sexta-feira, 26 de agosto de 2016


Cada Proposta de Terminação Foi Respondida com Continuação

 

As pessoas não tinham atentado até o modelo pirâmide sobre o que acontece nas faixas onde termina a civilização anterior e começa a nova.

FAIXAS DE PASSAGEM

Os antigos iam morrer...
ANTIGUIDADE até 476
... os médios sobreviveram.
 
IDADE MÉDIA
476 a 1453
 
 
IDADE MODERNA
1453 a 1789
 
 
IDADE CONTEMPORÂNEA
1789 a 1991
 
 
IDADE PÓS-CONTEMPORÂNEA
1991 em diante
 

Um pouco antes e um pouco depois, até firmar-se o novo, há desacerto, desconcerto, desalinhamento dos astros.

Até agora, a cada proposta de finalização houve um levantamento e prosseguimento, de modo que a civilização antiga não terminou em 476, ela prosseguiu. Agora estamos outra vez diante da encruzilhada, como disse Woody Allen (não precisamos escolher nenhuma das duas vias dele, podemos escolher uma terceira: “a sabedoria de saber escolher” pode significar escolher um terceiro caminho):

Mais do que em qualquer outra época, a humanidade está numa encruzilhada. Um caminho leva ao desespero absoluto. O outro, à total extinção. Vamos rezar para que tenhamos a sabedoria de saber escolher.

Como já vimos, há confusão da sexualidade, trocam-se os papéis, há uma bandalheira danada e se gasta demasiado do capital racional e emocional, já que a frente de ondas proporcionou uma folga produtivorganizativa; os “de cima” têm demais, chegando-se pouco antes da mudança a um acordo sobre como o quanto a mais tirar dos “de baixo” jogados nos super-pouco, no pouquíssimo – sobre como espoliá-los. Os patrícios antes e depois de 476, os nobres antes e depois de 1453, os burgueses antes e depois de 1789 e os capitalistas antes e depois de 1991 – todos tinham demais, nada se lhes opondo, sentindo-se eles garantidos e super-garantidos.

Embora haja a data, ela é posta depois; na faixa, as pessoas não sabem que já mudou, como agora em 1991 não ficaram sabendo: a indecência corre solta, a patifaria é o mote, os abusos de todo tipo campeiam, a pouca-vergonha é celebrada.

NA FAIXA VIBRA TODO TIPO DE BAIXARIA (seria interessante fazer pesquisa das faixas, digamos 50 anos antes e 50 depois, p. e., 426 a 526)

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

E agora, continuaremos?

Tudo vai depender do amor a ser manifestado, de quanto as pessoas têm dentro de si e quanto imaginam poder entregar a todos e cada um: se a quantidade de ódio, raiva, cólera e tudo do lado ruim do dicionário for maior será o fim e a humanidade terminará.

Confio que não.

Rezo que não.

Dentro de mim confio que o amor vencerá.

Serra, quinta-feira, 17 de maio de 2012.

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