Parangolé, Balacobaco e o Ó do
Borogodó
Parangolé, Balacobaco e Borogodó eram
três amigos do peito, se conheciam há décadas, só que Borogodó ficava
injuriado, era o irrequieto da turma.
IDENTIFICANDO
OS TRÊS AMIGOS
PARANGOLÉ
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Na década
de 1960, Hélio Oiticica criou o Parangolé, que ele chamava de
"antiarte por excelência" e uma pintura viva e ambulante[2].
O Parangolé é uma espécie de capa (ou bandeira, estandarte ou tenda)
que só mostra plenamente seus tons, cores, formas, texturas, grafismos e textos (mensagens como “Incorporo a Revolta” e “Estou
Possuido”)[3],
e os materiais com que é executado (tecido, borracha, tinta, papel, vidro, cola, plástico,
corda, palha) a partir dos
movimentos de alguém que o vista. Por isso, é considerado uma escultura
móvel.
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BALACOBACO
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Substantivo masculino
Regionalismo: Brasil.
Uso: informal.
1 qualidade
ou beleza excepcionais
2. festa, farra
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BOROGODÓ
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O que significa a expressão: UÓ do borogodó?
É UMA COISA NADA A VER, RIDÍCULA, UMA COISA UÓ
EX: QUE GURIA UÓ QUE PROFESSOR UÓ QUE ROUPA UÓ |
- Por quê todo mundo tem de falar no
meu Ó? Por quê não falam NO SEU Ó? - e apontava para Parangolé.
- Ah, bom, se for por isso, não, estão
sempre me perguntando “Quolé o Parangolé? ” Por acaso perguntam a você?
- Não...
- Então, cada um na sua, Borogodó.
- É, Borogodó, a mim atribuem tudo, “é
do Balacobaco”. Sou remediado, não sou rico.
ATÉ
FIZERAM MÚSICA
Balacobaco
Acordo às
5 da matina
Reclamando da rotina Dou um trato na faxina Vida dura de heroína
Minha
cara de caveira
Vai abrir a geladeira Esqueci de fazer feira Vou fuçar lá na lixeira
Uma
espinha pro gatinho
Pro cachorro um ossinho Requentar o cafezinho E sair apressadinho
Todo dia
atrasada
Já estou acostumada Condução sempre lotada Vida dura de empregada
Refrão:
Pára o mundo que eu quero descer Tem muito vagabundo atrás do meu jabaculê A vida é uma sinuca Mais confio no meu taco Meu borogodó é do Balacobaco Do Balacobaco
Minha
patroa é estranha
Passa o dia só na cama O marido bebe grana A mais velha é piranha
A do meio
é patricinha
O mais novo é mocinha Meu lugar é na cozinha Vida dura de fuinha
Motorista
xavecando
Jardineiro azarando Porteiro se assanhando Ê, vou logo avisando
Meu amor
é pra quem pode
Quem não pode se sacode Pode amarrar seu bode Com a minha cabra ninguém fode
Repete
refrão
Sirvo a
janta e vou embora
Já passou da minha hora Abusando é que demora Vem a chuva e piora
Caminhando
na calçada
Medo de ser assaltada Medo de ser sequestrada Medo de ser estuprada
Sou
escrava independente
Ganho menos que indigente Não posso ficar doente Amanhã tô no batente
Vou rezar
para Jesus
aliviar a minha cruz Meu buraco não tem luz Vida dura de avestruz
Repete
refrão
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Quem nasceu pra Tostão nunca chega a
Milréis.
Você já ouviu falar que Tostão foi a
Milréis?
Não, né? Então? É pra conformar ou não
é? Periquito que faz Papagaio que leva a Fama: Periquito pode descobrir a moça,
dar um banho de loja nela, educar para não dar mancada e finalmente Papagaio é
que leva a menina à boate e dorme com ela.
É a ordem das coisas.
A liberdade é um cavalo correndo
dentro das raias para divertir os deuses, eu acho, só pode.
Serra, quarta-feira, 11 de julho de
2012.
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