quarta-feira, 19 de julho de 2017


Mapa da Cidade

 

                            Li que os mapas eram segredo de estado até bem avançada a modernidade; os reis protegiam o conhecimento que neles havia a todo custo, até condenando à morte os ousados. Em particular os portulanos [no Aurélio Século XXI: Do it. Portolano, 'catálogo de portos'. S. m. Ant.  Náut.  1. Espécie de roteiro em que os navegadores da Antiguidade descreviam os pormenores das costas marítimas que descobriam ou freqüentavam. [No começo os portulanos abrangiam apenas o Mediterrâneo; estenderam-se depois ao mar Negro, N.O. da costa africana e costa ocidental da Europa até Flandres e as Ilhas Britânicas. 2. Mapa adaptado às necessidades da navegação marítima, no qual os pontos do litoral eram localizados por meio dos rumos magnéticos e das distâncias que se estimavam percorridas (donde a imprecisão dos contornos litorâneos neles representados), e que não levava graduações de latitude nem de longitude, mas apresentava linhas de rumo que irradiavam de vários pontos distribuídos pela superfície do mapa] portugueses eram tão protegidos que em cada navio havia um “cibernauta”, um piloto que conhecia a “arte de navegar” e guardava ciosa ou ciumentamente os mapas dos portos.

                            Evidentemente são importantes ainda, mas deixaram de ser fundamentais porque não foram atualizados, situam-se ainda no passado, na história, e não no presente, na geografia; não servem mais aos tempos atuais, exceto aqueles que estão em carros como computação embarcada utilizando informações GPS (de geoposicionamento por satélites).

                            Uma cidade/município (ou qualquer AMBIENTE: estado, nação, mundo) não é apenas o lugar onde estamos, é aquele onde precisamos de e oferecemos produtos e serviços, idealmente devendo ligar demandantes e ofertantes na Economia (agropecuária/extrativismo, indústrias, comércio, serviços e banco) e na Psicologia (figuras ou psicanálises, objetivos ou psico-sínteses, economias ou produções, sociologias ou organizações, espaçotempos ou geo-histórias). Se uma indústria precisa de matéria prima, onde encontrar? Se quero comprar uma moto, onde acho? Outro dia tivemos tremenda dificuldade de achar concessionária (quando achamos e Gabriel ligou, passou por três antes de saberem que lá vendiam motos). Onde estão as linhas?

                            Idealmente cada ponto abriria para um funil. Como há média com extremo esquerdo e extremo direito, o muito pequeno e o muito grande, os governos deveriam cuidar dos pequeníssimos, organizando-os, oferecendo grande saída e grande entrada, assumindo o tráfego.

                            Fazendo-o de tal forma que pela Internet pública (das ruas) e privada (das casas e escritórios) se pudesse acessar no mínimo tempo, como colocado no artigo Palavras Cruzadas (neste Livro 93).

                            TRAMURDIDURA ESPACIAL


Deveríamos ver o mapa de Vitória com bairros e ruas, com um retângulo para digitar, digamos, “feira”, aparecendo as que são realizadas em tais ou quais dias da semana, o que oferecem, a que preço. Se quero comprar cadeado de bicicleta, onde encontro? A energia é cara, tanto a de petróleo e outras quanto a que vem de nos alimentarmos. É pura estupidez gastar assim o tempo e o dinheiro das pessoas, exigindo demais de seu bom humor.

Vitória, quinta-feira, 02 de setembro de 2004.

Laboratório Virtual

 

                            Já falei momentaneamente disso, mas agora se trata de aprofundar, juntando a ciberprancheta (CP) prática, o Atlas de Toque teórico e a SCTE (sala-cadeiras-telão do ensinaprendizado) ao laboratório virtual (LV), com tutoriais de experiências reais para cada curso e profissão (são 6,5 mil, dizem).

                            A JUNÇÃO DOS ELEMENTARES

·       De escritório:

1.       De ensino, professor para aluno: SCTE (sala, cadeiras e telão);

2.       De aprendizado, professor no autoaprendizado: LV (laboratório virtual);

·       De campo:

1.       Prático, para os desenvolvedores do Conhecimento baixo: CP (ciberprancheta);

2.       Teórico, para os pesquisadores do Conhecimento alto: AT (Atlas de Toque).

O LV conteria não apenas as experiências todas que já foram feitas (por exemplo, as da Química, tanto orgânica quanto inorgânica), em computação gráfica ou modelação computacional, e até pela Inteligência Artificial (IA), qualquer coisa, programável com béqueres virtuais, com balanças virtuais de pesagens, com tudo que fosse necessário aos avanços dos mestres (e dos alunos também, na medida em que esses aprendessem a linguagem; bem como, de forma bem simples, nos estágios iniciais do processo de ensinaprendizado, justamente na SCTE, como demonstração dos poderes do LV). Aí começaria a evolução, dando-se saltos; após os primeiros 30 anos já teríamos avançado demais e nos primeiro 60 teríamos chegado à segunda revolução do LV, começando o crescimento real exponencial.

Na medida em que fossem juntados CP + AT + SCTE + LV, então estaríamos cada vez mais próximos da Árvore do Conhecimento.

Vitória, quarta-feira, 01 de setembro de 2004.

Governo Mundial dos Lobatos

 

                            Já vimos que os Lobatos mudam completamente a face do mundo, tanto politicadministrativa quanto governempresarial e pessoambiental (mudam as PESSOAS: indivíduos, famílias, grupos, empresas; serão alterados os AMBIENTES: cidades/municípios, estados, nações e mundo).

                            O GML

·       Governo-executivo dos Lobatos: que fazer? De que modo foram treinados energeticamente os governantes?;

·       Governo-legislativo dos Lobatos: que obediências são as preferidas e intransponíveis? Isso é a Lei. Onde aprenderam os políticos a compreender a Energia?;

·       Governo-judiciário: como o poder se organizará para afastar os inoportunos? Até que ponto os juizes entendem as profundezas das ondas?

NOVA RELAÇÃO DOS GOVERNEMPRESAS

·       Novas relações organizativas dos governos;

·       Novas relações produtivas das empresas.

Pois não é mais o mundo primitivo, tal como foi encontrado; um salto foi dado, maioridade foi concedida, Eli Natureza/Deus cumpriu suas promessas de independência do Filho, cujo amor é esperado. A Nova e Eterna Aliança foi manifestada DE FATO e um gesto de pura concepção é desejado. Assim, quando a infância é deixada, tudo passa a ser grande, inclusive os governempresas, a produçãorganização, as pessoambientes relacionais, as políticadministrações e tudo mais.

Um Congresso Mundial dos Lobatos é pedido, no sentido e na direção de haver representação ou apresentação dos delegados de cada Lobato onde os países proprietários se reuniram antes para elegê-los. Nenhuma pompa ou circunstância substitui o talento; no entanto, quando o talento é esquecido, aquelas formas de representação superficiais sempre levam a decadência, o que não se quer, pois seria detestável ver esforço de longo tempo malogrado.

Assim, muito é dado, mas a cobrança significa passo para outra realidade ainda maior e mais elegante.

Vitória, sexta-feira, 03 de setembro de 2004.

Fósseis como Datadores e Mapas Fósseis

 

                            Já que as páleo-fozes caminharam para diante a partir de suas respectivas protofozes, como mostrado, é preciso defini-las. Os paleontologistas ao descobrirem e datarem por datação de carbono e outros métodos os seres antigos nos dão um instrumento poderoso. Se considerarmos que os seres vivos em cada era acompanham a água, seja a água doce de beber seja a água salgada como limite marinho do fazer, evidentemente temos um método muito preciso de construir páleo-mapas, milhão de anos após milhão de anos, pois esse foi nosso metro escolhido: a isso chamei de MAPAS FÓSSEIS, os mapas tal como definidos pelos fósseis.

                            Claro, não adianta buscar tais fósseis no interior dos crátons, dado que queremos as bordas; assim, será nos limites por enquanto imaginários que buscaremos. Tais limites podem ser aproximadamente realizados, tornados reais, desde que apontemos tais e quais lugares com alguma margem de incerteza inicial. Não sabemos EXATAMENTE onde, mas podemos indicar por aproximação. Os fósseis farão o resto. Diga-se: esperamos que a borda antiga seja aproximadamente esta; os paleontólogos irão lá e descobrirão os fósseis, definindo muito mais seguramente para onde caminhar a cada milhão de anos dos MF (mapas fósseis). Digamos, como já coloquei, começando em SG-689, o meteorito supergrande de 689 milhões de anos atrás: teríamos o MF689, o MF688, o MF687 e assim por diante em 689 mapas. Com isso teremos efetivamente os contornos o mais perto possível, dependendo apenas dessa ajuda.

                            Como você pode pensar, não é importante ou significativo encontrar os arcos, pois eles estão bem evidentes, A partir de sua linha atual basta ir recuando para o zero de surgimento de debaixo do mar. De qualquer forma, ali só há gás e queremos o petróleo (gás é até mais interessante, mas se trata aqui de achar o óleo). Excluída a margem do arco de montanhas, do lado oposto está o cráton: como achar suas páleo-margens? É que existiu um páleo-cráton que foi sendo aumentado até se tornar o continente. É esse que buscamos. Lá da linha geral do arco podemos imaginá-lo, porque é oposto, mas não podemos vê-lo, a não ser com a ajuda dos páleo-seres fossilizados como preciosos datadores.

                            Vitória, domingo, 05 de setembro de 2004.

Flechas, Lobatos e a Reestruturação do Mundo

 

                            Já vimos que as flechas (meteoritos) incidentes - segundo o relógio com hora de 26 milhões de anos - bateram desde o começo do mundo-Terra, há 4.017 milhões de anos, 154 horas ou 19,25 dias de oito horas; 19 dias inteiros de 208 milhões de anos mais 65 milhões de anos transcorridos. Caíram, portanto, 154 meteoritos desde aquela data, o mais recente tendo caído há 13 milhões de anos.

                            Esses meteoritos, junto com a atividade interna, quer dizer, a radiação acumulada e a pressão gravitacional própria da Terra, mais a energia incidente vinda do Sol, re-estruturam o planeta; eles o re-modelam, re-moldam, modificam-no de novo a cada vez. Tal re-estrutur/ação, ato permanente de re-estruturar, dar nova estrutura, não tem nada a ver com o ser humano, não o enxergam, nem a nada que faz – a humanidade não conta nessas equações geológicas mais amplas. Elas não reparam em nós, somos não-significantes para elas. Isso não quer dizer, de modo algum, que não sejamos significativos, pelo contrário, no reino psicológico/p.3 somos até demais.

                            Essas quedas modelaram o mundo, partindo e re-partindo de cada vez a crosta em pedacinhos relativos que têm o tamanho de continentes; empurram-nos para lá e para acolá e dizem como o planeta vai ser no futuro. Criam e recriam os Lobatos, os grandes canais entre os arcos e os crátons, continuamente. Reestruturam o mundo em todos os níveis e, é claro, também no psicológico/p.3, para pessoas e ambientes. Agora mesmo que estamos deparando com eles aquela antiga modelação está surtindo efeito mais uma vez e em grande escala no universo humano.

                            Eis como o mundo está sempre oculto, por mais que façamos; quando pensamos que já descobrimos tudo algo de grande emerge de debaixo dos nossos pés. É tão surpreendente e tão gratificante ao mesmo tempo, porque indica a riqueza do universo em termos de elaboração (como Deus seria pequeno se tudo acabasse logo, é o não é?).

                            Eis que estamos às vésperas de mais uma grande revolução e as pessoas nem sabem disso!

                            Vitória, sábado, 04 de setembro de 2004.

Filmando em Profundidade os Preconceitos

 

                            Dois filmes.

                            PRECONCEITO DE COR

Cidades e países onde os literalmente de cor (azul, vermelha, amarela, etc.) são discriminados. Num país são os amarelos, enquanto noutros os verdes e assim por diante, de modo que cada gente acha motivo para desconfiar das outras cores. Argumentos intensos, vida comum, tudo transcorrendo como num filme trivial com enredo, só que as pessoas justificarão seus preconceitos, achando sua suposta racionalidade, que soará propositalmente esdrúxula ou esquisita ou desfocada aos espectadores. Claro que serão os mesmos que temos, só que em vez de negros e índios, esses de cor. Com a modelação computacional é possível tornar a pele das pessoas de qualquer cor. Amarelos serão os negros, os brancos, os índios, os orientais e do mesmo modo os de outras cores. Nas universidades acharão motivos que sustentam serem as cores perigosas. Professores discursarão sobre as razões históricas da desconfiança.

PESSOAL SEM PROFUNDIDADE

Crianças são separadas, os parentes vendo com horror a mistura delas, como se fosse uma praga. Pessoas estreitas, mas com certa profundidade, evitando as pessoas sem profundidade, mas com certa largura de vida, como ricos e pobres. Certo contestador discute com o pai e a mãe dizendo que se todos se juntassem poderiam ser ao mesmo tempo largos e profundos, mas é levado ao psiquiatra, que o entope de remédios. A moça sonha como seria a vida de filhos largo-profundos e sai de casa, encontrando o tal contestador. Segue-se a perseguição, os dois são presos e “reeducados” para seguirem suas vidas; ela, com certeza, está grávida e foge novamente, passando a viver no gueto dos largo-profundos, pois outros já trilharam a mesma senda. Seguem-se debates entre os largo-profundos e eles migram para constituir uma nova socioeconomia em terras distantes. Mas esses que foram, tendo construído uma S/E próspera e desenvolvida, depois também se tornam opressores dos altos e dos baixos, os quais igualmente têm combatido a união heterodoxa produtora de médios alto-baixos. Alto-baixos e largo-profundos se aproximam e sonham com o futuro, etc.

Em resumo, é o preconceito que deve ser estudado em profundidade, em todo o mundo, pois não se pode tolerá-lo.

Vitória, sábado, 04 de setembro de 2004.

Filmando Conan

 

                            Conan, o Bárbaro, personagem criado por Robert E. Howard em algum ponto da primeira metade do século XX foi filmado em longas metragens, creio que três vezes, existindo sobre ele várias séries de revistas, coloridas ou não, com muitos desenhistas e roteiristas – vários se interessaram pelo personagem, que é brutal devido a sua época e natureza e ao nascimento e condições de crescimento, mas que comporta alguns gestos grandiosos. O fato é que prosperou e as revistas que tenho da segunda edição (da primeira dei todas) chegam às duas centenas. Devem estar em várias centenas agora.

                            Como as temporadas americanas são de 40 episódios a cada ano, pode ser que já existam revistas a filmar por 10 anos seguidos. Devido ao fabuloso da Era Hiperbórea, em que ele vive em ficção, o que é mágico e fantástico intervém inúmeras vezes, com muitas figuras plásticas ou fluídas, com os novos métodos de modelação computacional ou computação gráfica podendo-se prover a criação de ótimas imagens. A criançada e muitos adultos agradeceriam, inclusive eu, poder ter essa chance de deleite, começando com algum filme-piloto bem bolado, bem coerente, mas longe daquele Arnold S. tão exagerado em músculos. Músculos sim, claro, pois do personagem é dito tratar-se de um “gigante cimério”; então de preferência alguém com dois metros ou mais, porém sem frisar demais a musculação (isso foi uma das coisas que ficaram no inconsciente coletivo recente, sobrelevando os supertreinamentos imitativos nas academias de ginástica). Seriam dez anos de diversão garantida, se planejado com cuidado, começando tranqüilamente sem grande espalhafato. Ademais, com a própria criação viriam novas adesões e mais alento seria impresso ao projeto.

                            Não é nada de intelectual, é para ajudar as pessoas a relaxarem, a gozarem a vida, a se livrarem das preocupações, a esvaziarem a mente de todo e qualquer impulso para superpensar e supertrabalhar.

                            Ajuda simples e sem pretensão.

                            Vitória, sábado, 04 de setembro de 2004.