terça-feira, 22 de agosto de 2017


Os Rastros dos Idiotas que nos Excluem

 

                            DUAS IDIOTICES

·       Dos agentes (as vontades deles, as causas dos fatos, quem decidiu): (os rastros dos) idiotas que nos excluem;

·       Dos ambientes (a permissão da idiotia, o efeito produzido): os rastros (dos idiotas) que nos excluem.

Como exemplo, alguém inventou no Espírito Santo no governo Executivo de nos pagar o 13º salário no mês do aniversário (no meu caso, em fevereiro); supostamente era para beneficiar o aniversariante num mês de maiores gastos, mas foi pago durante muito tempo DEPOIS DO MÊS DE ANIVERSÁRIO, assim como o 1/3 de férias durante igual período foi pago sempre depois das férias.

O 13º em geral não foi colocado em dezembro àtoa: 1) visava beneficiar as festas de Natal, 2) favorecer as festas de ano novo, 3) se sobrasse, ajudar o carnaval – era para ser tudo gasto para patrocinar a economia. Entretanto, isso cria um sentido de comunidade, de que os capixabas servidores do Executivo foram excluídos pela idiotia de algum idiota.

Isso nos lembra que devemos ter o máximo de cuidado e medir tudo pelo metro do amor, quer dizer, do favorecimento alheio, do que pudermos fazer de melhor em nome do próximo – ou o mundo vira uma porcaria mesmo. De outro modo tudo desanda, desalinha, desconcerta.

Como somos mais de 80 mil no GEES-Executivo eis aí 80 mil famílias cujo Natal e Ano Novo não coincidem com os demais; todos comemoram em 25/12 e 01/01 e esses comemoram no mês do aniversário. E a vida em sociedade? Fomos excluídos, postos de lado, porque alguém quis favorecer o governo, de modo que a cada mês ele potencialmente pagasse 1/12 dos vencimentos (na realidade, parece que os nascimentos se concentram mais em maio – seria o caso de fazer as contas). Em todo caso 11/12 ficaram de fora das festas.

Vitória, quinta-feira, 06 de janeiro de 2005.

Os Páleo-Lagos Sob o Areal

 

                            Quando meus irmãos adquiriram em 1985 uma propriedade num lugar chamado Degredo, no Distrito de Povoação, mais propriamente no espaço denominado Cacimbas (onde agora a Petrobrás explora), margem esquerda do Rio Doce, a área tinha quase 2 km x 2 km, ou seja, 4 km2, cerca de 400 hectares. Foi perdida para os agiotas. Eu chamava de “areal” e, indo lá, sentia que tinha havido mesmo por ali, debaixo das árvores grandes elevando-se sobre a areia, um antigo lago, como já tinha sentido antes passeando na região onde está a maioria das plantações de cacau abaixo do Rio Doce, quer dizer, margem direita dele.

                            Não podia saber que estaria delineando logicamente no futuro todo esse mapa do possível e até do provável, dada a ordem de idéias e a potência da lógica implícita que assim aponta com os elementos disponíveis. Já mostramos a seqüência geral e o ritmo em que estamos, neste início de terceiro milênio – o do ser humano, sendo milhões de vezes mais rápido que o da Natureza, não dá conta de observar, exceto pelo raciocínio, podendo-se mostrar através de computação gráfica.

                            Que a modelação computacional seja cuidadosa.

                            Pode ser em 3D, três dimensões, e em RV, realidade virtual, de modo que as crianças possam caminhar nos lugares, tendo desde o tamanho natural até muito maior, do tamanho de árvores ou de montanhas, podendo ver longe; e o tempo sendo muito acelerado para ver para o passado provável e o futuro possível.

                            Sobretudo interessante seria ver, com as lagoas atuais e o Lagoão destacados, as páleo-lagoas virtuais conforme foram surgindo e desaparecendo, para lembrar a nossa efemeridade e aconselhar a todos e cada um a aproveitar bem seu tempo de presença. E isso teria tremenda serventia para as mineradoras, que saberiam perfeitamente onde buscar tal ou qual material (ouro, prata, diamantes, platina, pedras preciosas, sal-gema e o resto); e serviria também para apontar onde estão as terras mais férteis para plantio, onde os esperados lençóis freáticos e aqüíferos, onde os antigos povoamentos humano-indígenas, onde os depósitos de esqueletos.

                            Enfim, como Bombril teria mil e uma utilidade.

                            Vitória, quarta-feira, 22 de dezembro de 2004.

Os Municípios e Cidades em Volta do Lagoão

 

                            Não é apenas Linhares no centro, São Mateus e Aracruz na periferia do Lagoão, são outras cidades, Sooretama e Jaguaré que ficam no caminho, Rio Bananal que fica à esquerda de quem olha o mapa e uma quantidade de vilarejos, talvez uns 30 ou mais.

UMA PLETORA DE INTERESSADOS (superabundância de gente querendo aparecer)


                            Tudo isso significa vereadores para falar, prefeitos para meter o bedelho, gente do povo, empresários, clubes de diretores lojistas, o Lyons, o Rotary, a Maçonaria, a Igreja, os clubes de funcionários e mais um monte de gente que não tem nada a ver.

                            Assim, os governempresas dirigentes (brasileiro e capixaba, pareados e em simbiose, os governos locais, o governo mundial) devem estabelecer parâmetros de aproximação, quer dizer, CÍRCULOS DE EXCLUSÃO, permitindo tanto em endereços reais quanto virtuais a chegada somente dos que podem contribuir nos trabalhos centrais, deixando os outros para as exposições, porque por mais que se queira, uma coisa é facilitar a entrada e outra muito diferente é ficar com a administração do tumulto, o que é desagradável, para dizer o mínimo.

                            Até os parentes distantes virão.

                            Porisso, no interesse da eficácia os governempresas devem colocar uma escada, deixando ficar no primeiro degrau ou nível apenas os pesquisadores e os convidados. Agir compassivamente nisso significaria um atulhamento de gente não só atrapalhando como roubando ou danificando as peças, o que não é do interesse de ninguém, fora os ladrões e os que os financiam com receptação (e com isso são ladrões de segundo nível, mas piores).

                            Os governempresas devem ser rigorosos e garantir a presença equipartite dos vizinhos, segundo aqueles critérios do Congresso de Oslo (artigo Critérios de Eleição para o Congresso de Oslo, Livro 51: área, população, PIB, estarem inseridos ou defronte e assim por diante). Evidentemente os municípios inseridos devem ter participação na diretoria, segundo os critérios também. A presidência-adjunta deve ficar com Linhares, que é o maior em área e população.

                            Vitória, quinta-feira, 23 de dezembro de 2004.

Os Livros-Texto e os Problemas Nacionais

 

                            Quando olhamos os livros-texto estrangeiro-traduzidos constatamos que lá estão espelhados problemas gerais, com a cultura nacional deles sobreposta; por exemplo, se são livros americanos de física os problemas vêm postos em unidades do sistema inglês, só usado lá (porque a própria Inglaterra o abandonou faz, sei lá, duas décadas). Antes se davam ao trabalho de adequar ao nosso sistema, agora nem isso. E falam de beisebol, de que nem entendemos as regras. Ou assumem outras posturas nacionais ou de cultura ou de povelite de lá.

                            Não se trata de bairrismo nem de xenofobia adotar as unidades do SI, Sistema Internacional de unidades que é usado no Brasil e no resto do mundo, nem as coisas locais - falar da Amazônia e dos problemas de ecologia e coleta de lixo daqui -, e reelaborar os problemas para neles caberem nossas preocupações. Falar dos problemas da terra associados à matemática, dizer da fome numa questão de geografia, mencionar as estradas deficientes do Acre num de história e assim por diante (o que já é feito pelos autores nacionais em certa medida). E assim em todo o Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática).

                            DESVENTRAR O PAÍS, eis a questão.

                            Expor esmagadoramente NOSSOS PROBLEMAS e não os dos outros. Investigar mesmo a fundo: os problemas de exportação/importação, de falhas na produção, de ligação com outras nações, Pois o povo e as elites necessitam conhecer nossos problemas, principalmente estas, pois é PRECISO ENFRENTAR NOSSOS PROBLEMAS e não os dos outros. Não adianta mesmo nada ficar resolvendo problemas de andar na neve, já que não temos neve, temos é umas precipitações geladas em alguns estados do sul. Quando estivermos enfrentando nossos problemas obteremos nossas soluções e não as dos outros à custa de nossos parcos, minguados recursos de terceiro-mundo.

                            Porisso os governempresas deveriam mesmo observar TODOS os livros-texto usados no Brasil, realizando de fato uma patrulha verde-amarela (não que se vá evitar os dos outros, só que eles não são prioritários para nós). E a partir daí RE-COMPOR o quadro dos problemas apresentados.
                            Vitória, terça-feira, 28 de dezembro de 2004.

Os Honestíssimos Prefeitos e o País Riquíssimo

 

                            Dia 01/01/2005 eu estava no posto fiscal José do Carmo, divisa com o Rio de Janeiro, e o colega RS, que tem para os lados de Vila Velha 18 alqueires onde suas vacas produzem leite que ele transforma com seus operários em iogurte, contou que foi a Mimoso do Sul e visitou a residência do ex-prefeito de lá. Julgou-a, com a experiência que tem de circular entre os médio-ricos, a mais perfeita que já viu. Perguntado pelo ex-prefeito quanto achava que tinha custado, disse que mais de 500 mil reais, ao que o político afirmou que mais ainda, entre 800 mil e um milhão. Contando que os custos da produção independente são menos 50 % daqueles da compra pronta, com certeza entre 1,6 e 2,0 milhões. Imediatamente o ex-prefeito disse que antes de ser eleito já tinha a casa, mas RS, que é escolado, procurou saber e lhe informaram que ele tinha apenas o terreno. Evidente e mais possivelmente deve ter roubado.

                            Seria interessante o governo (mundial, federal, estaduais ou municipais/urbanos) mais ousado pagar, ou alguma editora encomendar um livro bastante extenso sobre o enriquecimento de políticos, porque na Ilha do Boi e na Ilha do Frade, dois dos bairros mais chiques de Vitória, moram muitos políticos em mansões de vários milhões, no entanto ganhando apenas seis ou oito mil reais por mês. Como disse o atual prefeito de Vitória, é o caso de saber administrar BEM os ganhos.

                            Não admira nada que tantos no Brasil rico sejam paupérrimos, enquanto tão poucos (em número cada vez mais reduzido) são riquíssimos. De 5,5 mil cidades quantos prefeitos, vereadores, deputados estaduais, deputados federais e senadores, secretários, governadores, ministros e presidentes, inclusive do Judiciário e do Legislativo não roubaram? Deve ser um infinitésimo, aquela quantidade insignificante inventada na matemática. Devem existir por aí declarações de antes de entrarem e depois de saírem e IR deve poder proporcioná-las, pois são públicas tais declarações. E a vida aparente deles pode ser pesquisada, no sentido de contrastar a verdade e as afirmações. Tudo está em nome das esposas, das amantes, dos filhos, dos primos e de qualquer laranja que for. Devem existir casos mirabolantes, completamente risíveis, extraordinários na forma e no conteúdo. Dá uma série durante décadas, e cada vez mais aprimorada.

                            Vitória, quinta-feira, 06 de janeiro de 2005.

Os Alimentadores do Lagoão

 

                            MUITOS RIOS (tudo aparência, tudo mutável)


Esses rios pequenos de agora são supersuperficiais, isto é, estão numa camada ínfima acima da terra; não são rios estruturais, que pertencem mesmo ao desenho da Terra. Vem e vão como sopro do vento. Existem às centenas e desaparecem como se nunca tivessem estado ali. Naturalmente a Vida geral os vê, como nós racionais os detectamos; mas para a Terra mesmo, em sua longa existência, com um segundo valendo mil anos, são sombras que passam sobre a pele.

Ligavam - depois da colocação de terra e areia - as centenas de lagoas geradas em substituição do Lagoão; cruzavam entre umas e outras ou iam para o Rio Doce, que ia para o mar. Deve ter sido um belíssimo cenário, até mais belo do que o Pantanal mato-grossense, porque este tem o defeito dos exageros de tudo que é muito grande, ao passo que o Lagoão era pequeno em relação ao PMG, mas grande para caber quase de tudo. A Vida fez uma festa memorável ali, especialmente no período glacial em que muitos vieram se refugiar no Paralelo 19º, que é o de Linhares, porque no sul estava muito frio. Fugiram e vieram para cá. Então, aqui era tão mais quente que no sul, mas não tanto quanto no norte, o Nordeste de agoraqui no Brasil. Assim, eles festejaram por milhares de anos, o que a computação gráfica vai poder mostrar belamente.

OLHANDO AS SOMBRAS DE PERTO


Imagine esse verde ai de cima coalhado não somente destas que julgamos muitas lagoas, mas de 3, 4, 5, 6 ou mais vezes as quase 70 que existem agora – eram centenas e a Vida brilhava e reverberava em níveis que sequer podemos imaginar.

Ora, o Lagoão era alimentado de início, antes que houvesse o areal e as ilhas formadas, por vários rios estruturais (dentre os quais o maior era o Doce com foz muito recuada de agora, uns 60 a 80 km) que vinham das montanhas e desaguavam à direita no que era o mar de então perto das montanhas de agora.

ALGUNS DOS ANTIGOS (pequenos, mas antigos – não desaguavam no Doce e sim diretamente no mar, antes de haver o Lagoão, antes de haver delimitação à direita, na linha-de-costa atual)


É preciso procurar as páleo-fozes e as protofozes (porque, entre outras coisas, é lá que os páleo-rios depositaram os diamantes), pois o objetivo é aproveitar o trabalho de minerador das bacias feito pelos rios, cada um e em conjunto. Depois de por milênios derramarem no mar passaram a armazenar a água doce do Lagoão; e a trazer terra (enquanto o mar botava areia), resíduos vegetais, restos animais e todas essas coisas. Então, nas páleo-fozes estão representantes fósseis das páleo-vidas das bacias.

Vai daí que esses riozinhos de montanha, pequenos que eram, eram muito interessantes, muito mais que os de planície que foram construídos depois e sobraram para que os víssemos.

Vitória, quinta-feira, 23 de dezembro de 2004.

Os 125 Mil Capixabas que Morreram Lá Longe

 

                            A REGIÃO DO TERREMOTO MARINHO


BANDA ACEH, INDONÉSIA (que não existia no mapa e agora não existe mesmo)


Veja só que, estando a gente tão adiantada nos AMBIENTES (cidades/municípios, estados, nações, mundo a caminho da globalização) não somos mais propriamente de Vitória, do Espírito Santo, do Brasil – lá naquele contorno do Oceano Índico morreram 125 mil vitorienses, 125 mil capixabas, 125 mil brasileiros. Não somos mais daqui, somos de toda parte. É preciso prover ajuda mundial contínua a todos os acidentados, em vez de pensarmos, como antigamente, que “sendo eles tantos, morrerem 125 mil não é nada”. É tudo, é tanto quanto 125 mil TUDOS. São 125 mil universos que estavam vivos e falantes e agora são esqueletos destruídos pela Natureza físico-química e pela imperícia humana, que não sabe pré-ver nem adiantar para pré-evitar, evitar com os “antes” que se dê depois paliativos.

Vitória, quinta-feira, 06 de janeiro de 2005.

 

Domingo, 26 de dezembro de 2004, 09h06 Atualizada às 23h06
Terremoto está entre os cinco maiores desde 1900

O terremoto que atingiu o sul da Ásia foi o mais forte desde 1964 e o quarto maior desde 1900. A informação é do Serviço de Pesquisas Geológicas dos Estados Unidos (United States Geological Survey, USGS na sigla em inglês). "Foram múltiplos terremotos ao longo da mesma falha geológica", disse ela.


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