sábado, 15 de julho de 2017


Nomenclatura dos Meteoritos

 

                            Estabeleçamos logo essa classe ou lista de nomes.

O QUE É DO ALTO GERALMENTE DESCE (as menos que hiperbolicamente saia do sistema solar). Quando a gente fala “alto”, quer dizer gravidade.                 

SÍMBOLO
NOME
EXEMPLO
HG
Hipergrande
(?) rebenta planetas, talvez
SG
Supergrande
G-273 (iniciou a era dos dinossauros e extinguiu 99 % da Vida na Terra há 273 milhões de anos)
G
Grande
G-65 (findou a ED e liquidou 70 % das espécies)
P
Pequeno
De 26 em 26 milhões de anos
SP
Superpequeno
Como o da Cratera do Meteorito, no Arizona, EUA
HP
Hiperpequeno
Micrometeoritos, caem o tempo todo no planeta como chuvas recorrentes

A partir de agora não precisamos mais falar de tamanhos, em astronomia como em geologia, paleontologia, antropologia ou arqueologia: basta dizer HP 25082004 e já saberíamos tratar-se de chuva de 25 de agosto (se é que houve uma neste ano, nesse dia; é um chute). Mais para frente se poderá estabelecer as subclasses dentro, digamos, de SG, de tal a qual tamanho. Com isso teremos menos palavras nessas ciências e a matematização poderá avançar um pouco mais, creio, na dependência de outros fatores. Mais gente poderá trabalhar os outros fenômenos.

Vitória, sábado, 21 de agosto de 2004.

Museu da Caverna

 

                            O Modelo da Caverna começou despretensioso e de tanto andar chegou a algum lugar muito útil como lógica de sustentação de inúmeros raciocínios. Ficou mais do que patenteado que há algo de errado com a visão que tínhamos de nossas origens sapiens. Tornou-se claro, transparente, translúcido, que os estudiosos dos 100 milhões de anos primatas, dos 10 milhões de anos hominídeos e dos 100, 50 ou 35 mil anos sapiens não sabem o que estão dizendo.

                            Pois despontaram inúmeros traços seqüenciais que teriam de ter sido preenchidos para tornar o subir da escada suave, com todos os degraus no lugar; ao invés disso há buracos enormes. Por exemplo, no modelo vigente saltamos de uma nebulosíssima caverna já para as cidades, enquanto como mostrei há uma quantidade de passos – pelo menos em torno de dez – intermediários a serem preenchidos.

                            INÚMEROS PASSOS

1.       Um primeiro casulo de barro deve ter sido construído;

2.       Vários, até tomar a maior parte da caverna;

3.      Esborrou e saiu dela;

4.      Continuou borbulhando dentro e fora (os mais prestigiados, lógico, dentro, sempre junto do mais antigo);

5.      Foi se estendendo em volta em grande número;

6.      Separou-se da caverna-mãe e seguiu em frente;

7.       Distanciou-se tanto que esqueceu as origens;

8.      Apareceu uma primeira rua (separação) e sucessivamente muitas;

9.      Surgiu a primeira casa quadrada;

10.   Brotou o primeiro quintal;

11.     As quadradas tornaram-se dominantes;

12.    Quadras (com todas as ruas em volta) emergiram como modelo final que conhecemos (e disso veio a primeira cidade-quadrada).

O Museu da Caverna seria feito no sentido de não apenas contemplar essa busca como de mostrar ali seus resultados (que estão desaparecidos e se presentes em algum lugar não foram contados à guisa de tal teoria). Uma novíssima configuração está disponível. Precisamos juntar os materiais que demonstrem aos estudantes sua forma geral.

Vitória, sexta-feira, 20 de agosto de 2004.

Lobatos Sem Água

 

                            Na Terra há água, mas nos outros planetas não.

                            Os Lobatos podem se formar em qualquer condição. No caso de haver água ela transitará no grande canal, no caso de não haver é o pó que estará circulando para lá e para cá; ou metano, hidrogênio líquido ou o que for.

                            Leia neste Livro 91 Todas os Tipos de Formações de Placas para ver as condições de composição. Se um meteorito cair, seja ele supergrande, grande ou pequeno seguramente empurrará um cráton para um lado ou para o outro, nas direções-sentido da Rosa dos Ventos. A partir daí a crosta se movimentará, segundo as repartições, até se assentar nalguma posição definitiva, quando não houver mais calor interior na termomecânica planetária, aquele que é contido pela irradiação de calor do Sol, na Terra estabelecendo empate termométrico 90 metros para baixo (mais baixo que isso o calor do Sol não vai; mas isso garante que o calor irradiante das radiações do interior da Terra não vaze todo para fora, o que acabaria por tornar o planeta gelado – é preciso ver quanto Marte já esfriou).

                            Então, com toda certeza Mercúrio e Vênus por receberem muito mais calor que a Terra (dado que estão muito mais perto do Sol), devem ter equilíbrios muito mais profundos que o nosso; nosso planeta é um caso médio; Marte é o mais desfavorecido, de forma que dele mais calor interior foi gasto, calor daquele estoque primordial e daquele que foi sendo gerado, e há menos calor nas camadas de cima, rumo à crosta, de modo que suas placas movimentam-se bem menos. E lá não há água; porisso os Lobatos de lá estão cobertos com pó, com areia, com gelo de C02 ou o que for.

                            Já nas luas jupiterianas ou saturnianas ou uranianas ou netunianas (se existem tais topônimos; em todo caso, de Júpiter, de Saturno, de Urano e de Netuno, e até de Plutão, Caronte) pode ser que hajam placas de metano ou de água ou de gás carbônico montando umas sobre as outras; ali os Lobatos serão distintos. E nos planetas gigantes, onde hidrogênio líquido se move sobre hidrogênio sólido, teremos Lobatos em que o hidrogênio líquido vagueia para lá e para cá nos grandes canais de hidrogênio, sólido nas bordas – sei lá, que os planetólogos digam.

                            Enfim, os Lobatos estão em toda parte, eles são universais e vieram para ficar. Até em tempestades poderemos desenhá-los. Por exemplo, a Grande Mancha de Júpiter, uma tempestade que dura já séculos, pode definir nas margens algum Lobato gasoso. Não é nada exagerado pensar assim, é a lógica.

                            Vitória, sexta-feira, 20 de agosto de 2004.

Latinosfera

 

                            A Esfera dos Latinos.

                            É só um nome, mas nomes atraem e congregam em volta deles, de forma que por si só essa fórmula pode iniciar um movimento.

                            OS LATINOS NOS CONTINENTES

·       NA EUROPA: França, Itália, Espanha, Portugal e outros que se considerem simpatizantes;

·       NA AMÉRICA DO SUL: Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai, Bolívia, Peru, Colômbia, Equador, Venezuela;

·       NA AMÉRICA CENTRAL: é preciso listar;

·       NA AMÉRICA DO NORTE: México e Quebec;

·       NA ÁFRICA: os lusófonos (Angola, Moçambique, Cabo Verde, etc.), os francófonos;

·       NA OCEANIA (se porventura houver, não quero pesquisar);

·       NA ÁSIA: a ligação com a China, através de Macau, e Goa, na Índia;

·       Os simpatizantes de outras culturas ou nações.

É alguma gente e algum poder financeiro, cabendo as coisas tradicionais: 1) museu ou laboratório de latinidade; 2) biblioteca ou universidade; 3) salas de conferências e salas de reprografias; 4) áreas de exposição; 5) estacionamentos, restaurantes e o resto. Pode ficar na França, o maior dos latinos, e o país nórdico que aderiu (e deve ser premiado por isso). O financiamento seria proporcional às riquezas, aos quantitativos, seguindo os critérios para o congresso de mulheres. Embaixadores da Latinosfera seriam eleitos para circular livremente entre os países signatários.

Isso é importante, a constituição dessa esfera, porque a herança dos romanos e dos gregos deve ser afirmada sempre (com tudo que fizeram também de ruim).
Vitória, domingo, 22 de agosto de 2004.

Identificando os Crátons

 

                            É importantíssimo identificar corretamente os crátons em sua composição inicial. Por exemplo, fixemos o cráton que deu origem ao que é hoje o Planalto Brasileiro. Se o G-273 incidiu sobre ele, empurrando-o para oeste-sul, sudoeste, ele era bem menor, não era do tamanho da América do Sul de agora – de modo algum. Primeiro, porque todo o arco de montanhas, os Andes estavam ausentes da conformação recente. E entre este e o antigo cráton, o páleo-cráton, apareceu o Lobato da América do Sul, LAS. Essas duas porções devem ser excluídas logo para começar.

                            Como a área da América do Sul é de uns 17,5 milhões de km2, deve-excluir oito mil km de cordilheiras vezes, digamos, uns 500 km de largura média, quer dizer, logo de cara cerca de quatro milhões de km2. Depois é a vez do LAS, mais uns oito milhões de km2, restando apenas 5,5 milhões de km2. Lembre-se que houve alteamento de todo o LAS, mas também das bordas do cráton, de maneira que o que está em evidência hoje é muito maior do que esteve antes. Saber onde estavam as protofozes entre as páleo-fozes, as primeiras entre as antigas, é fundamental, como se pode pensar, porque daria a área que ficava acima do mar e as bacias dos páleo-rios que carreavam para os páleo-oceanos, isto é, daria os volumes de água e restos vegetais e animais que eram levados para depósito nos páleo-assoalhos. Veja que 5,5 é muito diferente de 17,5; e seria bem menos, ainda, pelas razões apontadas. Quão menor? Além disso, as glaciações alteram os perfis continentais. De modo que é mesmo fundamental descobrir a forma inicial.Ademais, o lado leste que confrontava com a África só foi dela separado há 273 milhões de anos e está gerando a conformação atual há 65 milhões de anos. O lado oeste, pelo contrário, esteve derramando material orgânico por BILHÕES DE ANOS. Desse modo, a PRECISA FORMA original do cráton é muito significativa para tudo, para todos os tipos de estudos. É até mais importante que precisar os Lobatos. Pois os continentes antigos nada tinham a ver com isso que é mostrado de Gondwana e Pangéia, nem de longe.

                            Vitória, sábado, 21 de agosto de 2004.

Himalaia, Onde as Placas se Encontraram

 

                            De pensar comecei a ver que os 1,3 mil km de largura da cadeia de montanhas do Himalaia, lá onde a placa euro-asiática monta sobre o subcontinente indiano - na parte hindu da placa indo-australiana - tem uma história diferente da que é apresentada nos textos.

                            Pense num livro subindo sobre outro e se colocando parcialmente sobre ele, de tal modo que a capa de cima está separada não apenas sua espessura da mesa, mas a espessura do segundo também, isto é, duas espessuras.

                            O engano quando a isso veio de que os Atlas geográficos sempre mostram uma placa mergulhando quase na vertical, afundando diretamente no manto e sendo como que dissolvida, consumida inteiramente, como se vê na página 114 do Grande Atlas Mundial da Editora Globo, a partir de Selecções do Reader’s Digest; também na página 23 do Atlas Geográfico Mundial, da Folha de São Paulo, após o The New York Times; igualmente na página 14 do Atlas da Terra, de Susanna van Rose; bem como na página 22 do Atlas dos Oceanos, de Anita Ganeri – tal unanimidade deve vir da compreensão geral dos geólogos em toda parte e foi isso que esposei automaticamente, porque o apontamento coletivo era esse.

                            Mas andei pensando que os granitos, sendo péssimos condutores de calor (segundo uma conversa com o professor pós-doutor JLCNG, da engenharia da UFES, na vice-reitoria, agosto/2004), não devem ser consumidos imediatamente pelo calor intenso do manto, preservando-se durante largo tempo; nesse ínterim eles se mantém relativamente íntegros, enfiando-se muito profundamente debaixo dos outros (caracteristicamente, no Himalaia, 1,3 mil quilômetros; noutros, menos). Deveríamos medir quanto cada placa montou na outra. Parece que no Himalaia foi mais, a seguir nas Rochosas e deveríamos mensurar precisamente quanto dos Alpes na Europa, dos Andes na América do Sul e quanto dos demais em toda parte.

                            Porque isso leva a crer que o esfriamento dessas cadeias de montanhas não se deva somente às altitudes elevadas, mas principalmente porque debaixo há um tampão. Claro, onde há montanhas elevadas não poderemos separar os efeitos, mas devemos ter lugares onde as montanhas não se elevaram tanto assim e não obstante é mais frio do que esperaríamos somente das altitudes. Creio que os geólogos poderão testar a hipótese.

                            Vitória, quinta-feira, 19 de agosto de 2004.

sexta-feira, 14 de julho de 2017


Força Amorosa, Turma da Mônica

 

Como tenho falado repetidamente, as características do brasileiro Maurício de Sousa são MUITO diferentes daquelas do americano Walt Disney.

WALTER E MAURÍCIO

WD.
MS.
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EUA, 1901-1966.
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Brasil, 1935.

WD deu cunho adulto a suas revistas, ao passo que MS fez revistas intensamente mais brandas, sem malícia nenhuma: não há palavrões, nem traições, nem ataques, nem golpes, nada disso; a distinção é notável, particularmente se compararmos umas com as outras, par a par.

Através da MSP (Maurício de Sousa Produções), Maurício e a turma do seu estúdio vem produzindo álbuns em que as figuras são mais sombreadas, 2D+ (e não 3D, essa com profundidade total e óculos para visão (o que também já vez nas revistas durante algum tempo).

ÁLBUNS DE MS

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São muitos os álbuns, agora, relativamente – Maurício tem dado oportunidade a vários desenhistas e escritores de mostrar seus trabalhos EM EVIDÊNCIA, não como desenhistas ocultos na massa do estúdio. Passamos a saber quem são.

UMA

Bianca Pinheiro.
Álbum.
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Rio de Janeiro, 1987.
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Ela fez outros trabalhos, por exemplo, Bear, de que gostei muito.

No álbum Mônica, Força, São Paulo, Panini, 2016, o pai e a mãe fictícios estão caminhando para o divórcio, gritam muito um com a outra e vice-versa, reclamam por causa de uma torneira por consertar e a Mônica personagem vai lutando para recuperar a ligação deles, conseguindo por fim.

Simplicidade, elegância, beleza sem sobrecarregamento dos traços, álbum familiar, quadrinhos com positividade, valores brasileiros que vimos perdendo diante dessa ofensiva mundial contra nós e em razão da riqueza mais recente, esse índice terrível de orgulho.

Enfim, muito bom, façam mais coisas assim.

Vitória, sexta-feira, 14 de julho de 2017.

GAVA.