domingo, 27 de agosto de 2017


O Panelão de Diamantes de Minas

 

                            Em vários textos deste Livro 107 falei das flechas (meteoritos e cometas) que caem e da produção de diamantes. Vá, por exemplo, ler As Flechas e o Petróleo Embaixo.

                            Noutros textos contei que vi num certo mapa no começo da década dos 1970 na CVRD (onde meu irmão, que era funcionário dela em Sooretama, Linhares, ES, me levou), no edifício Fábio Rushi, centro de Vitória; no canto da memória avaliei que deve ter uns 600 a 800 km de diâmetro, pelo quê o comprimento do meteorito deve ser de 30 a 40 km – terá sido aquele que há 273 milhões de anos separou o Brasil da África, empurrando os dois continentes em sentidos contrários na direção Nordeste-Sudoeste.

                            A cratera da flecha é um buracão, um panelão, com bordas circulares e uma fossa gigantesca, devido à energia que ela comunica ao solo, do tamanho de E = mv2/2. É muita coisa e os tecnocientistas deveriam se debruçar ardente e constantemente sobre essa questão, que é uma das mais fascinantes. Em particular, se for verdade, isso nos toca de perto, literalmente, porque fica no Brasil e, se for mesmo em Minas Gerais, do lado do Espírito Santo. Pelo tamanho, se calhou de ter petróleo embaixo (as chances são pequenas, o Planalto Brasileiro é um cráton que existe desde os primórdios, desde quatro bilhões de anos atrás) deve haver muito diamante lá embaixo. Se não havia petróleo, como é a chance maior, então não; mas em outros lugares sim, com toda certeza. Mesmo havendo poucos diamantes ainda existirão alguns, porque aberto o buraco o meteorito os terá trazido de baixo, rebentando a crosta como que para uma operação; sem falar em outras coisas trazidas, como inúmeros metais e outras pedras preciosas. Enfim, vale muito a pena procurar. Caindo com tal violência, provocando o amolecimento geral do cráton naquele ponto deve ter feito emergir uma quantidade de elementos, fazendo mesmo de MG uma grande província para mineração.

                            Em todo caso, caindo um grande a cada 26 milhões de anos, desde o começo da Vida na Terra há 3,8 bilhões de anos terão sido pelo menos 146 desses, mais os pequenos, havendo, portanto, outras tantas crateras, talvez centenas, e daí muitos e muitos panelões, que são berçários-de-diamantes, porque a maioria dos lugares não é, como no Brasil, cráton profundo.

                            Vitória, sexta-feira, 04 de fevereiro de 2005.

O Modelo da Caverna e os Times Perdedores

 

                            A chamada “fase” do Flamengo vai de mau (irregular) a pior (inferior). Usando o Modelo da Caverna para a Expansão dos Sapiens podemos analisar a psicologia do time (na Rede Cognata = VAGINA; o “time” do outro é “comido”) perdedor como a do grupo de caça que consegue o mamute, mas o perde para o time adversário, que acaba levando-o para dar futuro ÀS SUAS TRIBOS, aos seus torcedores (= TRIBOS). O vencedor ganha futuro à custa do perdedor. É tudo simbólico, no fundo. O grupo (= CAÇA = GUERRAS) de caça (= GRUPO = GUERRAS) é o grupo de GUERRAS.

                            As pessoas não estão ali de brincadeira, é para morder (= MATAR) mesmo. Já que não podemos mais caçar animais nem outros humanos, vamos aos estádios estraçalhar o inimigo e o adversário alegórico. Essa é a colocação correta. As leis não permitem mais (nem seria digno ou civilizado) matar animais nem humanos, como fomos treinados a fazer nos 100 milhões de anos primatas, nos 10 milhões de anos hominídeos e nos 100, 50 ou 35 mil anos sapiens; então, vamos aos estádios despedaçar simbolicamente. Claro, a velha catarse, o velho descarrego barato dos pobres, que é tão saudável – matamos símbolos para não matarmos gente (em jogos, nos filmes, no teatro, em toda parte – tudo está a serviço da adrenalina que não tem mais uso). Se não há tratamento psicológico nobre e caro, como o que é dado aos ricos, pelo menos os pobres podem “botar para fora”, xingar, violentar simbolicamente, destruir metaforicamente, figurativamente, representativamente. Não sai sangue, saem palavrões. Os pobres destratam e insultam os juizes. Esculacha as mães dos juizes para não espancar os governos.

                            É aquilo que todos sabemos.

                            Então, quando o time perde há a impressão de que tudo vai mal, de que não há futuro, de que não há amanhã, de que não haverá filhos-gol para fazer prosperar a tribo; de que não se penetrou na vagina das mulheres – há a forte sensação de frouxidão, de debilidade. O grupo de caça voltou de mãos vazias e o chefe-de-caça, o técnico, foi incompetente ao preparar as armadilhas e ao orientar os caçadores, e a tribo vai minguar e desaparecer. É a derrota do guerreiro, que volta de cabeça baixa, sem proteínas e sem o que oferecer aos filhos famintos e às mulheres esperançosas. É a pior notícia que pode haver. Sempre vai haver derrota de um, se não acontecer empate, mas isso DEVE SER PARA OS OUTROS.

                            Vitória, domingo, 30 de janeiro de 2005.

O Mecanismo do Paredão d’Água e os Tipos de Retenção

 

FICA NAS COSTAS DA PARAÍBA, BRASIL (peguei essa na Encarta porque dá para utilizar faixa finíssima da linha-de-costa) – veja que o nível atual das águas, 160 m mais elevado que 10 mil anos atrás, define um paredão de água contra o qual as águas e os solos que os rios carregam batem ao chegarem na foz para as entregas


OS RIOS QUE VÃO CONFRONTAR


A FOZ (a estudar melhor – ela não é pateta como pensávamos)


As águas que pelos rios descem chegam nas fozes e embatem com as do mar; este não deixa passar fácil, porque pelas marés (altura) e ondas (para frente e para trás) competem energeticamente com os rios. O resultado é que as árvores, galhos, folhas, pedras, material orgânico, lama e todos os restos trazidos não entram fácil no mar – este vai criando a LINHA-DE-COSTA, onde ficam as praias, ou seja, o mar é uma barreira e tende a definir, na altura ou nível em que está, um paredão que dificilmente será ultrapassado. Claro, o rio deposita adiante, na plataforma continental, mas as águas estão longe de serem passivas; elas arremetem. Há um choque notável, ali criando uma nova costa a cada vez que as águas dos oceanos sobem ou descem. Ou seja, até 10 mil anos atrás (a partir de 115 mil anos passados) a mais recente glaciação tinha criado outra linha-de-costa muito mais para a direita no Brasil. Havia outra praia há, digamos, 12 mil anos atrás, e naturalmente em toda parte as pessoas ficavam NAQUELAS BORDAS e ali construíam.

Na figura mais de cima seria na parte azul mais clara, perto da parte azul mais escura.

LINHA ANTIGA DA COSTA (na Paraíba)


Nessas faixas azuis, conformes as alturas sucessivas das águas, quando o nível do mar esteja mais alto ou mais baixo várias linhas-de-costa vão sendo definidas. O resultado é o contínuo aparecimento de lagoonas-de-costa (para separa das lagoonas de Lobato, que só acontecem uma vez cada).

NÃO HOUVE UM LAGOÃO SÓ EM LINHARES (é uma família)


Para completar, os paredões de água estão sempre definindo novas linhas ou praias e estas por sua vez definem novas lagoonas constantemente, havendo tantas quando foram as glaciações e dentro delas as estabilizações do nível da água do mar.

Vitória, sábado, 29 de janeiro de 2005.

O Mar Vermelho em Especial

 

A FORQUILHA NA ÁFRICA E AS PROXIMIDADES


MAR VERMELHO


A FISSURA NO FUNDO DO MAR VERMELHO


PROFUNDIDADE E DIMENSÕES DO MV

Vermelho, Mar, estreito mar interior que separa a península Arábica, no oeste da Ásia, da parte nordeste da África. Enciclopédia Microsoft® Encarta®. © 1993-2001 Microsoft Corporation. Todos os direitos reservados.

OS PAÍSES DA VIZINHANÇA


Já falei da mineração em volta da Forquilha (em solo identificada como Great Rift Valley, Vale da Grande Greta – toda vez que escrevo fico emocionado). Agora se trata de outra parceria, entre os países acima e os que forem capazes de mineração, ainda mais que o Mar Vermelho é a rota de passagem que leva ao Canal de Suez e ao Mar Mediterrâneo, conseqüentemente por ali transitando muitos navios a toda hora.

Seguramente, tendo no fundo uma fissura, por ali deve borbulhar radiação e ali devem emergir muitos diamantes trazidos do fundo da Terra, se é que a fissura está abrindo e não fechado.

Vitória, sexta-feira, 28 de janeiro de 2005.

O Mar Durante W e a Vida Marinha Durante <W>

 

                            W é a Glaciação de Wisconsin, durante a qual o nível dos oceanos teria descido 160 m. <W> é o interlúdio ao fim de W, quando em mil anos houve o descongelamento.

                            Durante W, de 115 a 10 mil anos atrás pouco chovia, a temperatura era MUITO MAIS fria, o ar era seco e quase sem umidade, as florestas só existiam em volta do equador de temperaturas e dos trópicos de então (não se situavam como agora em volta dos trópicos geográficos, a 23,5º de cada lado do equador), a vida rareou bastante, a caça era pouca, viver era penoso para os neandertais e os cro-magnons, a vida-racional engatinhou durante largo tempo.

                            Mas pelo menos era estável.

                            Ruim, muito frio, mas estável e confiável, as coisas não mudaram quase nada durante (115 – 10) 105 mil anos.

                            Então, subitamente, sem quê nem para quê, o tempo mudou e veio o descongelamento assombroso: em apenas mil anos, 1/100 daquele período (compare nossas 16 horas despertas com 9,6 minutos, menos de 10 minutos – por comparação com 16 horas 10 minutos passam muito depressa) o mundo esquentou à bessa (para eles), choveu sem parar, os mares subiram 16 cm POR ANO (em 30 anos de vida seriam quase cinco metros), as florestas se expandiram muito rápido, o número de animais cresceu desmesuradamente também, passou a haver mais doenças (vírus gostam de temperaturas altas), a movimentação foi geral, os racionais se lançavam de um lado para outro – mas chovia, chovia e chovia sem parar POR MIL ANOS.

                            Ora, durante W havia muito menos água nos oceanos, incidia neles menos luz e calor do Sol, os oceanos eram em média mais frios, os peixes eram outros (é preciso estudar detalhada e longamente essa condição dos mares), mas o tempo era firme, garantido, não modificava nada, o tempo se sucedia relativamente o mesmo durante largas gerações, como em nossa época.

                            Depois, em <W> foi um “Deus nos acuda”, pois o céu estava desabando. Fora os efeitos produzidos em terra, o que acontecia no mar com tantas chuvas? Desciam muito mais restos das terras e de todo modo a superfície estava o tempo todo salpicada de gotas, mudando ali a salinidade das águas; de fato era como se houvesse um lago contínuo sobre todos os oceanos do planeta. Todos tiveram de se adaptar, especialmente os peixes, porque de habitantes de sopa densa (ainda que fria) num prato muito menor eles passaram a ser castigados ininterruptamente, o tempo todo, pelas chuvas copiosas. Não sei se os pingos trazendo oxigênio oxigenavam a superfície ou em que medida o faziam – será preciso que os tecnocientistas respondam por isso consultando as equações e os experimentos. É necessário modelar <W> nas máquinas para ver o cenário na superfície e a mi metros de profundidade (10, 20, 40, 80 m ou o que for) em cada área da terra conforme as temperaturas, as ondas, as marés, as estações, os peixes ali existentes (sem falar nos mamíferos marinhos). São excepcionais exercícios para os tecnocientistas e produzirão bons documentários, ajudando a introduzir diversidade nas escolas, atraindo muito mais gente para a geologia, a paleontologia, a antropologia e até a arqueologia (pois Jericó já havia nascido).

                            Enfim, há muito a fazer.

                            Vitória, terça-feira, 01 de fevereiro de 2005.

O Grande Rio do Canadá

 

                            AQUI EXISTIU UM LOBATO


QUE SE TRANSFORMOU NO LAGOÃO (fechado de um lado, lado direito, dando para o Oceano Atlântico) COM IMENSO NÚMERO DE LAGOAS


E AINDA MAIS (ainda há pouco tempo, relativamente, lá era um pântano imenso – nós é que perdemos a chance de ver, pois foi há apenas 10 mil anos)


AQUI VOCÊ VÊ UMA INFINIDADE DE LAGOAS (por uma razão só, estava tudo unido, era tudo contínua água há 10 mil anos)


                            O PÂNTANO QUE NEM PARECE PÂNTANO


Como sabemos, a seqüência é:

1.       Mar;

2.       Lagoão salgado;

3.      Lagoão doce;

4.      Pântano (Pantanal Mato-grossense);

5.       Muitas lagoas (situação do Canadá atual);

6.      Poucas lagoas (Linhares, ES);

7.       Grande rio com floresta luxuriante (5?);

8.      Planície ou pampa;

9.      Área semidesértica;

10.   Deserto total.

Portanto, está muito claro.

Ou houve um páleo-rio, atualmente desaparecido, ou vai haver um grande rio que esgotará todas aquelas lagoas. Assim, o Grande Rio do Canadá ou esteve no passado ou estará no futuro. É questão de pesquisar (se não esteve no passado certamente estará no futuro).

Vitória, quinta-feira, 27 de janeiro de 2005.

O Eterno Domingo do Aposentado

 

                            Devido à maneira como a família foi estabelecida lá nas origens, o homem não tem mais nada que fazer depois de aposentado; não há netos de que se deva cuidar, nem casa para limpar, nem as tarefas todas que ainda competem às mulheres – e estas enviam os aposentados para fora de casa, de modo que eles, rodando e rodando dentro de casa como baratas tontas, não deixem ninguém tenso.

                            Então, em vez de ter como antes apenas o domingo e agora o domingo e o sábado livres ele tem sete dias por semana, o mês todo, 365 dias por ano durante - com a longevidade atual - 20 ou 30 ou mais anos, para as aposentadorias precoces. Não admira nada que passados os primeiros meses da sensação de libertação tantos voltem a trabalhar, para não cair em prostração e morrer, como acontece com uma parte.

                            Pois antes havia a rotina, tão detestada enquanto era obrigatória, depois saudosa; havia a obrigação de ir para o trabalho. Depois de aposentados os dias se tornam compridos demais e os homens vão jogar damas, baralho e bocha, e beber, conversar por aí, qualquer coisa para fazer o tempo passar. Como a maioria nem sabe ver filmes (ou não têm dinheiro parar alugá-los), fora aqueles que passam de graça na TV aberta, o tempo que sobra todo dia é excessivo. As mulheres encomendam pequenos trabalhos inúteis, os homens resmungam e vão – isso não foi bem estudado, nem muito menos exaustivamente em todas as culturas, por exemplo, em livros de APOSENTADORIA COMPARADA.

UMA SÉRIE DE PROVIDÊNCIAS (que podem ser tomadas por governos espertos)

·       Prefeitura aposentada;

·       Re-escolarização (bem planejada, com metas válidas e não por qualquer besteira) dos aposentados e das aposentadas;

·       Uma pilha de tarefas (leves, é claro), remuneradas ou não;

·       Conversar com as crianças, os jovens, os adultos;

·       Coisas que eles sugerirão.

O fato é que os governempresas, que sugaram a força e a vitalidade dessa gente, depois disso a abandonam, e não deveria ser assim.

                            Vitória, domingo, 30 de janeiro de 2005.