sábado, 24 de setembro de 2016


Capitães de Indústria

 

TÃO ASSOBERBADOS DIRIGINDO OS EXÉRCITOS INDUSTRIAIS DE RESERVA, TADINHOS (e de ativa também, PEA, População Economicamente Ativa)

PATENTE SÓCIOECONÔMICA
EMPRESA
General
Gigante, transnacional
Coronel
Grande, nacional
Major
Média, estadual
Capitão
Pequena, municipal-urbana, EPP
Tenente
Micro, bairro, ME

MUSICARINHO (é tão bom receber atenção, ainda mais do Paralamas do Sucesso – eles sabem o que é chegar lá, o sucesso não é tudo, é quase tudo, e tem de ter pára-lamas para afastar os inconvenientes)

Capitão De Indústria
Composição: Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle
 
Eu às vezes fico a pensar
Em outra vida ou lugar
Estou cansado demais
Eu não tenho tempo de ter
O tempo livre de ser
De nada ter que fazer
É quando eu me encontro perdido
Nas coisas que eu criei
E eu não sei
Eu não vejo além da fumaça
O amor e as coisas livres, coloridas
Nada poluídas
Ah, Eu acordo prá trabalhar
Eu durmo prá trabalhar
Eu corro prá trabalhar
Eu não tenho tempo de ter
O tempo livre de ser
De nada ter que fazer
Eu não vejo além da fumaça
Que passa e polui o lar
Eu nada sei
Eu não vejo além disso tudo
O amor e as coisas livres, coloridas
Nada poluídas
Eu acordo prá trabalhar
Eu durmo prá trabalhar
Eu corro prá trabalhar
Eu não tenho tempo de ter
O tempo livre de ser
De nada ter que fazer
É quando eu me encontro perdido
Nas coisas que eu criei
E eu não sei
Eu não vejo além da fumaça
O amor e as coisas livres, coloridas
Nada poluídas
Ah, Eu acordo prá trabalhar
Eu durmo prá trabalhar
Eu corro prá trabalhar

O caso é que as pessoas miram muito a gente e nem somos tanto assim! Somos alvo de censura implícita, como se fôssemos crápulas aproveitando a mais-valia. E não são somente as indústrias, é toda a sócioeconomia: agropecuária-extrativismo, indústrias, comércio, serviços e bancos. Eles focam em nós. Me olha, mas vê se me erra! Me inclua fora dessa.

Nossa mãe! Nossa responsabilidade é imensa. E falo por mim, nem consigo imaginar os graúdos, todo o sacrifício dessa gente. Se não fosse o uísque 12, 18, 24 anos não sei como agüentaríamos. Ou as piscinas e os jogos de golfe de 18 buracos! Ou as massagistas gostosinhas, Deus do Céu, sem elas seria difícil levar o stress adiante, uma coisa de doido! Cultivar o stress é dom, não é para qualquer um.

Posso dizer que me revolto.

Tenho dó dos tenentes de indústria, não queria estar no lugar deles, embora a deles seja micro-responsabilidade, eles não sabem o que é a grandeza. Quando eles não estão vendo eu rio um pouco à socapa, porque eles são, como dizer, eca, inferiores. Contudo, nos solidarizamos PORQUE eles têm de lidar diretamente com aqueles que foram soldados, os cabos de guerra, os sargentões, os proleta.

O QUE MAIS GOSTO É DA MÚSICA DE GABRIELA (me identifico muito com ela; não é goilagem não, é só trocar o nome para industrial)

Modinha Para Gabriela
Composição: Dorival Caymmi
 
Quando eu vim para esse mundo,
Eu não atinava em nada
Hoje eu sou Gabriela
Gabriela, ê meus camaradas!
Eu nasci assim, eu cresci assim,
E sou mesmo assim, vou ser sempre assim:
Gabriela, sempre Gabriela!
Quem me batizou, quem me nomeou,
Pouco me importou, é assim que eu sou
Gabriela, sempre Gabriela!
Eu sou sempre igual, não desejo o mal,
Amo o natural etc, e tal.
Gabriela, sempre Gabriela!
Quando eu vim para esse mundo,
Eu não atinava em nada
Hoje eu sou Gabriela
Gabriela, ê meus camaradas!
Eu nasci assim, eu cresci assim,
E sou mesmo assim, vou ser sempre assim:
Gabriela, sempre Gabriela!
Quem me batizou, quem me nomeou,
Pouco me importou, é assim que eu sou
Gabriela, sempre Gabriela!
Eu sou sempre igual não desejo o mal
Amo o natural, etc e tal.
Gabriela, sempre Gabriela!
Quando eu vim para esse mundo,
Eu não atinava em nada
Hoje eu sou Gabriela
Gabriela, ê meus camaradas!

Somos uns perseguidos...

Atacam muito a gente só porque temos alguns milhares, alguns milhões, alguns bilhões de dólares. Não é pra ter? Quer coisa mais bonita que chegar a 50 bilhões de dólares? Não é o ápice? Exceto que os mais ricos da história chegaram a 300 bilhões, mas isso é o supra-sumo, nossos heróis venerados, inimitáveis. E quantas vezes nós doamos dinheiro para construir hospitais, universidades, bibliotecas – você já ouviu dizer que algum pobre ou miserável deu dinheiro para construir uma biblioteca inteira? Claro, descontando do IR, é a lógica, na realidade foi o governo que deu (e quem deu ao governo foram os pobres e miseráveis, mas assim é a vida).

Ai, eu sofro.

Serra, quinta-feira, 02 de agosto de 2012.

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