quarta-feira, 19 de julho de 2017


Os Dilúvios Associados à Quedas


 

                            Como visto no artigo anterior neste Livro 93, A Queda de 2190 a.C., as quedas de meteoritos têm uma série de conseqüências, todas associadas e seguintes à precipitação.

                            AÇÃO PRECIPITADA PELO METEORITO (PRECIPIT/AÇÃO)

·       Bolas de gelo e bolas de fogo (oscilações das médias de temperaturas durante séculos);

·       Menor desenvolvimento das plantas e morte acentuada de animais (extinções de vegetais e animais);

·       Vagalhões ou tsunamis, terremotos, chuvas torrenciais, monções durando décadas, etc.;

·       Deslocamentos ou mudanças de cursos de rios, esvaziamentos de lagos, escavação de crateras e criação de fissuras;

·       Uma série de coisas que os geólogos verão.

OS RASTROS DEIXADOS

·       Rastros físico-químicos;

·       Rastros biológicos/p.2;

1.       Nos fungos;

2.       Nas plantas;

3.      Nos animais;

4.      Nos primatas;

·       Rastros psicológicos/p.3 (nas culturas ou nações, do tipo fundo de lendas e mitos, como os religiosos).

Assim, faz o maior sentido procurar por dilúvios. Todas as descrições lendárias são úteis, quando históricas, de seis mil anos para cá; ou da tradição oral, mais alguns milhares de anos. Ou ainda os desenhos nas cavernas, particularmente os das terras altas, que remontam talvez a dezenas de milhares de anos. Se realmente caiu um em 2190 a.C. e se outro se precipitou na Sibéria no século XX, eles são relativamente freqüentes; precisamos saber quão. Como sabemos, o cometa multipartido (21 pedaços) SL caiu em Júpiter no final do século passado; tivesse acontecido na Terra e não estaríamos aqui.

Não podemos retroceder para ver a água caindo em catarata do céu, mas podemos contar os mortos ou esqueletos que ela deixou espalhados.

Vitória, terça-feira, 31 de agosto de 2004.

Ordem Filmográfica e os Heróis do Conhecimento Humano

 

                            Há que filmar os heróis, os que sustentaram com sua audácia de vida nossa covardia. E há que filmar os heróis do Conhecimento.

                            O CONHECIMENTO E SEUS HERÓIS

·       Diligentíssimos magos;

·       Aplicadíssimos artistas;

·       Esforçadíssimos teólogos;

·       Zelosíssimos religiosos;

·       Esmeradíssimos filósofos;

·       Ativíssimos ideólogos;

·       Primorosíssimos cientistas;

·       Caprichosíssimos técnicos;

·       Dedicadíssimos matemáticos.

Quem não aplaude os atos alheios destacados não merece o que foi feito; há que proclamar. Evidentemente uma maneira de fazer isso é filmando os mil e oitenta mais, divididos em nove grupos de 120; para não ficar comprido demais se pode fazer seriados. Como cada temporada americana parece ter 40 episódios, daria para fazer em (1.080/40 =) 27 anos, o que é muito, uma geração inteira (embora isso também trouxesse benefícios em termos de uma maturação mais longa, raciocínio mais duradouro). Se durasse mesmo 27 anos, na base de 40 episódios por ano ao custo de um milhão de dólares cada, ficaria o projeto todo por US$ 1,08 bilhão ao longo de uma geração, uma ninharia para o mundo todo financiar. Se passasse um episódio de cada um dos nove vértices, um após o outro (40 não é divisível por 9, mas 45 é, dá 5), terminaria em 22,7 anos. As crianças que estão com 7 anos terminariam de ver aos 30 anos e toda uma nova geração do poder e do fazer teria nova concepção dos avanços do Conhecimento, sua geo-história, sua psicologia, sua produçãorganização.

 Dependemos dessa gente para prosperar e para quase tudo que há na Terra. Como não agradecer a ela? A ingratidão é um dos gestos mais terríveis de todos. Que não padeça disso a humanidade.

Vitória, sábado, 04 de setembro de 2004.

O Telão e os Congressos Futuros

 

                            Veja na frente um retângulo, como são em geral as mesas, atrás dele sentado o congressista que fala, e adiante dele os ouvintes e espectadores como flechas ligadas no telão da SCTE (sala, cadeiras e telão de ensinaprendizado).


TELÃO
 
                            FLECHAS E ALVO      

 

 

                                          Interface de exposição


 

 


Cadeira e expositor

 


Essas flechas-pessoa são sempre profundamente antagônicas, querem crucificar o expositor. Normalmente o palestrante é profundamente versado naquilo que está mostrando, tanto por estar na profissão querendo mostrar algo novo que seus pares aplaudam, sentindo que o tempo não foi perdido, quanto para ter segurança em relação ao que está apontando.

Contudo, em geral as palestras são preparadas só pela pessoa, já que não há ajuda de ninguém; poderia ser diferente e muito mais lucrativo para a coletividade se houvessem firmas, empresas, companhias que pudessem se associar àquele que fala. Empresas alinhadas e ligadas ao Conhecimento (corporações mágicas/artísticas, teológicas/religiosas, filosóficas/ideológicas, científicas/técnicas e matemáticas), que soubessem tudo dele menos o que está sendo pesquisado no limite, na linha de frente, justamente o motivo da palestra; então essas associações se encarregariam de planejar o que fosse projetado no telão, desde as palavras (com cópia manuscrita, em CD ou DVD) até as imagens, como fotografias e desenhos, tudo que fosse solicitado. Os congressos se tornariam riquíssimos em detalhes e valor intrínseco, os palestrantes se soltariam mais e todos lucrariam imensamente com aquela realização.

Vitória, segunda-feira, 06 de setembro de 2004.

O Que Gabriel Perguntou de Terminal

 

                            Gabriel perguntou se seria possível criar um quadro que desse, como na Tabela Periódica dos Elementos, de Mendeleiev, os elementos de consistência da Matemática, definindo se os que estão presentes são ou não de referência cruzada única, bem como se os faltantes podem ser apontados por ela.

                            Naturalmente é uma pergunta profundíssima, parente daquela da Árvore de Hardy, chamemos assim. Está posto que se ele desejar e tiver condições fará a CP, ciberprancheta prática, depois o AT, Atlas de Toque teórico, participando também da SCTE (sala, cadeiras, telão de ensinaprendizado) e do LV (laboratório virtual), culminando na AV, Árvore do Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática), que evidentemente engloba a pergunta de Hardy (creio que é ele; se não for que me desculpe a falta de memória confiável).

                            ENQUADRANDO A PERGUNTA DE GABRIEL                         

 
 
Pode ser criada uma TPSM, Tabela Periódica Simbólica da Matemática?
A lógica dela seria forte bastante para fazer o cruzamento de TODAS as relações de amizade e antagonismo na geometria, na álgebra e na geometrialgébrica? Isso é, ela daria conta EM CONFLITO ZERO de todos os teoremas?
Seria bastante produtiva para mostrar não somente as falhas atuais como indicar o posicionamento das soluções futuras em nível de apontamento terminal, quer dizer, fortemente vinculado? Por outra, tal cruzamento daria a ordem de todas as soluções?

Evidentemente quem tivesse algo assim estaria muito feliz.

Qualquer matemático daria não somente o braço com que escreve, mas os dois, para obter tal quadro (aprendendo alegremente a escrever com os pés). Com toda certeza qualquer matemático que já passou na Terra deu um passo, pequeno que seja, para criar tal ente maravilhoso.

Contudo, ainda estamos, talvez, longe disso.

Em todo caso, é como se diria: quem faz a pergunta quer saber. Quem quer saber PROCURA saber. E é do procurar que vem o achar.

Vitória, domingo, 05 de setembro de 2004.

O Programa Canadense de Formação do Brasil

 

                            O Almanaque Abril 2002 Brasil dá conta, página 179 e ss., que em 1999 11,3 % dos brasileiros entre 18 e 24 anos estavam na universidade, contra 42 % dos argentinos em situação equivalente. Naquele ano freqüentavam o ensino superior no Brasil 2,4 milhões de indivíduos. Com o ritmo de crescimento do número de vagas o país esperava até 2010 colocar nas universidades e escolas isoladas 30 % da população naquela faixa: 12 % a menos que a Argentina, 21 anos depois.

                            É um desastre total.

                            Como a população estava crescendo a 1,6 % ao ano e era de 169,6 milhões em 2000 (segundo Gabriel já passa de 180 milhões em 2004), atingiria 198,8 milhões em 2010. Já que os 2,4 milhões de matriculados eram (de 166,9 milhões estimados para 1999) 1,44 % do total, a faixa dos 18 aos 24 teria [(100,0/11,3) x 1,44 =] 12,74 % do total. Tomando, para facilitar, 200 milhões em 2010, disso 12,5 % serão 25 milhões, dos quais, como visto, o governo executivo esperava ver nas universidades 30 %, ou seja, 7,5 milhões, aumentando em 5,1 milhões o número de vagas, crescimento ao ano de mais de 500 mil vagas. Foi dito no AA/2002-Brasil que o número de vagas aumentou mais de 40 % (43,1 %) entre 1994 e 1999 (de 1.661 mil para 2.378 mil, aumento de 717 mil no total; por ano 717/5 = 143,4, o que dá 8,7 % no primeiro ano (1995/1994), como média. Ora, 500 mil como média em relação a 2,4 milhões é mais de 25 % [ou seja, em razão de suas projeções o governo esperava fazer crescer o número de vagas entre 2000 e 2010 na base de 25 % no primeiro ano, enquanto antes ficou em menos de 9 % (é média; se não tivermos cuidado seremos enganados; mas aqui queremos avaliação qualitativa, no sentido de demonstrar a falácia; para demonstração mais apurada vá fazer os cálculos com precisão], em resumo, É FALSIFICAÇÃO, apenas anúncio. O governo executivo não pretende mesmo fazer aquilo, apenas está capitalizando sobre a ignorância do futuro e da população de como tratar os números.

                            Está mentindo.

                            Se fosse governo sério como o canadense onde, dizem, mais de 25 % dos atuais mais de 30 milhões estão formados (não estão na escola superior, não, formaram-se, terminaram os cursos; 30/4 = 7,5 milhões de indivíduos) e como passamos de 180 milhões, deveríamos ter 180/4 = 45 milhões de formados. Temos poucos, não sei quantos, vá procurar saber; em todo caso devem faltar pelo menos uns 35 milhões, o que mostra bem o desprezo do governo executivo brasileiro e dos demais governos (legislativo e judiciário) por nossa gente que vá além dos ricos e médios-altos e dos poucos esforçados.

                            Como vimos, os da faixa 18-24 devem ser 12,5 ou 1/8 da população; os ricos e médios-altos eram (5 + 15 =) 20 % do total, de 180 milhões (180 x 0,2 =) 36 milhões, dos quais 12,5 % são 4,5 milhões; se eram 2,4 milhões no ensino superior em 1999 e estava crescendo 9 % ao ano, em 2004 serão 2,4 x 1,095 (9 % por cinco anos) = 3,7 milhões. Ficariam de fora 0,8 milhão de ricos e médios-altos. Como os ricos e médios-altos encurtaram desde 1991 de 20 para 15 %, são agora na população de 180 milhões (180 x 0,15 =) 27 milhões, dos quais 12,5 % são 3,4 milhões, ficando excluído 1,1 milhão, o que mostra um programa RENTE de matrículas apenas dos ricos e médios-altos. Médios, pobres e miseráveis totalmente excluídos. Claro que sempre há alguns ricos e médios-altos que não desejam cursar ou, dentro os ricos, alguns que saem pelo mundo à procura de melhor formação, mas os cálculos acima demonstram a quem se destinam as vagas. O governo não planeja introduzir os outros, nem instalar no Brasil um programa canadense amplo de formação universitária; pretende incluir os ricos e médios-altos que estão de fora, mais alguns dos outros que serão cooptados para impedir a decadência mental. Tudo é tão simples: basta ter olhos de ver e números de contar.

                            Vitória, domingo, 05 de setembro de 2004.

                           

NOTA: dos estimados 166,9 milhões de 1999 cerca de 12,8 % (cerca de 21,4 milhões de indivíduos) estavam na faixa 18-24; desses, 11,3 % freqüentavam a universidade, ou seja, 1,44 % do total (como foi dado: 2,4 milhões de indivíduos). As faixas são relativamente inelásticas.

O LAN e o NAFTA

 

                            NAFTA é o North American Free Trade Agreement (Acordo Norte-Americano de Livre Comércio) entre México, Estados Unidos e Canadá. LAN é o Lobato da América do Norte.

                            O LAN atravessa do sul para o norte desde o Golfo do México até o Canadá, bordejando as Montanhas Rochosas à esquerda e os Apalaches à direita. Naturalmente o Golfo do México está defronte ao México e é parte dele como água territorial mexicana. Além disso, o arco de montanhas, com muito gás, vai do México ao Canadá. Assim sendo, os três juntos possuem uma carga de energia extraordinária; em vez de dividirem por 13, como na América do Sul, devem dividir por apenas 3, o que dá muito mais para cada um. Além disso, há a situação inusitada na geo-história do mundo de que os EUA sozinhos deterem 25 % da produçãorganização mundial, sendo México e Canadá o equivalente a mais dois estados. O Canadá vale pela dimensão territorial e o México pela quantidade de gente.

                            O NAFTA NO ALMANAQUE ABRIL 2004

O Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta) tem início no fim da década de 1980, quando norte-americanos e canadenses decidem integrar sua economia. Em 1993 recebe a adesão do México. Um ano depois, o tratado entra em vigor, estabelecendo prazo máximo de 15 anos para a total eliminação de barreiras tarifárias no comércio entre os membros.

                            Contando produção anual de 10 trilhões para os EUA, 700 bilhões para o Canadá e 600 bilhões para o México em 2001, tudo isso junto dá 11,3, que passa pouco mais de 11 % do que os EUA colocam na soma. Então, DE FATO o Canadá serve como território (quase 10,0 milhões de km2, 31,5 milhões de habitantes em 2003) e o México como população (2,0 milhões de km2, 103 milhões de pessoas em 2003) empregável por baixos salários, reserva industrial de mão de obra para as baixas tarefas.

                            Podemos olhar para lá e ver um só país.

                            TRATANDO COMO UM SÓ

PERCENTUAIS MULTIPLICADOS
/10.000
PAÍS
ÁREA (milhões de km2)
POPULAÇÃO
(Milhões) - 2003
RENDA
(US$ bilhões)
2
Canadá
10,0
47
32
7
700
6
270
EUA
9,4
44
294
69
10.000
89
1
México
2,0
9
103
24
600
5
273
TOTAL
21,4
100
429
100
11.300
100

E esse “um só”, NAFTA, tem com um Lobato só para ele, com extrema diversidade cultural.

Podemos, em termos de Lobatos, configurar os seguintes cenários, colocada a África como uma incógnita, porque os blocos irão atacá-la mais uma vez, para se apoderar de seu Lobato.

UM SUPERFUTURO

LOBATO E ARCO
PAÍSES PROPRIETÁRIOS
LA, Lobato da Austrália
Austrália
LAF, Lobato da África
EM DISPUTA
LAN, Lobato da América do Norte
NAFTA (representado pelos EUA)
LANT, Lobato da Antártica
EM DISPUTA
LAS, Lobato da América do Sul
Todos os 13
LE, Lobato da Europa
Europa dos 25 + Rússia Ocidental
LEU, Lobato da Eurásia
Rússia Oriental, China e outros

Por conseguinte o futuro que se delineia é completamente distinto do que estava se desenhando.

E nele, sem dúvida alguma, os EUA continuarão a ser uma potência planetária. Estiveram, sabendo ou não, se preparando para isso.

Vitória, segunda-feira, 30 de agosto de 2004.

No Novo Mundo dos Lobatos-Arcos

 

                            Vou relacionar os Lobatos (petróleo) e os arcos de montanhas (gás) com as áreas econômicas que já estão se manifestando no processo de globalização.

                            GLOBALIZAÇÃO DOS LOBATOS-ARCOS                  

ÁREA PRODUTIVO-ORGANIZATIVA
COMO DELINEADA ATUALMENTE
LOBATO E ARCO CONFRONTANTE
(África do Sul)
LAF, Lobato da África
(Conglomerado de pretendentes)
LANT, Lobato da Antártica
(Riqueza Comum)
LA, Lobato da Austrália, + LAN, Lobato da América do Norte (via Canadá)
ALCA (NAFTA + Mercosul)
LAN + LAS
E25 + Rússia Ocidental
LE, Lobato da Europa, + LEU, Lobato da Eurásia
Esfera Oriental (China, Japão, Coréia, etc., e talvez Rússia Oriental)
LEU, Lobato da Eurásia
Europa dos 25
LE, Lobato da Europa
Mercosul e outros países da SA, Sulamérica
LAS, Lobato da América do Sul
NAFTA (Eua, Canadá e México)
LAN, Lobato da América do Norte
 

Em vez de grupos iriam formar-se supergrupos, cuja tendência maior passaria a ser a de se isolarem, tornando-se cada qual superindependente dos outros. Porque, agora, há a tendência de não ofender B ou C em razão do sistema de alianças, que pode melindrar. No futuro não aconteceria mais isso, pois haveria superindependência socioeconômico total de cada supergrupo. Como eu disse, mais que independência relativa, independência total, isolamento total, superindependência ou superisolamento. Novas relações e sistemas, ou supergrupos de relações, seriam construídos. Não mais essas coisas frouxas de agora e sim rigidez extrema, com base industrial totalmente apartada. Porque ninguém mais precisaria de ninguém nunca mais (por 400 ou 500 anos). Isso seria ruim, agora que a reunião parecia posta na ordem do dia.

Vitória, quarta-feira, 01 de setembro de 2004.