quinta-feira, 14 de setembro de 2017


O Perigo Digital

 

                            Tinha a identificação digital - com aposição de um dos dedos (em geral o dedão, o dedo polegar) - como inviolável, mas alguém anunciou que não era preciso se preocupar com tal ou qual máquina porque ela não iria falsificar, apossar-se da marca para replicá-la depois, o que quer dizer que sim, devemos nos preocupar até demais.

                            Significa isso que uma vez posta uma digital qualquer (até aquela que obrigatoriamente colocamos nos documentos de identidade; ou quem tenha a infelicidade de “ser fichado” na Polícia geral) ela pode ser usada para corromper qualquer documento. Não existe um mínimo de segurança nisso. Um funcionário de empresa pode se apossar de milhares de identificações e vendê-las ou usá-las em benefício próprio.

                            Nunca tinha pensado nisso e fiquei apavorado, não por mim, que não dependo disso para nada (exceto na academia de ginástica), mas por milhares de iludidos. Ninguém tinha nos prevenido.

                            ANEXO

Identificação Digital – apêndice B da apostila Criptografia e Segurança na Informática, Pedro A. D. Rezende (a versão integral à venda na Internet)

De um lado os mineradores de dados roubando informações que levamos anos ou décadas para desenvolver, do outro o perigo assombrador de que roubem nossas características digitais. Nem é preciso mais aquilo do cinema de colocar um plástico para replicar as marcas dos dedos, vai direto da máquina mesmo. É evidente que desenvolverão para as grandes empresas mecanismos de defesa, como sabemos da dialética, mas enquanto isso os indivíduos miseráveis, pobres, médios e até médios-altos e ricos ficarão à mercê. Uma nova, recentíssima violência contra os seres humanos, admirável mundo novo do Grande Irmão.

Estamos totalmente à mercê dos falsificadores.

Vitória, domingo, 10 de abril de 2005.

O Patrimônio de Jericó

 

                            Se Jericó foi a primeira cidade, em tese não herdou nada do passado, segundo o pensamento em curso.

ERRADO (do tempo herda-se tudo, do espaço o que estiver por perto)

·       Construções (eles SE construíram) em 100 milhões de anos primatas;

·       Dos quais 10 milhões de anos hominídeos;

·       Dos quais 200 mil anos dos nemay (neandertais de EMAY, Eva Mitocondrial + Adão Y);

·       Dos quais 80 a 70 mil anos dos cro-magnons;

TUDO ISSO EM TRÊS CONJUNTOS

·       As cavernas (Jericó não surgiu no vazio, houve antes dela muito desenvolvimento prévio da humanidade, que era operosa e valente, arrojada e trabalhadora);

·       As pós-cavernas;

·       As pré-cidades;

·       Finalmente o trabalho de levantamento da Cidade em si.

O fato de não termos analisado a fundo, em detalhes, não quer dizer que não houvesse nada lá, pelo contrário, havia muito, muito mais do que temos querido crer. De fato, houve a Descida do início da Glaciação de Wisconsin (W), quando as águas se precipitaram 160 metros na vertical; houve W em si, durante 105 mil anos; houve a Subida, quando o movimento contrário se deu, com diminuição das áreas continentais. Como dizia Clarice Lispector, o fato de não termos visto quer dizer que não existiu? Se os tecnocientistas não viram quer dizer que não aconteceu? Eles, apesar de tudo de maravilhoso que fizeram, não viram tudo, não prestaram bastante atenção, não se dedicaram a fundo na contemplação da Terra em todo o espaço e todo o tempo.

Jericó era herdeira de tudo que existiu no tempo e se misturando foi dar nas possibilidades que a sustentaram; no espaço foi herdeira do que estava próximo.

O quê, espaçotemporalmente, financiou Jericó?

Que marcas das redondezas haviam em Jericó? De onde veio isso e aquilo? Que pré-cidades, pós-cavernas e cavernas cooperaram na criação de Jericó? Nas fundações de Jericó estão as estacas de muitas iniciativas.

Vitória, segunda-feira, 11 de abril de 2005.

O Mundo Muito Esquisito na Bandeira de W]

 

                            Como já coloquei várias vezes, tanto a Descida ([W, os mil anos quando da descida das águas no início da Glaciação de Wisconsin, há 115 mil anos) quanto a Subida (W], outros mil anos quando da subida das águas no fim de W há 10 mil anos) foram períodos interessantíssimos e dois testes poderosos para a continuidade da humanidade. Todavia, não foram analisados e nada vemos deles nos documentários, nos livros, nas salas de aula, em lugar nenhum.

                            Apensar de tudo estamos num tempo estável, de temperaturas para nós saudáveis e amenas, quando apenas 11 mil anos atrás estava frio à bessa e há 10 mil anos começou a chover sem parar durante mil anos.

                            Evidentemente a Bandeira Elementar (ar, água, terra/solo, fogo/energia, no centro a Vida, no centro do centro a Vida-racional) entrou em convulsão total, uma agitação frenética que os cro-magnons nunca tinham visto nem imaginado, porque surgiram há 80 ou 70 mil anos e padeceram frio durante 70 ou 60 mil anos. Nada os tinha preparado para tal revolução ambiental, mudança constante de cenários, alteração dos rios e dos lagos (para não falar das margens oceânicas). Lagos surgiram onde nunca tinha havido nenhum, outros desapareceram, rios muraram de lugar, as margens oceânicas recuaram demais, espécies desapareceram e outras surgiram, mudou a temperatura média, o regime de chuvas (pois antes quase nunca chovia, em comparação com depois). Claro que mil anos - tanto quanto 33 gerações humanas – é tempo demais para uma espécie de vida curta, mas mesmo assim ficam as memórias. As notícias são passadas adiante via contagem oral.

Na Descida não choveu (ou choveu bem menos) durante mil anos e o ar foi ficando progressivamente mais frio; depois na Subida chovia excessivamente e o ar foi ficando cada vez mais quente (e irrespirável, para quem vinha dos costumes antigos – veja só a capacidade de adaptação do corpomente humano!).

Era deveras um mundo esquisito, aquele da Subida.

Certamente o ar turbilhonava e tinha reações desconhecidas antes; as pessoas ficavam desconcertadas, especialmente as primeiras, as que estavam na interface mais fina do começo da subida. Isso precisa ser estudado e modelado em computação gráfica. Quanto tempo perdemos, ao não enxergar tais coisas.

Vitória, sexta-feira, 08 de abril de 2005.

O Derretimento do Norte em W]

 

                            Quando todo o Norte acima do Paralelo 45º começou a derreter com o fim da Glaciação de Wisconsin (W) há 10 mil anos atrás como foi que isso se deu? Fala-se de derretimento, mas não se como ele aconteceu.

                            Dizem que as chuvas duraram mil anos.

                            Como já vimos, as águas subiram 160 metros e as praias continentais entraram muito nas bordas.

                            Mas, o que significava ESTAR LÁ?

                            Antes era seco e frio, de repente começou a esquentar. O solo, que ficava permanentemente gelado e coberto de neve começou a aparecer; onde antes só havia o branco da neve começou a surgir o verde da grama e das árvores, surpreendentes FLORES, vida buliçosa. Claro, haviam as estações, no inverno de antes ficava ainda mais frio, no inverno-novo menos frio, mais quente. E, sobretudo, no verão talvez nem fosse mais necessário usar capotes pesados. Podiam – é de pasmar! - tomar banho nos lagos e rios. Os avós e os avós dos avós deixavam memórias dos tempos antigos intoleráveis, das regiões intransitáveis. Os jovens sentiam o calor na pele e o ânimo no coração, tudo recendia a novos perfumes, tudo exalava cheiros. Daquele mundo geladíssimo d’antanho nada falava mais.

                            Pelas porções degeladas podia-se ver manchas verdes cada vez maiores, cada vez mais largas e compridas, a floresta verde chegava para tomar tudo – devia ser surpreendente demais, absolutamente fantástico e inebriante.

                            Talvez aquele Norte todo significasse 30 milhões e km2 na Eurásia e na América do Norte e de repente foi ficando mais ou menos como é hoje.

COMPARAR A ESQUERDA COM A DIREITA (Groenlândia de hoje com Suécia de hoje no verão)


Eles devem ter ficado extasiados. Só em termos de notícias, porque mil anos são mais de 30 gerações humanas, ninguém pode mesmo acompanhar.

A neve derretia continuamente e debaixo dela surgia um miraculoso mundo novo, assombroso demais, em que a vida regurgitava, transbordava, fervia, borbulhava, esparramava-se. As pessoas podiam ter muito mais filhos, crescer sem limites, expandir-se sempre (isso criou problemas no futuro, porque os “brancos” – amarelos, brancos, indígenas – tornaram-se prolíficos em excesso), porque sempre havia espaço novo, novos campos de caça. Deve ter sido um impulso inacreditável para a dilatação dos horizontes humanos.

DERRETIMENTO DE NEVE NA PRIMAVERA

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Assim, sem mais nem menos, o mundo ancestral no qual os antigos cro-magnons tinham vivido por 70 ou 60 mil anos principiou a mudar aceleradamente. O que era para durar para sempre e permitir crescimento muito lento das populações humanas, do nada vibrava e dilatava as margens. Uma lama danada, um lamaçal horrível transitar que nunca tinham visto, mesmo se no inverno seguinte gelava tudo de novo (embora num patamar de temperatura mais elevada), mas deve ter sido completamente alucinante, uma alegria que talvez nunca venhamos a conhecer.

Porque literalmente um mundo novinho em folha ia surgindo diante dos olhos estarrecidos daqueles ancestrais. Não foi só alegria, foi uma dura prova, mas também foi algo que nunca mais se repetiu. Nós pensamos ter tudo, mas isso está longe da verdade. Aquele certamente foi um dos momentos mais belos de toda a geo-história hominídea, sobre os quais muitas lendas devem ter sido contadas (basta procurar).
Vitória, segunda-feira, 11 de abril de 2005.

quarta-feira, 13 de setembro de 2017


O Futuro da Medicina

 

Com tudo isso que venho sofrendo em virtude do exercício errado (embora tão mais avançado que há 500 ou 100 ou apenas 30 anos) da Medicina geral na porção média classe C em que estou, vou referir a necessidade de investiga-la sob a ótica do MCES Modelo da Caverna para a Expansão dos Sapiens, como venho fazendo detidamente com tantos aspectos de nossas vidas.

FEMININO E MASCULINO NA CAÇA-COLETA

MEDICINA DAS MULHERES.
+
MEDICINA DOS HOMENS.
Através de poções e alimentos.
 
Exigência de cura rápida, no instante.
HOMEOPATIA.
ALOPATIA.
Observação demorada, conversações.
Na base do choque, entalamentos, amarrações.
NUTRIÇÃO.
DESCUIDO.
PREVENÇÃO DA DOENÇA.
CURA APÓS ADOECIMENTO.
MANUTENÇÃO DA SAÚDE.
ENFRENTAMENTO DA DIFICULDADE.
90 a 80 % de todos.
10 a 20 % de todos.

Como as mães empencadas de filhos não podiam dedicar demasiada atenção a todos e cada um quando adoeciam, tratavam de evitar a enfermidade a todo custo – isso nos foi tirado quando a “medicina das bruxas” foi arrancada de nós e só desde 150 anos a homeopatia retornou, junto com a psicologia. O domínio patriarcal vem desde Jericó há 12 mil anos e com ele a assunção da medicina patriarcal alopática do choque frontal.

O programa das mulheres, inclusive alimentação, vai no sentido de evitar adoecer, o que está muito mal estudado. Descobriram que por baixo das grandes proteínas há três mil micromoléculas fitoterápicas que ajudam os seres humanos, tudo isso, possivelmente, cuidadosamente administrado por elas; e falam agora da dieta das cavernas, dieta páleo, páleo-dieta que segue a presumida alimentação de 40 mil anos passados.

Penso que o futuro imediato da Medicina está na nutrição (dirão nutricionismo), na homeopatia conjugada com a psicologia, psico-nutrição para as PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas).

Vitória, quarta-feira, 13 de setembro de 2017.

GAVA.

E Se Eu Precisasse de Médico?

 

Para a origem da síntese colocada abaixo, veja Tera-Tretas, de segunda-feira, 24 de setembro de 2012, sobre meu envolvimento com os médicos a partir das dores que sentia na barriga desde há seis anos ou mais, tudo começando com exame depois impresso na clínica do primeiro médico a que fui, em Jacaraípe ainda, onde se dizia ao pé da página que era ESOFAGITE.

OS MÉDICOS SE PRONUNCIAM SOBRE O QUE ESTAVA ESCRITO

MÉDICOS.
DIAGNÓSTICO.
TRATAMENTO.
1º, cardiologista e clínico geral, Jacaraípe.
Gastrite, problemas no fígado engordurado (não é importante, cuidemos da gastrite).
Remédio.
2º, cardiologista e clínico geral, Vitória.
Problemas no fígado engordurado, leve esteatose, mas é fundamental cuidar dele.
Remédio, depois se transformou em cirrose.
3º, nefrologista, Vitória.
Problemas nos rins, proteinúria, exames.
Remédio.
4º.
Problemas no pâncreas.
Remédio.

Leia abaixo.

No fim estava escrito esofagite no primeiro exame, meramente por displicência não leram e eu, que esperava deles, também não li, fiquei seis anos com dores. Anos depois o segundo disse “todo mundo tem esteatose moderada, isso em nada implica”, nisso já tinha virado cirrose e o pâncreas tinha ido para o brejo, eu tinha passado de diabetes tipo 2 para a insulinodependente.

Pelo menos 11 anos atrás fui a médico dermatologista para que visse minhas pernas escurecidas, falou das “bainhas de mielina”, passou uma carga de vitamina B12, tomei, um ano atrás fui a dermatologista para ver se tinha jeito de raspar, estava com remorso de ter feito algo errado, ela disse, “nada, isso é retenção de ferro na superfície”.

Com essas peripécias todas, sabendo de médico alemão que na década dos 1920 associou ambientes ácidos ao aparecimento de câncer, com a informação de que (entre 0 de acidez máxima a 14 de alcalinidade máxima) a faixa humana é mantida de 7,35 a 7,45, mais alcalina, e observando minhas reações e a Internet, concluí isto:

MUITA ACIDEZ.
7,35 a 7,45.
ALCALINIDADE.
Induz ao câncer e aos refluxos.
Induz à melancolia, tendência ao suicídio.
Tomar lansoprazol.
Limão demais provoca isso.

E PERCEBI EM MIM

Quando a taxa de açúcar está sob controle, diabetes controlada em menos de 100.
Quando taxa de açúcar está alta, descontrole do diabetes em 250 ou mais.
Mantidas ereções fáceis, mas raras, dosadas.
Libido altíssima, sem ereção, impotência.

Como se sabe, o açúcar era muito difícil de obter até a entrada dos portugueses em cena com as capitanias hereditárias e a introdução da cana de açúcar na Ilha da Madeira em 1425, quando a oferta aumentou e a demanda foi se tornando cada vez mais elevada até a atualidade, provocando, creio agora, essa superoferta e superbusca de atendimento sexual atual.

Tudo precisa ser testado.

Em todo caso, essa carga constante de sexualidade hodierna coincide com a super demandoferta de açúcar. Devemos ver como era antes de 1425 e os vários relatos sobre como se comportavam povos que usavam muito mel e como foi a marcha do açúcar.

Em resumo, os médicos vivem em tremendo conforto PORQUE não há estudo das consequências das medicações, não há cobranças quando os pacientes morrem, o que é atribuído à “natureza da vida” - dizendo-se que “Deus chamou”. Pouco se exige deles. Em todo caso é preciso fazer os testes antes de inculpá-los e exigir deles.

Vitória, quarta-feira, 13 de setembro de 2017.

GAVA.

 

ANEXO

Tera-Tetras
 
Os teratretas, zilhões de tretas dos terapeutas.
Com todos aqueles compromissos humanos enquanto homens ou mulheres (casamento, pagamentos, ambição de ter sítio ou fazenda ou apartamento ou carro, todo aquele querer viajar e ver, milhares de desejos) e mais o atender todas as pessoas diariamente por 35 anos, expondo-se a inúmeras doenças... isso deve cansar.
Desculpo, claro.
Estava com dor na barriga há vários meses, fui a um cardiologista e clínico geral em Jacaraípe, na clínica dele e do sócio ele pediu um exame, outro médico fez, ofereceu as imagens na hora com a descrição das evidências.
O médico pegou e disse:
- Você está com gastrite, o fígado ligeiramente gordo, não precisamos cuidar dele. Vamos tratar do que é urgente, tome esse remédio.
Fui à segunda opinião, o médico que por mais de 10 anos desde antes da operação no coração é um dos cardiologistas que me orientam, também ele clínico geral.
- Pelo contrário, o que é preocupante é o fígado, isso é que é urgente, tome esse remédio.
Tomei.
Por dois ou três meses tomei, melhorou um pouco.
Mais adiante voltou tudo, agora já era um ano de dor.
Contando no serviço indicaram um nefrologista.
Levei os exames, minha filha foi junto, ele conversou demoradamente conosco, falou que eu não tinha gastrite, estava escrito no exame em letras grandes ESOFAGITE e “esteatose hepática moderada”, nada disso eu havia lido. Esse exame tinha sido feito na clínica do primeiro.
Esse terceiro pediu exames nos quais se constatou que havia proteinúria, derrame excessivo de proteínas no sangue, por os rins não filtrarem direito, na proporção de 20/1 entre o existente e o permitido.
Recomendou exame dos rins, dois meses para conseguir.
Fui ao quarto, que disse que essas “dores atravessadas” provém, em geral, do pâncreas, e que ao fazer o exame sem contraste dos rins eu pedisse ao laboratorista para “chegar um pouco para o lado” para pegar o pâncreas. Por sorte, ao conseguir o exame ele foi geral, pegou o pâncreas. Acontece (estou lendo agora) que no primeiro exame, do primeiro médico, está escrito “Pâncreas de dimensões e contornos normais...”
Prontas as chapas dos rins e do pâncreas voltei ao terceiro, que olhou displicentemente e disse que precisamos cuidar da glicose (estava em 288; fui a outro, fora do circuito, ele passou um combinado que baixou em 50 dias a 145, 125, 115 medido com máquina caseira).
Ai, ai. Você e eu e todos. Quase todos.
Serra, segunda-feira, 24 de setembro de 2012.

Pés de Mulheres e de Homens

 

Fomos separando as medicinas em duas, as falas, as memórias, os modos de ver o mundo, os fogos e tudo mesmo até onde chegamos.

Agora é hora de prestar atenção aos pés de umas e de outros no MCES Modelo da Caverna para a Expansão dos Homens: o que o modelo apontaria decisivamente? As mulheres ficavam com 80 a 90 % de todos, enquanto os homens iam com 20 a 10 % às caçadas e às pescarias. O lugar de estadia delas era a Caverna geral para proteção e o Terreirão para coleta; este era necessariamente varrido e limpo desde o começo, mormente para proteger os garotinhos até os 13 ou 15 anos, naquele tempo bem cedo iam reforçar o grupo de guerra, as menininhas que fizessem por si, eram potenciais competidoras das mulheres.

COMO AINDA ENTRE OS INDÍGENAS

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Retrato do terreirão, mesmo em nossos tempos: entre nós é a praça, em volta dela o supermercado (o mundo terá de ser redesenhado), espaçotempo de coleta.

Em cada 100, não menos que 80 estavam o tempo todo limpando a caverna e o terreirão diante dela; portanto, a pele dos pés das mulheres foi se tornando cada vez mais fina, daí necessitada de proteção, sapatos, invenção das mulheres – inicialmente, digamos que nossos pés masculinos eram com os dos hobbits de Tolkien, com pele grossa e com pelos, já que os grupos de caça passavam por muitos lugares diferentes e sempre que saiam era para destino distinto, não poderiam limpar os caminhos, no máximo formavam trilhas, onde ficavam ainda pedras e galhos cortantes. Os homens não poderiam ter pés delicadinhos como os das mulheres e crianças, deveriam eles ser pés com verdadeiras peles calosas, resistentes a quase tudo (se estou certo, serão os pseudo-machos que cuidarão dos pezinhos e os homens terão desprezo por eles, farão cara de repulsa e repugnância – um índice social-sexual).

Em resumo:

MULHERES – pés macios, delicados e formosos de pele fina, com unhas tratadas, adornados e atrativos.

HOMENS – pés duros com pele grossa, cascões embrutecidos, feios, sujos, unhas compridas, repulsivos.

Dois modos de ser, dois modos de estar, dois modos de se enxergar.

A Caverna-Terreirão mudará totalmente nossa concepção do passado.

Vitória, quarta-feira, 13 de setembro de 2017.

GAVA.