quarta-feira, 24 de agosto de 2016


Tomando Sol com os Outros Prisioneiros

 

Quase todo dia agora vou de bicicleta até a orla de Camburi, Vitória, e pedalo até o marco 3.000/2.000 (metros, a praia toda parece ter 5,0 quilômetros de extensão de calçadão) para mexer os joelhos, o da perna direita empenou, quando você pega o corpo não te dão garantias e prazo de validade.

E também tomar sol, luz e calor que vem do Sol, estrela.

Um frasco com (agora) provitamina D, hormônio percussor que afeta 20 % dos genes (restaram, de 100 mil, 23 mil contados), só proporciona por comprimido em torno de 600 UI (unidades internacionais), enquanto são necessárias 20.000/dia; 15 minutos de luz solar já chegam a isso e é de graça.

Lá vou.

Estando em bairro melhor, o povo é sorridente até onde os problemas diários permite escancarar sorriso.

Como eu também, são prisioneiros.

BOM DIA, PRISÃO

PRISÕES AMBIENTAIS.
Mundo.
Constituições, leis complementares, leis ordinárias (no Brasil desde 1988 a caminho de 5,0 milhões), decretos, portarias.  
Nações.
Estados.
Cidades-Municípios.
PRISÕES PESSOAIS.
Empresas.
Obrigações e coobrigações às toneladas, aos zilhões.
Grupos.
Famílias.
Indivíduos.

São cativos, só que não percebem, as margens das celas estão muito afastadas e são virtuais, não-materiais.

Não fica melhor se você tem consciência de estar livre-em-grades.

Vitória, quarta-feira, 24 de agosto de 2016.

GAVA.

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