Termomecânica e a Soma dos Vulcanismos

 

                            Agora que vimos que bolas de gelo e bolas de fogo são na realidade o que num gráfico bidimensional seriam as oscilações termométricas para cima e para baixo em virtude de quedas de meteoritos podemos nos perguntar o que aconteceu em M-13, a queda de 13 milhões de anos atrás, que iniciou uma série de pequenas bolas de gelo e de fogo, as glaciações e as explosões subseqüentes nos vulcanismos, os períodos de ejeção e superejeção desde o manto.

                            O QUE ACONTECEU EM M-13?

·       Pequenas bolas de gelo (glaciações);

·       Pequenas bolas de fogo (vulcanismos).

Veja como pode ser importante medir as glaciações (porque elas são anúncios das bolas de fogo a seguir) e os vulcanismos (porque eles são avisos das bolas de gelo posteriores). As bolas de fogo ou vulcanismos podem ser mensuradas pelos depósitos de materiais que vem das profundezas e são aspergidos na atmosfera, caindo depois por perto ou longe, conforme as potências das explosões, espalhando um guarda-chuva de cinzas como o Krakatoa fez em 1883, há 121 anos, mandando resíduos ao planeta inteiro e em vários locais escurecendo o céu. Isso que aconteceu unicamente com ele pode acontecer com centenas e até milhares deles, conforme a potência da queda e as oscilações termomecânicas provocadas. Assim, somando toda a dispersão vulcânica poderemos indiretamente avaliar a dimensão da queda e projetar onde ela se deu, conforme já sugeri neste Livro 92.

Extraordinário nisso tudo é a termomecânica da Terra não vir sendo estudada em profundidade (nos dois sentidos) pelos tecnocientistas, pois tal avaliação interessa demais. O professor pós-doutor C, da engenharia na UFES, disse que o equilíbrio entre o Sol e a produção de calor pelo interior da Terra se dá a 90 metros de profundidade; se o vulcanismo impede a irradiação natural que se dá no lado escuro, quanto é acrescentado em termos de elevação de graus a cada ano transcorrido e quanto esse equilíbrio se aproxima da superfície? Tais respostas, que promoveriam reviravoltas nos estudos, naturalmente não foram dadas, mostrando a fragilidade de nossas investigações.

Vitória, domingo, 29 de agosto de 2004.

Tensão Conceitual e o Gestual Anunciador do Infantilismo Espontâneo

 

                            Como vimos, por conta do fim da II Guerra Mundial aconteceu de 1945 a 1968 uma fase nunca vista antes nem depois em termos de liberdade. Peguei isso residualmente desde quando nasci em 1954, mas principalmente a partir dos 7 anos em 1961, por sete anos e sei que foi delicioso. Quem não participou não sabe e quem participou mais sabe mais. Ali nasceram várias coisas que deixaram saudades, tanto no mundo quanto no Brasil; por exemplo, aqui a Bossa Nova que se espalhou no mundo inteiro. Será uma época que deixará saudades intensas na humanidade quanto mais passe o tempo e mais se sinta que não vai haver tempo igual, exceto quando nos liberarmos de opressão ainda maior.

                            Então, depois de 1968 passaram-se 30 anos, uma geração, como é usual; ou, contando de 1945 a 1975 (sete anos além de 1968), a seguir até 2005, estamos prestes a fechar um ciclo e recomeçar. De fato, Gabriel reclamou que na geração dele e da Clara nada tem acontecido de relevante. E é assim mesmo, parou tudo nas tecnartes, exceto no cinema, e no Conhecimento e em tudo mesmo.

                            Então, estando com nosso amigo PACOS, engenheiro-doutor da UFES que trabalha com cálculo estrutural, inclusive em aço, perguntei a ele se a adesão do Brasil aos programas de maior emprego de aço como elemento estrutural e modelador plástico, um ramo que é tanto mais difícil quanto mais potência nele existe, conduzindo a necessariamente maior maturidade no uso de equações, não implicaria passagem (que venho esperando, porque o modelo mostrou que só temos 30 anos para isso) do país ao primeiro mundo?

                            Ele disse que sim, que já está em curso, pelo menos no setor do aço, uma gestação de revolução conceitual há 15 anos. Talvez esteja em toda parte, esperando a deixa para explodir. Isso, é claro, manifesta-se antes nas artes como um infantilismo espontâneo que tem um gestual anunciador, que anuncia, ou seja, nas artes aparece uma inquietação que vem à tona como gesticulação nova característica. Como ela não emergiu ainda, podemos contar que a revolução/revelação não aconteceu. Mas vem vindo.

                            Vitória, domingo, 29 de agosto de 2004.

Têmpera do Guerreiro

 

                            Eis a definição do Aurélio Século XXI (S. f. 1. Ato ou efeito de temperar; temperamento. 2. Consistência que se dá aos metais, esp. ao aço, introduzindo-os candentes em água fria. 3. O banho em que se temperam os metais. 4. Temperatura. 5. V. pintura a têmpera. 6 Cunha em diversos aparelhos. 7. Fig.  Índole, feitio; temperamento. 8. Inteireza de caráter; austeridade. 9. Preparação que se dava aos falcões e outras aves na véspera do dia em que haviam de ser empregados na caça).

                            Nos mais recentes cem anos as mulheres avançaram bastante e recuperaram parte do tempo perdido nos milênios anteriores.

                            Isso permite fazer avançar os homens ainda mais.

                            Claro que houve um momento pobre, boçal, em que isso se chamou cavalheirismo, a sobreafirmação do cavalheiro, uma doença da psique mundial. Não estou falando disso, mas de verdadeiros cavaleiros, o que está impropriamente consignado no conceito inglês de gentleman (gentil-homem). O guerreiro de que estou falando era o homem nobre, altivo, de outrora, que de modo algum puxava as mulheres pelo cabelo – isso seria inconcebível -, só que redesenhado para ser muito mais avançado e primoroso do que antes. Não é nada melado e babaca, nada de boiola, é pureza de espírito, de estilo, de escola.

                            A ESCOLA DA TÊMPERA DO GUERREIRO

·       Tratamento equilibrado das PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas);

·       Cuidados com os AMBIENTES (cidades/municípios, estados, nações, mundo);

·       Atenção com a Bandeira da Proteção (lar, armazenamento, segurança, saúde e transportes);

·       Dedicação no processo de ensinaprendizado;

·       Aplicação na relação com os outros sexos (fêmeas, pseudofêmeas e pseudomachos);

·       Zelo quanto ao Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática);

·       Relação muito melhorada em muitos outros tópicos.

Enfim, chegou o tempo de os homens serem também redimensionados.

Vitória, domingo, 22 de agosto de 2004.

Adicional de Periculosidade e de Insalubridade

 

VERDADEIROS PERIGOS E INSALUBRIDADES

Leia o texto anterior, A Fria em que Quase nos Metemos e os cálculos que porventura façam para ver o que é realmente perigo e insalubridade no vazio e no frio supercongelante do espaço extraterrestre!

FAZEM PARECER BONITINHO E AVENTUREIRO, ROMÂNTICO, MAS NA VERDADE É TUDO FRIO E VAZIO ENLOUQUECEDOR

Para se ter uma ideia de quão vazio é, todo o universo cabia numa esfera de 10-9 m, muito menor que a ponta de um alfinete.

AVALIE O VAZIO E O FRIO EM DIMENSÃO GRANDE

Entre os superaglomerados.	Entre os aglomerados.
Entre galáxias.	Entre constelações.
Em todo o sistema solar.	Sistema solar interno, não está em escala.

Inospitalidade.

Em resumo, tudo isso é frio pra Dedéu, meu senhor!

Só existe algum calorzinho na Terra.

E mesmo assim a coisa toda oscila muito, dependendo das 400 mil flechas (meteoritos e cometas) que já caíram em 4,5 bilhões de anos, sem falar que a queda diária de micrometeoritos acrescenta 14,3 milhões de toneladas por ano (veja a Wikipédia), o que está longe de ser pouco, tudo é disperso na atmosfera e modifica o ar, a água, o solo e até a alocação das energias, sem falar na Vida e na Psicologia.

Verdadeiramente, proporcionalmente àquilo do espaço, não conhecemos mesmo os perigos e as insalubridades. Na medida em que tentarmos “conquistar o espaço”, veremos a profundidade do abismo.

Vitória, segunda-feira, 17 de julho de 2017.

GAVA.

A Fria em que Quase nos Metemos

 

Para nos vender a ideia de “conquista do espaço” os espaciais (versus os terrestres) disponibilizam lindas imagens que, como já mostrei, não chegam nem aos pés da Vida (arquea, fungos, plantas, animais e primatas), que dizer da Psicologia. Durante 500 anos eles se esforçaram tremendamente para apequenar a humanidade.

OS FRIOS EXPRESSÁVEIS (há grandes vazios frigidíssimos no universo). Copiado de Universos Expressáveis.

MACROPIRÂMIDE	N.5, natureza cinco	22	Pluriverso	p.6	DEUS
		21	Universos		Máximos controladores.
		20	Superaglomerados	Dialógica	H7
		19	Aglomerados		H6
	N.4, natureza quatro	18	Galáxias	p.5	H5
		17	Constelações		H4
		16	Sistemas estelares	Cosmologia	H3
		15	Planetas		H2
MESOPIRÂMIDE	N.3, natureza três	15	Mundos: TERRA AGORAQUI.	p.4	Humanidade = H1.
		14	Nações
		13	Estados	Informática
		12	Cidades-municípios
	N.2, natureza dois	11	Empresas	p.3
		10	Grupos
		09	Famílias	Psicologia
		08	Indivíduos
MICROPIRÂMIDE	N.1, natureza um	08	Corpomentes	p.2
		07	Órgãos		-1
		06	Células	Biologia	-2
		05	ADRN-replicadores		-3
	N.0, natureza zero	04	Moléculas	Química	-4
		03	Átomos		-5
		02	Subcampartículas (10-18 m)	Física (17 degraus).	-6
		01	Cê-bóla © (10-35 m)		CAMPARTÍCULA FUNDAMENTAL.

Só a região em vermelho é quente, o resto é frio pra danar!

Apenas onde átomos e moléculas estão pertinho e batem uns nos outros é que é quente e, para espanto de quase todos (exceto os que lidam com isso), a média de temperatura da Terra é de apenas 14º célsius, os seres humanos precisando, para se sentirem confortáveis, de média local em torno da temperatura corporal, 37º.

CALCULAR VOLUMES RELATIVOS VAZIOS E FRIOS (no espaço a temperatura fica próxima de zero Kelvin, -273º C; mesmo nos planetas, é baixíssima para a vida humana). Vazios:

1.       No universo, entre superaglomerados;

2.       Nos SA, entre os aglomerados;

3.      Nestes, entre as galáxias;

4.      Nestas, entre as constelações;

5.      Nestas, entre os sistemas estelares;

6.      Dentro do sistema solar o que mais há é vazio e frio;

7.       Só temos mesmo este preciosíssimo planeta que estamos usando muito mal em todos os níveis.

Não que os programas espaciais devam acabar, pelo contrário, devem ser cada vez mais financiados, porém não porque tenhamos qualquer chance presente de chegar a qualquer lugar, a coisa é muito mais difícil, devido ao vento solar, aos raios cósmicos, às micro e macro partículas perfurantes de alta velocidade, aos meteoritos e cometas, ao frio enregelante do vazio, à inospitalidade geral, a tudo que é anti-humano e do que os tecnocientistas não falam, visando que estão as verbas vindas generosamente do trabalho popular através dos governos (os empresários não pagam um tostão, descarregam tudo nos lucros e perdas).

Os espaciais nos meteram nessa fria desde Copérnico, o Velho Nick, o diabólico corruptor da humanidade que afastou o olhar da divindade da Vida e da Psicologia.

Faça as contas e veja, que só temos este por enquanto belo planeta.

Vitória, segunda-feira, 17 de julho de 2017.

GAVA.