Os Gregos de Maomé
Numa das passagens da RC, Rede Cognata (não publicadas) vi que o califa pode ter mandado
esconder os tratados nos nomos do Egito.
NÃO FAZ SENTIDO
NENHUM O CALIFA OMAR TER QUEIMADO A BIBLIOTECA (isso seria 642 d.C.,
ela estava plenamente decadente, provavelmente todo mundo que podia roubava um
pouco; Omar não seria louco de colocar a perder todo aquele conhecimento, deve
ter escondido, queimando restos, a papelada que sobrou indo alimentar os fornos)
Destruição da
Biblioteca de Alexandria
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Gravura do século V representando a destruição do Serapeu de Alexandria
pelo Patriarca de
Alexandria Teófilo I
A destruição da Biblioteca de
Alexandria é um evento histórico que divide os historiadores
pelo menos desde o século XVIII. A versão mais popular, pelo menos entre o
grande público, é a de que a biblioteca foi destruída por ordem de Amr ibn al-As, governador provincial do Egito em nome do califa Rashidun Omar ibn al-Khattab,
pouco depois da conquista do Egito comandada por Amr em 642, mas desde o
século XVIII que diversos estudiosos questionam a veracidade dessa versão da
história.
Fontes históricas
Há três relatos históricos do sucedido, todos escritos mais de 500
anos depois do sucedido. O médico, historiador e egiptologista árabe Abd-aI-Latif (1162-1231) afirma que a
biblioteca foi destruída por Amr por ordem de Omar.[1][2] A mesma história encontra-se no Ta’rih
al-Hukama ("História dos Filósofos") de ibn
al-Qifti (1172–1248).[3][4] A versão mais longa da história
encontra-se na obra do sírio Bar Hebraeus, também conhecido como Abu'l Faraj
(1226–1286) e é baseada nos escritos de al-Qifti. Na tradução da sua obra Chronicum
Syriacum para árabe, Bar Hebraeus incluiu material de fontes árabes, e na
Historia Compendiosa Dynastiarum, ele relata que um certo João
Gramático[nt 1] perguntou a Amr pelos "livros
da biblioteca real".[5] Amr escreveu a Omar a pedir
instruções sobre o que fazer com a biblioteca e Omar respondeu-lhe «se esses
livros estiverem de acordo com o Alcorão, então não precisamos deles para nada;
e se eles se opoem ao Alcorão, destrói-os.»[4][6] Amr teria então ordenado que os
livros da biblioteca fossem distribuídos pelos balneários de Alexandria para serem utilizados como
combustível para aquecimento da água; foram necessários seis meses para
queimar todos os livros.[7]
O historiador egípcio al-Maqrizi
(1364–1442) também menciona resumidamente a história, quando fala do Serapeu de Alexandria.[8] A história da destruição da
biblioteca ainda estava em circulação entre os coptas no início do século XX].[9] Ibn Khaldun (1332–1406) escreveu que
Omar deu uma ordem semelhante para que livros persas fossem destruídos no
Irão.[2]
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Isso tem de ser melhor investigado.
LEIA ‘MANSUR E A
INVENÇÃO DA SABEDORIA ÁRABE’ (tirado de lá e aumentado no quadro abaixo)
No
excelente álbum em quadrinhos Gonick, Larry História do Mundo em
Quadrinhos (A Ascenção do Mundo Árabe e a História da África), São
Paulo, Jaboticaba, 2004 ficamos sabendo muitas coisas que os livros oficiais
de história não contam.
Por exemplo, na página 40 e ss. lemos:
1.
“Al-Mansur cercou-se de conselheiros persas – um
vizir persa, ou primeiro ministro, governava o Estado – e eles falaram ao
Califa de um outro tesouro: as bibliotecas persas”;
2.
“Para o Califa, estas bibliotecas, cheias de
ensinamentos dos hindus, persas, gregos e romanos, tinham apenas um problema:
nada estava escrito em árabe”;
3.
“Al-Mansur, que queria expandir esse conhecimento
por todo o mundo muçulmano, ordenou que tudo fosse traduzido para o árabe”;
4. “O trabalho durou 100 an0s …” [Veja só quanto material];
5.
“E, assim, no século IX, o estudo da ciência, da
matemática, e da medicina começou a florescer pra lá de Bagdá...”.
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6. “O
químico persa Jabir padronizou o procedimento das experiências científicas de
mexer com explosivos”;
7. “O
matemático al-Khuwarizmi (de Khwarizm ou Kheva ou Khiva, no norte da Pérsia)
produziu o primeiro livro de álgebra”;
8. “Outros
escreveram sobre agricultura, medicina, ótica, mineralogia, meteorologia,
astronomia, etc., etc., etc.”
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Com isso a família de Mansur (714-775)
governou por cinco séculos enquanto dinastia abássida, pois ele criou as bases
da expansão intelectual muçulmana simplesmente chupando tudo dos gregos e dos
romanos, sem falar dos persas e dos hindus.
Tratados e mais tratados desconhecidos no
Ocidente.
Tais conhecimentos fizeram a fama dos árabes
pelos 700 anos seguintes, até a queda de Constantinopla em 1453, quando os
ocidentais tiveram acesso ao conhecimento greco-romano e com isso seu próprio
Renascimento.
Enfim, os gregos de Maomé, depois os gregos
do Ocidente.
E não houve ninguém que desse o mérito
devido.
Vitória, terça-feira, 23 de agosto de 2016.
GAVA.
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