Dom
Juan Antes de Dom Juan
Li algo de Carlos Castañeda e quero reler
para reavaliar. Não pense que não há coisas úteis ditadas pelo personagem Dom
Juan, pois há. Em princípio haveria em tudo.
Wikipédia.
Carlos César Salvador
Arana Castañeda, mais conhecido simplesmente como
Carlos Castaneda (Cajamarca, 25 de
dezembro de 1925 — Los
Angeles, 27 de
abril de 1998), foi um escritor e antropólogo
formado pela Universidade da Califórnia;
notabilizou-se após a publicação, em 1968, de sua dissertação
de mestrado
intitulada The Teachings of Don Juan - a Yaqui way of knowledge,
lançada no Brasil
como A Erva do Diabo.[1]
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Carlos.
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Os livros são muitos.
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Dom Juan.
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Os doidões de plantão, que desejavam sair dos
parâmetros sem pensar, aceitando quase tudo de pronto e sem maiores
questionamentos, exultavam com os ensinamentos de Dom Juan, assim como os
Beatles foram ao Oriente, cujas mensagens são muito menos compassivas e, DE
LONGE, menos interessantes que as de Cristo.
“Loucuras da juventude”, dizem, na realidade
a pressa de se projetar, de ocupar tempespaço relevante, de ser ouvido, de
proporcionar soluções aparatosas para o mundo complexo.
No livro de Jürgen Thorwald (alemão,
1915-2006, 91 anos entre datas), O Segrego dos Médicos Antigos, São
Paulo, Melhoramentos, aparentemente 1985 (sobre original de 1962), ele fala das
antigas medicinas, na parte V, página 247 e seguintes, do México e do Peru, na
271 em particular da mexicana e das ervas alucinógenas.
OS DESBRAGADOS
SACERDOTES ANTIGOS (está na página 271 e ss, não vou citar extensamente, vá
ler)
“Há uma planta chamada peyotl (...). Aquele
que comer peyotl verá o futuro”. É o mesmo peiote de Castañeda.
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“A nanacatl, outra droga, era obtida de um
certo tipo de cogumelo (...)”.
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“Já a ‘colorines’, a semente de uma baga
vermelha, aumentava a potência sexual. Excitava o centro da ereção na medula
da espinha dorsal” [não no cérebro; era o Viagra de centenas ou milhares de
anos atrás].
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“O camotl era uma pequena tuberosa que
causava apatia”.
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“Acayatl, ou ‘tabaco em um tubo’ (...)”. [A
gente não costuma pensar no tabaco como entorpecente].
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“(...) também o cacau tornou-se um
medicamento na medicina europeia (...)” [de passagem, veja que o cacau era
considerado medicação e droga, não era para consumir às toneladas].
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Eram muitas as drogas, os sacerdotes - sem
qualquer controle estatal ou pessoal -, “deitavam e rolavam”, entravam em
transe a torto e a direito, a título de estar vendo o futuro ou “falando com o
outro plano”, as velhas desculpas humanas.
Em especial, nessa questão de Dom Juan, como
o personagem parecia compassivo e sábio muitos “foram na onda”, tornaram-se
consumidores de peiote, assim como o respaldo artístico no Brasil empurrou um
punhado ao consumo de Santo Daime, do mesmo modo como o aval de Freud e do
personagem Sherlock Holmes de sir Arthur Conan Doyle levou tantos ao consumo de
cocaína: é a liberdade.
Agora estamos diante de um mundo drogado.
Quando e onde começaram os vários caminhos?
Vitória, quarta-feira, 5 de outubro de 2016.
GAVA.
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