sexta-feira, 25 de agosto de 2017


A Família do Lagoão de Linhares

 

                            Como está colocado neste Livro 107 no artigo O Mecanismo do Paredão d‘Água e os Tipos de Retenção, a água bloqueia mesmo. O rio não leva tão longe quando levaria se as águas do mar estivessem mais para diante, no Brasil para a direita, podendo cair então as do rio num declive qualquer muito mais para baixo (de você pensar, a atual posição é muito mais para baixo de uma outra virtual linha-de-costa muito mais para cima). De modo nenhum, as águas do mar detém as outras, e estas levam, sim, mas não muito para diante.

A ÁREA MARINHA DE CRIAÇÃO DAS LOGOOANS EM LINHARES, ESPÍRITO SANTO, BRASIL (em tese iria até as ilhas de Trindade e Martim Vaz; no mapa, bem à direita)


EXPANDIDO


ESSA COISA ANDA PARA A DIREITA E A ESQUERDA (se as águas subissem 30 metros acima de onde estão agora novo Lagoão seria formado, com a linha-de-costa ou praia sendo redefinida mais para a esquerda – seria preciso calcular onde estaria)


DE MODO NENHUM ESSA SERIA A PRAIA (inverto a figura para podermos mexer nela sem pensar em continentes, rios, etc.) – os níveis sucessivos das águas do mar é que definem a linha-de-costa ou praia. Em cada glaciação uma lagoona é criada. Tudo depende da água do mar.

Seta: para a Direita: Possível nível dois, etc.Seta: para Baixo: Possível nível umSeta: para a Esquerda: nível atual                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                            

 

 

O resultado é que tudo isso é móvel.

SERIA PRECISO PROJETAR AS TERRAS PARA CIMA E OS FUNDOS OCEÂNICOS PARA BAIXO (isso destacaria ou contrastaria)


VEJA EM DESTAQUE


O Lagoão de Linhares teve antecedentes e terá conseqüentes; a linha-de-costa é completamente incidental - nós, como temos vidas curtas, a identificamos como permanente (e ela é, no tempo que dura, e não é em tempos mais longos). Está em contínua transformação. Racionais que viessem depois pensariam que as SUAS LAGOONAS é que seriam as verdadeiras.

Enfim, o Lagoão de Linhares é apenas o mais recente de uma linha ininterrupta de lagoonas que vieram do passado e irão para o futuro.

Vitória, sábado, 29 de janeiro de 2005.

A Elaboração dos Páleo-Globos e as Páleo-Tensões

 

                            Não existe ainda nenhum páleo-globo, o que existe é alguma tosca construção referente ao passado, conforme os geólogos vão descobrindo certas coisas sobre ele - como a mudança dos continentes - através da teoria das placas tectônicas.

                            Mesmo que existisse não levariam em conta as tensões.

                            TENSO, MUITO TENSO

·       TENSÕES EXTERNAS:

1.       Meteoritos, cometas;

2.       Chuva, ventos;

3.      Raios cósmicos, vento solar, luz;

·       TENSÕES INTERNAS:

1.       Aborbulhamento superficial debaixo da crosta;

2.       Forças profundas (do núcleo interno/externo).

Pois atualmente a Terra é mostrada plácida bola azul, no máximo com belas nuvens no céu. Não se fala de turbilhões de nenhum tipo, nem de avassaladores ou devastadores maremotos (como o tsunami que, derivado de um, atingiu o Sudeste da Ásia), nem de todo estremecer violento da Terra. Preferem a imagem mais simples, para as crianças. É claro que a vida da humanidade é tão curta que os movimentos planetários não a tocam em quase nada, pois tudo referente à geologia se dá em tempos largos demais para levar em conta a gente, mas mesmo assim seria útil termos indicações mais severas.

Entrementes, podemos perguntar como se compõe as forças de uma e outra origem físico/química, biológica/p.2 e até psicológica/p.3, quer dizer, de fundo humano ou racional. Como essas flechas todas se combinam nas profundezas e na superfície para formar o mundo onde nos situamos na fina capa chamada crosta? Eis crosta no Houaiss digital: substantivo feminino 1 camada endurecida em torno (ou em cima) de uma superfície; casca, côdea, crusta, coscoro Ex.: <c. de pão> <c. de gordura no fogão> <fruto de c. muito áspera> 2 Rubrica: medicina. Denominação dada à escama que se forma sobre certas feridas por dessecação de anti-séptico, sangue e outros líquidos 3 Rubrica: morfologia botânica. Nos liquens, a parte que adere às pedras, à terra ou às cascas das árvores, formando estratificações; crusta.

Devemos rever nossos conceitos, e a partir deles nossas formas, e modificar assim as figuras que elaboramos para representar o universo. Do jeito que são apresentadas é amplamente insatisfatório.
Vitória, quinta-feira, 27 de janeiro de 2005.

Universidades Ibero-Americana e Latino-Americana

 

                            É sempre incrível que as pessoas não pensem (evidentemente isso indica que não é preocupante para elas – quem procura acha e se não acharam é porque não procuraram) nas coisas mais óbvias.

                            DUAS OBVIEDADES QUE NOS FAZEM FALTA

1.       Universidade ibero-americana: reunindo Portugal e Espanha, as antigas metrópoles, e suas antigas dependências nas América do Sul, Central e do Norte, e em outras partes do mundo, para falar da mais vasta cultura entre os dois principais pólos, nas Américas e na Europa;

2.       Universidade latino-americana: essa por interesse local dos latinamericanos, capitaneada pelo Brasil, pelo México e pela Argentina, com grupo intermediário defendendo seus interesses corporativos especiais, e um grupo de retaguarda que será financiado pelos outros dois.

É claro que se deve instalar uma representação em cada nação, mesmo as menores, tudo muito enxuto e financiado por dois consórcios distintos, um ibero-americano e outro latino-americano. As coisas não precisam nascer ricas e espertas, só precisam nascer com bons propósitos, como crianças que antes de poderem dar recebem muito. É assim mesmo que funciona.

Como nossas vidas são curtinhas sempre pensamos em termos de um ano, quando se deve espraiar por décadas e até séculos. Pensando em décadas, talvez em 30 anos elas estejam podendo oferecer algo assim de mais consistente. Mas mesmo em alguns anos já farão convergir muitas potências, tanto de dentro quanto de fora dessas duas configurações, pois há os simpatizantes. Nunca antes Portugal e Espanha se uniram, desde 1150, a não ser no breve período de 60 anos de domínio do primeiro pela segunda a partir de 1580.

Chegou a hora.

Vitória, sábado, 22 de janeiro de 2005.

Um Romance Indígena no Lagoão

 

                            Uma maneira de apresentar a questão do Lagoão em Linhares é compor um romance, assim como James Michener fez nos EUA.

                            Tem de ser um romance indígena, pois as duas levas chegaram há 15 e há 12 mil anos, quando não havia nenhum europeu, nem africano, nem asiático, razão pela qual todos vão ter de se render a ler autêntico romance de base indígena-local, brasileiro-primitiva, de quando não havia Brasil ainda. Ou da primeira ou da segunda leva, sobraram cinco mil ou dois mil anos para descerem de Bering até Linhares essa grande distância, no mínimo 15 mil km)      

Seta: para a Direita: BeringOS ANTEPASSADOS DOS GOITACASES (caminharam muito)


AONDE CHEGARAM (não vieram pelos Correios, vieram andando)


O AMBIENTE AMPLO DO ROMANCE (o Lagoão de Linhares)

Seta: para a Esquerda: Lagoão de Linhares

                            69 LAGOAS, E NO PASSADO MUITO MAIS PARAÍSO


AH, QUE VIDA! (Eles viviam por aqui, porque adiante era o Lagoão; que foi fechando há dez mil anos e só virou floresta mesmo há cinco mil anos)


PRECISAMENTE AQUI (em Bela Vista e logo abaixo em Humaitá; é preciso conhecer bem as lagoas de agora e sugerir outras do passado, lagoas que desapareceram)


De Bela Vista devem caminhar para chegar a Linhares nos tempos históricos, até as guerras com os brancos que os destruíram, sobrando apenas os de Aracruz. Portanto, está posto o cenário, o espaço, e o tempo, que é de 10 mil anos até agora.

Vitória, quinta-feira, 13 de janeiro de 2005.

Um Deserto Vizinho

 

MUITAS FUTURAS LAGOONAS NESSA REGIÃO (já houve e vai voltar a haver, como em toda parte)


QUE LUGAR É ESSE?


OLHANDO MAIS DE PERTO (aqui nascerá um deserto)


NEM PARECE (mas será)


A área mais verde no mapa e tudo que é plano em volta da Baía da Guanabara já foi mar. A boca da Baía será fechada.

EM BOCA FECHADA NÃO ENTRA SIRI [porque não há água do mar; aí já vira área de caranguejos, pois será formado um pântano imenso, na seqüência do texto do Livro 106, O Futuro do Amazonas e o Lagoão que se Formará em Marajó, que copiarei aqui: REPETINDO O PROCESSO: 1. Braço de mar (como na Baía de Guanabara, em que há uma boca estreita que será progressivamente fechada); 2. A água salgada permanecerá dentro enquanto a água doce não a substituir – o que depende de quantos rios alimentadores há, do fluxo ou velocidade da água, das chuvas, da profundidade do assoalho do antigo braço de mar e de outros fatores; 3. Quando tudo for água doce estará formado o Lagoão; 4. Depois será constituído o pantanal; 5. Que secará até serem centenas as lagoas; 6. Reduzidas depois a poucas (em Linhares, ES, sobraram 69, um número muito equilibrado e muito gostoso); 7. Elas sumirão, restando o solo plano; 8. Nele a floresta exuberante; 9. Finalmente um deserto].


QUANDO FOR DESERTO, OS CARIOCAS TERÃO MUDADO (para o Paraíso, porque são sortudos). Será fechado bem aqui...


AQUI SERÁ O LAGOÃO (depois tampado com terra, naquela seqüência, finalmente bem lá para frente tornando-se floresta luxuriante e depois deserto)


Ou seja, de todos os planos geográficos - cada qual representando um presente - quase todos nós vemos apenas o nosso, exclusivamente. Se cada plano for feito de mil em mil anos contados como um segundo em cinco segundos (cinco mil anos) o Lagoão em Linhares teria sido cheio de terra; em outros cinco segundos a floresta luxuriante teria ocupado tudo e em mais cinco tudo viraria deserto. Quer dizer, o ritmo é tão alucinante que em apenas quinze mil anos sai de lagoona e vira deserto. Não é humano, não tem nada a ver conosco. As intensidades não são geo-históricas, são outras.

Vitória, sábado, 08 de janeiro de 2005.

Trazendo Portugal Até Aqui

 

                            Vendo insistindo muito que devem ser feitos filmes sobre as origens de Portugal e seu trânsito até o Descobrimento, e depois.

                            ZERO E PARTIDA DE PORTUGAL

·       Filmes sobre a Antiguidade portuguesa (neandertais, cro-magnons, ibéricos, ostrogodos, romanos, o que mais?);

·       Filmes sobre a Idade Média (Portugal de 476 a 1453 tendo nascido do condado como reino lá por 1150);

·       Filmes sobre a Idade Moderna (de 1453 a 1789, período dos descobrimentos e da posterior dependência do reino);

·       Filmes sobre a Idade Contemporânea (de 1789 a 1991, quando Portugal passou da dependência à ditadura, saindo finalmente dela em 1975:

·       Filmes sobre a Idade Pós-Contemporânea (de 1991 para frente), quando o país já está dentro da União Européia.

Pois resgatar Portugal é falar também das outras raízes, as Américas dos indígenas pré-Cabral, as da África pré e pós-escravidão, as do Oriente de onde vieram os japoneses e as da restante Europa de onde vieram poloneses, italianos, franceses, espanhóis, alemães e outros.

Não obstante, os patetas do cinema nacional perdem tempo com besteiras falando de “grandes temas”, temas intelectuais que não tocam o povo brasileiro nem suas elites, filmes que não emocionam e não resgatam nossa identidade, nem tampouco a constroem. Filmes que não falam daqueles que ouvimos na escola mencionar, dos personagens e das passagens características de nossa história, e quando o fazem é sob tintas desfavoráveis ou exageradas, não coerentes com a lógica.

Quem pode gostar desse cinema brasileiro? Fora os de Renato Aragão e de Xuxa, que tocam as crianças, os demais que realmente emplacaram foram poucos, ínfimos, um número ridículo deles.
Vitória, quinta-feira, 20 de janeiro de 2005.

Sara no Paraíso

 

SÓ COM OS OLHOS A GENTE NÃO PODE VER (o Saara como se apresenta hoje) – só olhando com os olhos da mente e com a idade da humanidade podemos ver o passado remoto.


OLHANDO SÓ COM OS OLHOS A GENTE VÊ SÓ O PRESENTE (e assim mesmo nem tudo)


Só com a Teoria do Lagoão, como chamei, podemos enxergar mais longe no passado e ver todas as fases de formação, as passagens da mutação, saindo do mar e chegando ao deserto depois de apenas alguns milhares de anos, no máximo alguns milhões; tudo está em mudança constante.

UM DESERTINHO FUTURO (O Lagoão de Linhares, ES, Brasil)


Agora nós podemos ver todas as coisas.

O Saara (Sahara que, aproveitando o nome português topográfico Sara e o nome de mulher hebraica na Bíblia) já foi uma região de lagos. Não fui eu que o disse, foram os cientistas, de terem pesquisado no local e descoberto esqueletos de dinossauros e peixes, além de vários mamíferos.

Então, o Saara já foi um paraíso. Não para nós, mas para os animais que estiveram por lá. O Lobato da América do Sul, LAS, foi magnífico, mas o LAF, Lobato da África, foi mais aidna, o mais esplêndido, talvez, que houve na Terra. Os cientistas vão poder dizer. Será motivo de especial prazer ver a CG, computação gráfica de Sara, quando ela estava vestida de glória não faz tanto tempo assim.

Vitória, quinta-feira, 20 de janeiro de 2005.