva no travessão do T não tinha freio, bateu no
meio-fio, capotou várias vezes, foi direto no muro da igreja que tem ali,
aquele paredão com pedras enormes. Bateu com o teto, esmagou a cabeça dos dois,
ela e ele.
Ficaram ali umas três horas, a polícia disse
que estavam vindo de uma festa, bêbados, drogados, fazendo imprudências,
imagine se eles houvessem avançado, que sorte!
Passado o susto, já um pouco refeitos,
liberados pelos policiais, foram para casa, já eram quase seis horas, Jairo
disse a Mabel que queria parar na lanchonete, Mabel ponderou que não, o café
iria mantê-los acordados.
- Amor, tô com um pressentimento ruim, acho
que a gente deveria ir para casa.
- Também tô, querida, cê tem razão, é melhor
a gente ir dormir, ficamos o domingo inteiro na cama, é melhor nos recuperarmos
do susto.
Seis meses depois a campanhinha tocou.
Mabel foi atender e quando colocou o olho no
olho mágico um tiro a atravessou. Os bandidos receberam uma encomenda, disse a
polícia, para matar um casal de vizinhos, errou de porta, tremendo azar, dois
morreram à toa.
***
Já era duas da manhã Jairo e Mabel iam no
carro pelo lado direito da rua em T e pararam no sinal, no semáforo, na
sinaleira, como dizem os paulistas. O sinal ficou verde para eles, Mabel falou:
- Amor, tô com uma sensação, vamos esperar
alguns segundos, sempre vem um doido, tenha paciência.
Foi a conta.
O carro veio com os faróis apagados, passou
batido, ao tentar fazer a curva no travessão do T não tinha freio, bateu no
meio-fio, capotou várias vezes, foi direto no muro da igreja que tem ali,
aquele paredão com pedras enormes. Bateu com o teto, esmagou a cabeça dos dois,
ela e ele.
Ficaram ali umas três horas, a polícia disse
que estavam vindo de uma festa, bêbados, drogados, fazendo imprudências,
imagine se eles houvessem avançado, que sorte!
Passado o susto, já um pouco refeitos,
liberados pelos policiais, foram para casa, quase seis horas Jairo disse a
Mabel que queria parar na lanchonete, Mabel ponderou que não, o café iria
mantê-los acordados.
- Amor, tô com um pressentimento ruim, acho
que a gente deveria ir para casa.
- Também tô, querida, cê tem razão, é melhor
a gente ir dormir, ficamos o domingo inteiro na cama, é melhor nos recuperarmos
do susto.
Seis meses depois a campanhinha tocou. Não
havia ninguém em casa porque a irmão de Jairo ligou que estava tendo neném e
eles correram para o hospital.
- Querido, eu tava com uma sensação danada de
que iria nascer hoje.
Quando voltaram a polícia contou que o casal
de vizinhos foi morto, não se tem mais segurança nesta cidade.
Serra, quarta-feira, 17 de outubro de 2012.
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