Capitães de Indústria
TÃO ASSOBERBADOS
DIRIGINDO OS EXÉRCITOS INDUSTRIAIS DE RESERVA, TADINHOS (e de ativa também,
PEA, População Economicamente Ativa)
PATENTE
SÓCIOECONÔMICA
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EMPRESA
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General
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Gigante, transnacional
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Coronel
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Grande, nacional
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Major
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Média, estadual
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Capitão
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Pequena, municipal-urbana, EPP
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Tenente
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Micro, bairro, ME
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MUSICARINHO (é tão bom receber
atenção, ainda mais do Paralamas do Sucesso – eles sabem o
que é chegar lá, o sucesso não é tudo, é quase tudo, e tem de ter pára-lamas
para afastar os inconvenientes)
Capitão De Indústria
Composição: Marcos Valle e
Paulo Sérgio Valle
Eu às vezes fico a pensar
Em outra vida ou lugar Estou cansado demais Eu não tenho tempo de ter O tempo livre de ser De nada ter que fazer É quando eu me encontro perdido Nas coisas que eu criei E eu não sei
Eu não vejo além da fumaça
O amor e as coisas livres, coloridas Nada poluídas Ah, Eu acordo prá trabalhar Eu durmo prá trabalhar Eu corro prá trabalhar
Eu não tenho tempo de ter
O tempo livre de ser De nada ter que fazer Eu não vejo além da fumaça Que passa e polui o lar Eu nada sei Eu não vejo além disso tudo O amor e as coisas livres, coloridas Nada poluídas
Eu acordo prá trabalhar
Eu durmo prá trabalhar Eu corro prá trabalhar Eu não tenho tempo de ter O tempo livre de ser De nada ter que fazer É quando eu me encontro perdido Nas coisas que eu criei E eu não sei Eu não vejo além da fumaça O amor e as coisas livres, coloridas Nada poluídas Ah, Eu acordo prá trabalhar Eu durmo prá trabalhar Eu corro prá trabalhar |
O caso é que as pessoas miram muito a gente e
nem somos tanto assim! Somos alvo de censura implícita, como se fôssemos
crápulas aproveitando a mais-valia. E não são somente as indústrias, é toda a
sócioeconomia: agropecuária-extrativismo, indústrias, comércio, serviços e
bancos. Eles focam em nós. Me olha, mas vê se me erra! Me inclua fora dessa.
Nossa mãe! Nossa responsabilidade é imensa. E
falo por mim, nem consigo imaginar os graúdos, todo o sacrifício dessa gente.
Se não fosse o uísque 12, 18, 24 anos não sei como agüentaríamos. Ou as
piscinas e os jogos de golfe de 18 buracos! Ou as massagistas gostosinhas, Deus
do Céu, sem elas seria difícil levar o stress adiante, uma coisa de doido!
Cultivar o stress é dom, não é para qualquer um.
Posso dizer que me revolto.
Tenho dó dos tenentes de indústria, não
queria estar no lugar deles, embora a deles seja micro-responsabilidade, eles
não sabem o que é a grandeza. Quando eles não estão vendo eu rio um pouco à
socapa, porque eles são, como dizer, eca, inferiores. Contudo, nos
solidarizamos PORQUE eles têm de lidar diretamente com aqueles que foram
soldados, os cabos de guerra, os sargentões, os proleta.
O QUE MAIS GOSTO É DA
MÚSICA DE GABRIELA (me identifico muito com ela; não é goilagem não, é só
trocar o nome para industrial)
Modinha Para Gabriela
Composição: Dorival Caymmi
Quando eu vim para esse mundo,
Eu não atinava em nada Hoje eu sou Gabriela Gabriela, ê meus camaradas!
Eu nasci assim, eu cresci assim,
E sou mesmo assim, vou ser sempre assim: Gabriela, sempre Gabriela! Quem me batizou, quem me nomeou, Pouco me importou, é assim que eu sou Gabriela, sempre Gabriela!
Eu sou sempre igual, não desejo o mal,
Amo o natural etc, e tal. Gabriela, sempre Gabriela!
Quando eu vim para esse mundo,
Eu não atinava em nada Hoje eu sou Gabriela Gabriela, ê meus camaradas!
Eu nasci assim, eu cresci assim,
E sou mesmo assim, vou ser sempre assim: Gabriela, sempre Gabriela! Quem me batizou, quem me nomeou, Pouco me importou, é assim que eu sou Gabriela, sempre Gabriela!
Eu sou sempre igual não desejo o mal
Amo o natural, etc e tal. Gabriela, sempre Gabriela!
Quando eu vim para esse mundo,
Eu não atinava em nada Hoje eu sou Gabriela Gabriela, ê meus camaradas! |
Somos uns perseguidos...
Atacam muito a gente só porque temos alguns
milhares, alguns milhões, alguns bilhões de dólares. Não é pra ter? Quer coisa
mais bonita que chegar a 50 bilhões de dólares? Não é o ápice? Exceto que os
mais ricos da história chegaram a 300 bilhões, mas isso é o supra-sumo, nossos
heróis venerados, inimitáveis. E quantas vezes nós doamos dinheiro para
construir hospitais, universidades, bibliotecas – você já ouviu dizer que algum
pobre ou miserável deu dinheiro para construir uma biblioteca inteira? Claro,
descontando do IR, é a lógica, na realidade foi o governo que deu (e quem deu
ao governo foram os pobres e miseráveis, mas assim é a vida).
Ai, eu sofro.
Serra, quinta-feira, 02 de agosto de 2012.
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