A Revista dos Lobatos
Nem bem a Teoria dos
Lobatos apareceu, sendo por enquanto desconhecida de quase todos, e já temos
necessidade de uma RL. Entrementes, ela só poderá ser lançada depois de
cumprido o prazo declarado no artigo anterior neste Livro 93, Prazo para a Divulgação da TL, por
razões óbvias: informações dadas a todos não são privilegiadas e ninguém paga
por elas mais que o preço de capa (que pode ser uma ninharia em relação a todo
o poder ali contido: R$ 8,90 não pagam nem de longe a Scientific American publicada no Brasil; mas, como é média e por
outro lado quase ninguém repara nas riquezas imensas que recebe por bagatelas,
aquele valor representa a riqueza oculta do coletivo).
Depois de cumprido o
prazo mínimo estipulado em contrato é que a própria companhia de energia
compradora das informações as divulgará, por vários motivos: 1) porque é da
dignidade e da grandeza partilhar; 2) porque interessa demonstrar seu poder
sobre as demais; 3) porque desejará que haja uma migração das outras para si e
de si para as outras, como interpenetração; 4) porque favorecerá o país-sede;
5) muitos outros motivos. É a glória, e muito justamente ela não evitará o que
lhe é devido em termos de proeminência civilizadora. Não há nenhum mal nisso,
de modo algum e pelo contrário: de fato ela deve fazer propaganda de si. É do
convívio, é benéfico, é necessário. Sem se jactar, contar o que foi feito. Pois
com certeza a companhia poderá fazer muito mais e quererá que todos possam se
beneficiar ainda mais dos produtos que se seguirão, criando um ciclo virtuoso.
Certamente, como o
modelo pede, a RL será dividida em duas partes: 1) prática, destinada aos
desenvolvedores; 2) teórica, preparada para os pesquisadores. É preferível que
haja dois editores, submetidos a um terceiro, chefe-harmonizador; e dois corpos
de redatores, cada um com caminho distinto de perguntas e respostas, o primeiro
grupo prestando atenção à praticidade dos efeitos e o segundo perguntando pelas
causas que ligam com outras.
Vitória,
sexta-feira, 03 de setembro de 2004.