quarta-feira, 21 de setembro de 2016


Lista dos Remédios de Antigamente

 

No livro de Jürgen Thorwald (alemão, 1915-2006, 91 anos entre datas), O Segrego dos Médicos Antigos, São Paulo, Melhoramentos, aparentemente 1985 (sobre original de 1962), logo no Índice, página 6 e seguintes, ele cita vários (não colocarei todos, seria absurdo, encontre a edição antiga ou uma nova, compre e leia) remédios e procedimentos antigos, é curiosíssimo.

LISTA POR REGIÃO ANTIGA (parcial – as palavras são as do livro, não porei aspas; o que mais me chamou a atenção)

EGITO.
O milagre do renascimento de tecidos aparentemente mortos.
A arteriosclerose de Ramsés I.
‘Farmácia da sujeira’, ou seja, pressentimentos quanto aos antibióticos.
Incenso, o grande antisséptico.
Pontas de acácia, meio anticoncepcional.
SUMÉRIA.
O cartão de visita em argila.
A primeira tabela de honorários da história da medicina [Em Hamurabi, 1.800 anos antes de Cristo].
A peste de Asdod e os ratos.
A peste das moscas.
Toda a medicina provém dos sacerdotes [A chamada “farmácia popular” da Igreja continua].
Aberrações e perversidade na prostituição no templo.
Quando pus e sangue escorrem do pênis de um homem.
O cânhamo-indiano [cannabis] no alívio das dores.
Pau doce [uva japonesa] e os males do estômago.
O carbonato de cálcio contra cálculos renais.
ÍNDIA.
Instalações sanitárias do rio Indo (3º milênio a.C.).
Olhos artificiais e próteses de perna.
A Rauwolfia serpentina [Web: reserpina, controladora da insônia e dos distúrbios mentais], como controlador da pressão arterial na atualidade.
Conhecimentos a respeito dos estados de desenvolvimento da criança no ventre materno.
A cesariana [muito antes de César].
Hospitais em Ceilão (427 a.C.).
As obrigações dos médicos da Antiga Índia e o juramento hipocrático [os gregos devem ter pegado por lá com Alexandre III Magno, 356-323 a.C.) ].
CHINA.
A atualidade descobre a eficácia da efedrina.
Os segredos da raiz de jinsão [ginseng] ocultados por longo tempo.
Os chineses como criadores da imunização.
Anestesia.
MÉXICO.
A figurinha operada de cesariana.
Mil e duzentas drogas astecas.
PERU.
A cerâmica dos mochicas, incomparável atlas ilustrado da vida.
As cerâmicas cirúrgicas dos mochicas.
O maior dos mistérios: a trepanação.
A prova de que as operações de crânio na Antiguidade peruana eram efetuadas em pessoas vivas. Sobrevivência e cura.

Há muito mais, tendo tempo citarei em diferentes artigos.

Por exemplo, a vulgar dormideira que eu pisava quando papai me levou com a carga de manilhões ao que seria o pátio do futuro IBC (Instituto Brasileiro do Café) em Cachoeiro do Itapemirim antes de 1963, servia no Egito como entorpecente brando, página 61: “Inconfundível para o especialista é o efeito narcótico que Homero diz ter sido provocado pela seiva opiácea da dormideira”.

Veja só, muito antes dos gregos e romanos e desde quase 5,0 mil anos. Por que não nos ensinam o alcance dos povos nas escolas? Isso é sumamente importante, se queremos levar mesmo adiante a globalização, valorizar as raízes não-europeias da árvore.

Vitória, quarta-feira, 21 de setembro de 2016.

GAVA.

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