terça-feira, 23 de agosto de 2016


Acusados e Acusadores

 

No livro de Pierre Carnac, A Atlântida de Cristóvão Colombo, São Paulo, Difel, 1978 (sobre original de 1973), página 128, ele diz: “O marquês de Sautuola, proprietário daqueles sítios, foi acusado de ter mandado pintar a gruta por alguns comparsas com finalidades de lucro! ”.

A GRUTA ERA ALTAMIRA, ESPANHA

Caverna de Altamira
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Altamira é o nome de uma caverna na qual se conserva um dos conjuntos pictóricos mais importantes da Pré-história.[1] Fica no município espanhol de Santillana del Mar, Cantábria, num prado do qual tomou o nome.[2] Por volta de 11 000 a.C., a queda de uma rocha bloqueou a entrada da caverna, impedindo a continuidade da ocupação humana e assim preservando o seu interior.
As pinturas e gravuras da caverna pertencem ao Paleolítico Superior, principalmente aos períodos Magdaleniano (entre 14 500 e 12 000 a.C.) e Solutreano (16 500 a.C.)[3], embora testes usando séries de urânio avaliem a data para cerca de 32 000 a.C., no começo do Aurignaciano.[4][5][6][7] O estilo de grande parte das suas obras enquadra-se na denominada "escola franco-cantábrica", caracterizada pelo realismo das figuras representadas. Contém pinturas policromáticas, gravuras, pinturas pretas, vermelhas e ocres que representam animais, figuras antropomorfas, desenhos abstratos e não figurativos.[8]
Qualificativos como: "Capela Sistina" da arte rupestre;[8][9][10] "...a manifestação mais extraordinária desta arte paleolítica...",[11] "... a primeira caverna decorada que se descobriu e que contínua sendo a mais esplêndida";[12] e "...se a pintura rupestre [paleolítica] é o exemplo de uma grande capacidade artística, a caverna de Altamira representa a sua obra mais sobresselente",[13] indicam a qualidade e a beleza do trabalho do homem magdaleniano neste recinto.
Foi declarada Património da Humanidade em 1985.[14] Em 2008, a nomeação foi estendida para outras 17 cavernas do País Basco, das Astúrias e da própria Cantábria, chamando o conjunto "Caverna de Altamira e arte rupestre paleolítica do norte da Espanha".[8][15]
História da descoberta e reconhecimento
A caverna de Altamira foi descoberta em 1868 por um caçador chamado Modesto Cubillas, que encontrou a entrada quando tentava libertar o seu cão, que estava preso entre as fendas de umas rochas por perseguir sua caça.[16] Naquele momento, a notícia da descoberta de uma caverna não teve transcendência entre a vizinhança da zona, pois é um terreno kárstico, caracterizado por possuir já milhares de grutas, pelo qual a descoberta de uma mais, não foi novidade.[17]
Marcelino Sanz de Sautuola, "mero afeiçoado" em paleontologia,[nota 1] veio a conhecer a existência da caverna diretamente do mesmo Cubillas, sócio de sua fazenda; porém, não a visitou até pelo menos 1875 e muito provavelmente em 1876.[nota 2] Percorreu-a na íntegra e reconheceu alguns signos abstratos, como raias pretas repetidas, às quais não deu qualquer importância por não considerá-las obra humana. Quatro anos depois, no verão de 1879, voltou Sautuola pela segunda vez a Altamira. Nesta ocasião, acompanhado pela sua filha María Faustina Sanz Rivarola, de cerca de oito anos.[19][nota 3] Tinha interesse por escavar a entrada da caverna visando encontrar alguns restos de ossos e sílex, como os objetos que vira na Exposição Universal de Paris em 1878.[21][nota 4]
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Maria exclamou ao ver as pinturas: Olha, pai, bois!.[19]
A descoberta realizou-a, na realidade, a menina. Enquanto o seu pai permanecia na boca da gruta, ela adentrou-se até chegar a uma sala lateral. Ali viu umas pinturas no teto e correu a dizer-lhe ao seu pai. Sautuola ficou surpreendido ao contemplar o grandioso conjunto de pinturas daqueles estranhos animais que cobriam a quase totalidade da abóbada.[17]
No ano seguinte, 1880, Sautuola publicou um breve opúsculo intitulado Breves apontes sobre alguns objetos pré-históricos da província de Santander. Nele sustinha a origem pré-histórica das pinturas e incluía uma reprodução gráfica. Expôs a sua tese ao catedrático de Geologia da Universidade de Madrid, Juan Vilanova, que a adotou como própria. Porém, a opinião de Sautuola não foi aceite pelos franceses Cartailhac, Mortillet e Harlé, os cientistas mais reconhecidos em estudos pré-históricos e paleontológicos na Europa.[22][23
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http://www.acreditanisso.com.br/wp-content/uploads/2016/02/Caverna-de-Altamira1.jpg
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http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/7/77/Altamira-3.png/1280px-Altamira-3.png

No caso de Alfred Wegener (alemão, 1880-1930), autor da teoria da Deriva Continental, ele foi atacado pelos cientistas (que a partir de 1957 com o Ano Geofísico Internacional colocaram o nome de teoria das Placas Tectônicas, que é mais complicado, não explicativo).

ELES RIAM (Wikipédia)

A teoria de Wegener teve poucos apoiantes na sua época

Parte das pessoas que souberam da teoria apoiaram Wegener, e parte não. Alguns riam e faziam piadas. Mas Wegener declarou que não se importava: "Poucas pessoas podem ter acreditado, e muitas não. Mas essas pessoas não importam. O que importa é que o mundo já se juntou, e daqui a milhões de anos se juntará novamente, formando outra pangeia." Wegener baseava a sua teoria em evidências circunstanciais e não foi capaz de apresentar um mecanismo para a deriva dos continentes, o que resultou numa hipótese pouco apoiada até aos anos 50 do século XX .
A ciência é um processo social. Decorre numa escala temporal mais longa do que a vida humana. Caso eu morra, alguém ocupará o meu lugar. Se tu morreres, alguém ocupará o teu. O que realmente é importante é que alguém faça o trabalho.


A lista das pessoas de que se zombou deve ser bem grande; nela constariam os nomes daqueles desrespeitados pelos tecnocientistas.

Há casos de gente com acusações em jornais e na TV em letras grandes, enormes manchetes, letras garrafais depois desmentidas em letras miudinhas. Como é que fica isso? A pessoa foi exposta ao ridículo com megafone, depois lhe dão direito de falar baixinho, de sussurrar em recinto fechado.

Que aconteceu depois com o marquês de Sautuola?

Creio que as histórias dessa gente devem sem contadas em livro, uma coleção dos prejudicados pelos de fala fácil.

Quando desgosto, cito o que disseram, exatamente. É preciso ter todo cuidado, não fica bonito o copo quebrado quando colado.

Vitória, terça-feira, 23 de agosto de 2016.

GAVA.

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