terça-feira, 18 de julho de 2017


A Revista dos Lobatos

 

                            Nem bem a Teoria dos Lobatos apareceu, sendo por enquanto desconhecida de quase todos, e já temos necessidade de uma RL. Entrementes, ela só poderá ser lançada depois de cumprido o prazo declarado no artigo anterior neste Livro 93, Prazo para a Divulgação da TL, por razões óbvias: informações dadas a todos não são privilegiadas e ninguém paga por elas mais que o preço de capa (que pode ser uma ninharia em relação a todo o poder ali contido: R$ 8,90 não pagam nem de longe a Scientific American publicada no Brasil; mas, como é média e por outro lado quase ninguém repara nas riquezas imensas que recebe por bagatelas, aquele valor representa a riqueza oculta do coletivo).

                            Depois de cumprido o prazo mínimo estipulado em contrato é que a própria companhia de energia compradora das informações as divulgará, por vários motivos: 1) porque é da dignidade e da grandeza partilhar; 2) porque interessa demonstrar seu poder sobre as demais; 3) porque desejará que haja uma migração das outras para si e de si para as outras, como interpenetração; 4) porque favorecerá o país-sede; 5) muitos outros motivos. É a glória, e muito justamente ela não evitará o que lhe é devido em termos de proeminência civilizadora. Não há nenhum mal nisso, de modo algum e pelo contrário: de fato ela deve fazer propaganda de si. É do convívio, é benéfico, é necessário. Sem se jactar, contar o que foi feito. Pois com certeza a companhia poderá fazer muito mais e quererá que todos possam se beneficiar ainda mais dos produtos que se seguirão, criando um ciclo virtuoso.

                            Certamente, como o modelo pede, a RL será dividida em duas partes: 1) prática, destinada aos desenvolvedores; 2) teórica, preparada para os pesquisadores. É preferível que haja dois editores, submetidos a um terceiro, chefe-harmonizador; e dois corpos de redatores, cada um com caminho distinto de perguntas e respostas, o primeiro grupo prestando atenção à praticidade dos efeitos e o segundo perguntando pelas causas que ligam com outras.

                            Vitória, sexta-feira, 03 de setembro de 2004.

A Queda de 2190 a.C.

 

                            Olhando na trilha de ASC o texto Quanto Reinavam os Reis dos Atlantes, no Livro 73, podemos ver que Noé nasceu no ano 1056 da Era Atlante, que começou em 3,75 mil antes de Cristo; portanto em 2,69 mil a.C. Pelo ano 500 de sua vida houve o Dilúvio, na década de 2,19 mil a.C.

                            Como temos visto na Teoria dos Lobatos, associada à queda dos meteoritos - tal como estabelecida a seqüência a partir do HG-4017 (hipergrande de 4,02 bilhões de anos atrás) – está uma quantidade de pequenas, grandes e supergrandes bolas de gelo e bolas de fogo e (uma só) hipergrande lá nos primórdios, fase de formação. O último que caiu foi M-13 e nem grande era, pois o G-65 é que foi desse tamanho, 10 a 20 km de diâmetro. O M-13 era pequeno, relativamente, mas causou muito estrago, que está ainda por ser apurado.

                            Já o micro de 2190 a.C. foi muito pequeno, a ponto de haver qualquer chuva e ficar por isso mesmo. Mesmo micro ou, melhor, entre micro e pequeno, causou bastantes estragos; e já que choveu tanto certamente caiu na água, ou teria escurecido o céu. Choveu bastante, provocou tsunamis, mas não acabou com o mundo; nem escureceu o céu. Não houve vagalhões nem terremotos tão destrutivos, de modo que devemos procurar o N-2190 (Noé-2190) em qualquer parte, sendo pequena a chance de achar. Como dilúvios são descritos em todas as culturas, por mais separadas que estejam no tempo e no espaço, podemos contar que tais micro-pequenos caiam de vez em quando, com maior freqüência do que esperávamos e com maior perigo do que estávamos admitindo.

                            É só testemunho mítico da Bíblia, mas pode-se provar (ou não) procurando-se os efeitos residuais: 1) micro-pequenas bolas de gelo (micro-pequenas glaciações) e micro-pequenas bolas de fogo (micro-pequenas ondas de vulcanismos), denunciadas físico-quimicamente; 2) marcas nos organismos (biológicos/p.2 e psicológicos/p.3, neste caso nas culturas de até 100 a 200 anos depois, em toda parte; portanto, de 2190 a 2090 ou até a 1990 a.C.). As colheitas devem ter atravessado tempos especialmente frios, fase em que os vegetais crescem pouco. E depois épocas muito quentes.

                            Mesmo sendo micro pequena aquela queda, ainda é bastante para fazer oscilar o clima, o que quer dizer que estamos enfrentando as BG e as BF até hoje, com oscilações nas médias de temperatura.

                            Vitória, terça-feira, 31 de agosto de 2004.

A Genialidade de Edison

 

                            Americano, 1847 a 1931, patenteou mais de mil inventos.

                            Dizia que a criação (gênio) era 99 % de transpiração e 1 % de inspiração, do que podemos tirar várias coisas.

                            GENIAL INSPIRAÇÃO

·       O gênio trabalha 0,99 para criar 0,01, ou seja, em cada coisa há 99 vezes trabalho e só um relâmpago de criação;

·       Quem deseja criar precisa estar preparado para trabalhar muito;

·       Veja que havendo memória e inteligência a memória é 99 e a inteligência é 1, de forma que gênios NECESSARIAMENTE têm grandes bibliotecas (ou suas ou de outrem, privado ou público); não há inteligência sem memória anterior, até porque não se saberia o que criar, isto é, qual seria a direção, sentido geral, e o sentido, direção particular;

·       Porque necessitam vasculhar tanto espaço em busca daquele tempo certo os gênios estão sempre atarefadíssimos, parecendo apartados por vontade própria – ou seja, parecem orgulhosos;

·       Transpiração significa suor, que vem do trabalho; se trabalham tanto os gênios não podem cuidar muito de si – porque estão cuidando dos outros na base de 99/1;

·       A produtividade do gênio, ao contrário do que parece, não é grande, é somente 1/100; mas é MUITO MAIOR que a dos outros, porisso parece tanto (porque a dos outros é ainda menor, apenas uma parte em milhares ou menos, em vez de uma parte em 100);

·       E muitas outras coisas que pensaríamos, tivéssemos tempo.

Vê? Quantas coisas estão implícitas, é ou não é?

Finalmente, dos gênios continua emanando ou saindo depois de sua morte e é isso que dá o grau de genialidade, pois dos não-gênios nada sai; o não-gênio morre em sua morte, enquanto o gênio vive ainda em muitos que vão adiante, enquanto forem. Afinal de contas estamos aqui não por conta daquele 99 % e sim por causa daquele 1 %.

Vitória, domingo, 05 de setembro de 2004.

A Evolução da Sala, das Cadeiras e do Telão de Ensinaprendizado

 

                            Evolução = CRIAÇÃO, na Rede Cognata.

                            Então, tudo que é criado evolui, passa por mudanças e aprimoramentos, inclusive a sala, as cadeiras e o telão de ensinaprendizado.

                            DUAS EVOLUÇÕES

·       Criações quantitativas;

·       Criações qualitativas.

Não pense que as criações quantitativas não são importantes, pois elas são; é a disseminação dos artefatos e os novos pedidos deles que levam à competição, abrindo espaço para inovações qualitativas.

INOVAÇÕES QUALITATIVAS

·       Pela forma (melhoram a imagem);

·       Pelo conteúdo (melhoram o conceito ou rendimento).

Se não houvesse melhoria da forma os objetos envelheceriam formalmente, isto é, se manteriam no passado, arrastando para ele as consciências, cristalizando-as (porisso é fundamental qualquer conjunto promover sua renovação superficial), tornando-as caducas mercadologicamente. Se não houvesse melhoria conceitual os problemas não estariam sendo resolvidos e o futuro a que tal usuário chegasse seria igual ao passado; como o entorno está mudando esse conjunto acabaria por morrer.

Ora, logo que a criação se dá começa a evolução, no mesmo pontinstante; a evolução se dá aos saltos, ela é muito intensa perto do nascimento, e em 30 anos, apenas uma geração, mal podemos acreditar que o objeto tosco do início se tornou tão formoso (veja a questão recente dos computadores e celulares) e útil. Há uma concentração notável. Em 60 anos é já outro o mundo (olhe para máquinas de lavar, torradeiras e outros objetos; aliás, seria bom contar a geo-história dos objetos com metro de 30 anos: 30, 60, 90, 120, etc.).

A evolução da sala se dará com independência e com integração, neste caso com outros instrumentos que prometem surgir (a ciberprancheta, o laboratório virtual, o Atlas de Toque). E na medida em que a sala evolua com ela evoluirão também as cadeiras e o telão de ensinaprendizado. Será emocionante.

Vitória, sábado, 04 de setembro de 2004.

A Estranha Situação da Rússia

 

                            Como China, Estados Unidos, Brasil e outros a Rússia cresceu comprando ou roubando ou tomando à força território dos outros. Tornou-se uma potência territorial planetária. A Federação Russa atual tem 17,1 milhões de km2 (201 % a área do Brasil) e 143,2 milhões de habitantes em 2001 (80 % de nossa população).

                            Por formar seu território um arco de nove a dez mil quilômetros, vai da Europa aos confins da Ásia; portanto, há duas Rússias, a Rússia Ocidental e a Rússia Oriental, podendo fazer acordos tanto com a Europa dos 25 quanto com a China (com Hong Kong e Macau incorporadas) e o Japão e a esfera do Oriente toda (incluindo Taiwan, Cingapura, Coréia do Sul e Coréia do Norte). É de pasmar, mas ela terá acesso não a um, mas a DOIS Lobatos, o LE (Lobato da Europa) e o LEU (Lobato da Eurásia).

                            Parece que a cada país ou região foi dada uma vantagem espetacular e muito significativa.

                            AS ESPETACULARES VANTAGENS

·       A Austrália tem um Lobato só para ela;

·       Os EUA, considerando o México e o Canadá estados tributários, pode considerar o LAN, Lobato da América do Norte, só seu;

·       A Europa tem um, mas com tremenda capacidade de trabalhar;

·       A América do Sul tem um apenas, mas fundo cultural ibérico que pode ser considerado comum (quando as pessoas querem, rapidamente esquecem as diferenças);

·       A Rússia tem dois;

·       A China tem parte de um Lobato e uma tremenda província de gás.

Nisso ficaram excluídos apenas a Índia e o Japão, dentre os grandes países significativos de agoraqui. Quanto mais raciocino e olho mais me dou conta de que um jogo extraordinário está sendo montado. Nisso tudo ficamos que a Rússia é uma das prediletas, porque herdou dois, com duas chances de se associar.
Vitória, segunda-feira, 30 de agosto de 2004.

A Contabilidade do Flogístico e as Dores Passageiras

 

                            Flogístico (na Enciclopédia e Dicionário Ilustrado Koogan/Houaiss, Rio de Janeiro, Delta, 1993): “s.m. Fluido que os antigos químicos supunham inerente a todos os corpos e que, segundo acreditavam, produzia a combustão ao abandonar esses corpos. (A teoria do flogístico, desenvolvida no séc. XVIII, sobretudo por Stahl, foi definitivamente refutada por Lavoisier) ”.

                            Observe que a teoria geocêntrica (a Terra no centro do universo), com seus inúmeros epiciclos, servia aos cálculos tanto quanto a teoria heliocêntrica (o Sol como centro das elipses). O modelo diz existir tanto o real (heliocêntrico em substituição ao geocêntrico, termometria em substituição ao flogístico, teoria freudiana em substituição ao mesmerismo hipnotizador) quanto o virtual; e se este for bem elaborado, dará conta das exposições. Não digo que deva dar, mas que dará; para quase todos agora o real é melhor. Entrementes, diz o modelo, há tendência 50/50 ou de soma zero para crença nos pares polares. Suprimir o virtual não é bom nem oportuno.

                            Assim, o povo diz “a dor saiu”. Do mesmo modo como existia uma contabilidade do flogístico, cuja quantidade aumentava e diminuía, as dores são entendidas popularmente como passageiras, elas vêm e vão, existindo por conta própria, não sendo para o povo efeito provindo de uma causa e sim um ente verdadeiro, a Dor. Ela entra no corpo e depois vai embora. Se entrar no seu corpo você terá dor; se você for curado já não terá dor, ela “passou” (o que significa que entrou e saiu). Todo mundo fala assim: “a dor passou”. Foi para onde? Atravessou o corpo e foi embora. Deveríamos dizer “a dor cessou”: começou e terminou. Principiou em virtude das causas, quaisquer doenças que a provocavam como sinal delas; cessou quando as doenças findaram. Dores são avisos emitidos; não havendo mais necessidade dos avisos eles amortecem e acabam. São ondas emitidas, com início, meio e fim. Não são entes. Não obstante TODOS dizemos que as dores passam; tanto leigos quanto cientistas, inclusive biólogos.

                            Vitória, sábado, 04 de setembro de 2004.

A Classificação Lobato-Arco de Cada País

 

                            Com relação aos Lobatos (lugar do petróleo em grande quantidade) existentes nos continentes qual é a posição de cada país confrontante ou proprietário? E assim também de cada um em relação aos arcos de montanhas, onde está o gás maciço. E importante perguntar isso, você sabe, porque alguns países estarão completamente dentro do Lobato respectivo, enquanto em outros não haverá nenhum (como é o caso da Índia); já a Austrália tem um Lobato só para si. Na América do Sul onze são os proprietários do LAS, Lobato da América do Sul, enquanto Equador e Chile têm províncias de gás. A situação é muito variada e na medida em que eles possam ser taxativamente apontados a partir das páleo-fozes e das protofozes fará todo sentido cada país saber qual é sua participação, para se enquadrar direitinho no futuro esperado, promover suas associações e decidir que fazer. Que frações do território têm dentro? Quais são os vizinhos? Quais são os interesses estrangeiros? Como fazer para explorar? Trazer o petróleo de longe ou levar as indústrias até lá? Milhões de decisões serão tomadas e decisões só são baseadas em informações (definidoras ou não, precisas ou não, sempre informações).

Desse modo é importante criar grupos-tarefa para este e aquele serviço. As nações terão pressa, no sentido de saltarem à frente, de modo que estarão agoniadas, muito tensas, pagando grandes quantidades de dinheiro por tais definições e cedendo o que tem e o que não tem por essas informações. Os tecnocientistas empenhados nisso e as empresas de energia à frente dos trabalhos se situarão em condições privilegiadas de negociação. É um instante único, que não houve antes e não haverá depois, um momento de grande burburinho e borbulhamento, uma agitação tremenda no mundo, um lindo instante de renovação das esperanças (mas com grande carga potencial de perigo, como já coloquei – como disse Caetano Veloso em Divino Maravilhoso, “é preciso estar atento e forte”).
Vitória, quarta-feira, 01 de setembro de 2004.