quinta-feira, 22 de setembro de 2016


Parangolé, Balacobaco e o Ó do Borogodó

 

Parangolé, Balacobaco e Borogodó eram três amigos do peito, se conheciam há décadas, só que Borogodó ficava injuriado, era o irrequieto da turma.

IDENTIFICANDO OS TRÊS AMIGOS

PARANGOLÉ
Na década de 1960, Hélio Oiticica criou o Parangolé, que ele chamava de "antiarte por excelência" e uma pintura viva e ambulante[2]. O Parangolé é uma espécie de capa (ou bandeira, estandarte ou tenda) que só mostra plenamente seus tons, cores, formas, texturas, grafismos e textos (mensagens como “Incorporo a Revolta” e “Estou Possuido”)[3], e os materiais com que é executado (tecido, borracha, tinta, papel, vidro, cola, plástico, corda, palha) a partir dos movimentos de alguém que o vista. Por isso, é considerado uma escultura móvel.
BALACOBACO
Substantivo masculino
Regionalismo: Brasil. Uso: informal.
1      qualidade ou beleza excepcionais
2. festa, farra
BOROGODÓ
O que significa a expressão: UÓ do borogodó? É UMA COISA NADA A VER, RIDÍCULA, UMA COISA UÓ
EX: QUE GURIA UÓ
QUE PROFESSOR UÓ
QUE ROUPA UÓ

- Por quê todo mundo tem de falar no meu Ó? Por quê não falam NO SEU Ó? - e apontava para Parangolé.

- Ah, bom, se for por isso, não, estão sempre me perguntando “Quolé o Parangolé? ” Por acaso perguntam a você?

- Não...

- Então, cada um na sua, Borogodó.

- É, Borogodó, a mim atribuem tudo, “é do Balacobaco”. Sou remediado, não sou rico.

ATÉ FIZERAM MÚSICA

Balacobaco
 
Acordo às 5 da matina
Reclamando da rotina
Dou um trato na faxina
Vida dura de heroína
Minha cara de caveira
Vai abrir a geladeira
Esqueci de fazer feira
Vou fuçar lá na lixeira
Uma espinha pro gatinho
Pro cachorro um ossinho
Requentar o cafezinho
E sair apressadinho
Todo dia atrasada
Já estou acostumada
Condução sempre lotada
Vida dura de empregada
Refrão:
Pára o mundo
que eu quero descer
Tem muito vagabundo
atrás do meu jabaculê
A vida é uma sinuca
Mais confio no meu taco
Meu borogodó
é do Balacobaco
Do Balacobaco
Minha patroa é estranha
Passa o dia só na cama
O marido bebe grana
A mais velha é piranha
A do meio é patricinha
O mais novo é mocinha
Meu lugar é na cozinha
Vida dura de fuinha
Motorista xavecando
Jardineiro azarando
Porteiro se assanhando
Ê, vou logo avisando
Meu amor é pra quem pode
Quem não pode se sacode
Pode amarrar seu bode
Com a minha cabra ninguém fode
Repete refrão
Sirvo a janta e vou embora
Já passou da minha hora
Abusando é que demora
Vem a chuva e piora
Caminhando na calçada
Medo de ser assaltada
Medo de ser sequestrada
Medo de ser estuprada
Sou escrava independente
Ganho menos que indigente
Não posso ficar doente
Amanhã tô no batente
Vou rezar para Jesus
aliviar a minha cruz
Meu buraco não tem luz
Vida dura de avestruz
Repete refrão

Quem nasceu pra Tostão nunca chega a Milréis.

Você já ouviu falar que Tostão foi a Milréis?

Não, né? Então? É pra conformar ou não é? Periquito que faz Papagaio que leva a Fama: Periquito pode descobrir a moça, dar um banho de loja nela, educar para não dar mancada e finalmente Papagaio é que leva a menina à boate e dorme com ela.

É a ordem das coisas.

A liberdade é um cavalo correndo dentro das raias para divertir os deuses, eu acho, só pode.

Serra, quarta-feira, 11 de julho de 2012.

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