Lobato
Comprei os livros de José Bento Monteiro
Lobato, são cinco num pacote-caixa, Contos e Romance, 2ª
edição, São Paulo, Globo, 2010:
1. Urupês;
2. Cidades Mortas;
3. O Macaco que se Fez
Homem;
4. Negrinha;
5. O Presidente Negro (1923,
passaram quase 100 anos e não se deu de ser empossado presidente negro).
LOBATO
Li a cartilha do Jeca Tutu em Cachoeiro de
Itapemirim antes de sair de lá em 1963, ainda lembro do lugar no Morro Santo
Antônio, emocionado com o pequeno livro, nas mãos umas folhas como que de um
caderno barato.
Li as obras infantis dele entre 1963, quando
chegamos a Linhares, e 1971, quando vim para Vitória, nesse meio aí: fiquei encantadíssimo.
NUNCA, em todas as leituras que fiz encontrei alguém que encarnasse esse
equilíbrio assombroso (nem Tolkien nem ninguém) trazido pelos portugueses
católicos a toda a soma brasileira que, no final das contas, montou nossa
capacidade de ser, ter, estar, pensar.
Ninguém foi como ele, de tal sensibilidade.
É apavorante como os brasileiros depreciam a
nacional bondade para valorizar o estrangeiro canhestro, copiando seu modo
tantas vezes sujo de ser.
Lobato estatuiu o modo infantil daqui, das
crianças brasileiras, que o mundo inteiro deveria imitar com ardor. Não foi à
toa que dei o nome dele, Lobato, às grandes formações geológicas da sequência
do processo que está em Todo Petróleo e
Todo Gás e nas demais teorias.
Há muitos Lobatos, o editor, o jornalista, o
missivista (tenho o livro de cartas dele), o prosódico, aquele camarada bom
preocupado com as crianças.
Ah, o Brasil que diminui os grandes daqui
para aumentar os pequenos de lá, que desastre pavoroso!
Vitória, quinta-feira, 22 de setembro de 2016.
GAVA.
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