sexta-feira, 14 de julho de 2017


Guerra das Quadradas Contra as Redondas

 

                            Como vimos vendo no Modelo da Caverna, borbulhou lá dentro e vieram vindo para fora os quartos redondos encavalados (vá seguindo a trilha para trás), formando uma espécie de colméia. Quando do lado de dentro as paredes da caverna e o teto em sustentavam conjunto a disposição em colméia, mas do lado de fora era diferente, porisso desde que largaram a boca da caverna as casas montadas foram diminuindo de espessura, até restarem poucas sobrepostas.

                            Seguiram aquele ritmo, indo se distanciando, sempre redondas, até que romperam o vínculo com a caverna e se tornaram separadas, sempre emboladas; depois apareceu para assombro uma primeira rua heterodoxa, a segunda com muito custo, uma terceira indicando separação muito esquisita por parte dos distanciados em relação àquilo que era a verdadeira comunidade unida e assim por diante até que deu nisso que julgamos a única realidade possível, as cidades com ruas formando ilhas e arquipélagos. Demorou muito até as áreas urbanas estarem separadas por ruas e demorou mais ainda até as casas serem quadradas, indicando a presença e domínio dos homens. Casas quadradas, com ruas quadradas, mais ainda.

                            Primeiro só os mal-amados que sofriam do mal incurável de solidão poderiam pensar em algo tão estressante quando a separação. Depois, era esquisito demais, destoava do que era certo. Finalmente aconteceu que as primeiras “comunidades quadradas” se firmaram, começaram a avançar muito mais depressa, pelas razões apontadas, e a acumular mais rapidamente as riquezas e as posses, ficando as “comunidades redondas” como atrasadas, as de gente pobre, ainda que sábia, conhecedora das artes antigas. Uma primeira casa quadrada surgiu, depois uma segunda e foi proliferando, até que se tinha uma cidade inteira quadrada, com quintais quadrados, tudo quadradinho.

                            Então, é claro, houve uma luta, um confronto entre as quadradas e as redondas, uma guerra que como sabemos as redondas perderam, foram derrotadas e morreram todas à míngua, até que hoje só temos quadradas (o que é errado, por sinal). Essa marcha que estou descrevendo das protocasas e das protocidades deve ser pesquisada pela arqueologia, pois há um lapso: fica parecendo que demos um salto, saindo diretamente das cavernas para Jericó, Mohenjo Daro, Harappa e Çital Huyuk. Claro que não pode ter acontecido assim: também aqui está faltando o elo-perdido. VÁRIOS elos, aliás.

                            Vitória, quarta-feira, 18 de agosto de 2004.

Globo Esquemático de Placas

 

                            Em Representação Esquemática dos Lobatos, neste Livro 91, sugeri que fosse feito para o LAS, Lobato da América do Sul, porque a simplificação do olhar em relação aos milhares de sinais permite os mais longos vôos. Evidentemente tal globo só serviria para estudantes e professores de geologia. Ao evitar a apresentação mais próxima do real a supressão do excesso de sinais (como na matemática) permitirá que nos apeguemos apenas às linhas principais, uma meia dúzia, que serão assim superfocadas.

                            Acontece que os continentes são como que ilusões. Claro, são reais, estão bem à nossa vista, mas todo real é ilusão para as linhas mais profundas, no caso as placas continentais. Despojando o real dos planos superiores, fixando-nos nos planos inferiores poderemos talvez sacar novidades, inferindo outras relações que o exagero de elementos dos planos mais elevados não nos deixaria ver.

                            O Globo seria visto então como uma quantidade mínima de linhas, o mínimo dos mínimos, apenas o essencial.

O ESSENCIAL É SÓ PARA OS MAIS EXTREMADOS GOUMERT’S (tudo esquematizado, como numa receita)

·       Crátons;

·       Arcos de montanhas;

·       Os Lobatos;

·       As fissuras meso-continentais (como exemplo, a fissura Meso-Atlântica);

·       As páleo-fozes;

·       Os meteoritos como linhas de incidência e geração de ondas que embaterão com outras – e assim por diante.

Pode ser um globo apalpável e pode ser um globo virtual posto em computador, correndo tanto no espaço quanto no tempo, isto é, produzindo seus efeitos ao longo do tempo, talvez com aquele metro temporal de milhão de anos.

Tal simplificação, extremada para o essencial, nos dará o mínimo, de que será possível falar com muita rapidez aos estudantes, evitando-se delongas.

Vitória, quinta-feira, 19 de agosto de 2004.

Globo das Páleo-Fozes

 

                            Assim como o Globo de Placa (Livro 66), este outro terá o maior valor, na verdade valerá o peso em ouro e até mais, em diamante lapidado, porque, como se sabe, todo globo dá acesso a riquezas, mesmo se os usuários bobocas não sabem disso.

                            Porque, identificadas as páleo-fozes - como já mostrei - ali é o vértice do cone-funil do carreamento do rio. Por exemplo, em Regência (à direita da foz do rio Doce, antiga Regência Augusta imperial) em Linhares (e do outro lado, margem esquerda, Povoação) é depositado tudo que o rio traz de sua bacia de 900 km ou mais de comprimento – em vários milhares de quilômetros quadrados VEZES 65 MILHÕES DE ANOS (ou mais, até 273 milhões de anos). Ora, identificadas as PF teremos por ali depósitos imensos que foram levantados pelo movimento da placa, no caso do LAS (Lobato da América do Sul) depósitos de vários bilhões de anos. Você há de imaginar que ali estão resíduos de grandes volumes de água por esses bilhões de anos. Digamos, o páleo-Xingu minerou por esse tempo todo, depositou em sua PF e essa área toda foi levantada, ficando à disposição de quem viesse depois. Basta achar a PF do PX e teremos uma condensação inacreditável de ouro em pó e em pepitas, e de outros metais preciosos, de diamantes e pedras preciosas. Realmente difícil de acreditar. Pense que o Amazonas é um rio jovem, um consórcio atual de um milhão de anos ou o que seja; mas aqueles rios desaguaram ali por BILHÕES de anos, pelo menos duas ou três mil vezes tanto quanto o grande rio amazônico.

                            Você pode facilmente pensar quanto valeria um globo desses! Vale tudo, é ou não é? As empresas mineradoras haveriam de ficar doidinhas de pedra, porque bastaria escavar em espiral no lugar para ir descobrindo COM CERTEZA montões de tudo. Assim - se for a Petrobrás a elaborar esse mapa - não apenas ela explorando diretamente como se consorciando com outras mineradoras pode se tornar a maior companhia do planeta Terra por todo o século XXI no campo da mineração. Isso sem falar que no campo do petróleo e do gás será decerto maior que todas as outras juntas.

                            Vitória, quarta-feira, 18 de agosto de 2004.

Gabriel Microempreendedor

 

                            Gabriel tem agora 18 anos.

                            Possui nítidas características de empreendedor: 1) firmeza de propósitos; 2) segurança de si; 3) idéia perfeitamente definida de onde quer chegar e uma série de outras que demoraria listar. Seria interessante consultar esses livros que falam de tais peculiaridades.

                            Está na idade certa para começar, porque é preciso contar com uma geração de 30 anos de esforço continuado.

                            Como cursa engenharia mecânica na UFES, em Vitória, e pensa entrar na engenharia mecatrônica na UCL, na Serra, pode se candidatar a construir aquilo que chamei de CP, ciberprancheta, sobre a qual temos conversado e que se for levada adiante proporcionará a primeira empresa trilionária do planeta. Mais ainda, pode fazer também o AT, Atlas de Toque, para dar à Clara. Os dois instrumentos juntos, o primeiro sendo instrumento prático e o segundo conceituador teórico, gerará o CPAT, e daí advirá depois (isso depende de muitas coisas complexas) a Árvore do Conhecimento. Seguramente ele tem capacidade para tal (boa sorte, filhote!).

                            Vitória, quinta-feira, 19 de agosto de 2004.

                                         

                            PARA GABRIEL, DO SEBRAE

                            Legislação de Microcrédito

Lei 9.790, de 23 de março de 1.999¨Dispõe sobre a qualificação de pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, institui e disciplina o Termo de Parceria, e dá outras providências.

                            MAIS Internet

RES. 2874 - SOCIEDADE DE CREDITO AO MICROEMPREENDEDOR
RESOLUÇÃO N. 2874
Dispõe sobre a constituição e o funcionamento de sociedades de crédito ao microempreendedor.
O BANCO CENTRAL DO BRASIL, na forma do art. 9 da Lei n. 4.595, de 31 de dezembro de 1964, torna público que o CONSELHO MONETARIO NACIONAL, em sessão realizada em 26 de julho de 2001, tendo em vista o disposto no art. 1 da Lei n. 10.194, de 14 de fevereiro de 2001.

Gabriel Constrói a Ciberprancheta

 

                            Caso ele se disponha mesmo a prosseguir e conseguir esse grande feito, quais seriam as linhas gerais (isto é, as dificuldades) dessa tentativa?

AS DIFICULDADES DE GABRIEL (ele tem uma firmeza inacreditável, desde antes dos 12 anos sabendo o que queria – ir até a mecatrônica; daí eu confiar que consiga)

·       As da formação (mecânica na UFES, mecatrônica na UCL);

·       As de tornar-se um microempreendedor (como retratado no texto deste Livro 91, Gabriel Microempreendedor);

·       De arranjar o capital inicial (do qual, por enquanto, não disponho);

·       De se associar, fazendo os julgamentos corretos quanto ao caráter dos sócios (do outro lado a mesma coisa);

·       Encontrar os empregados e treiná-los, respeitá-los e ensiná-los a respeitar todo um projeto de vida;

·       Lidar com a Economia (agropecuária/extrativismo, indústrias, comércios, serviços e bancos – especialmente estes últimos) geral, no que couber;

·       Registrar empresa e enfrentar a grande quantidade de leis;

·       A invenção em si da ciberprancheta (CP) e do Atlas de Toque (AT);

·       As patentes (cuja obtenção, além de custar caro dentro e fora, é infernal pela demora);

·       A concorrência, etc.

Enfim, tentar qualquer coisa não é fácil. Existe a recompensa material do conforto e das possibilidades, há a alegria do fazer (que é a das mais preciosas de todas), a alegria de gerir, a busca de conhecimento (que é a maior dos contentamentos, quando se descobre algo novo, desconhecido de todos os seres humanos), a felicidade de ofertar um poder novo à humanidade e assim por diante.

Em todo caso, devem os jovens ter uma resistência extraordinária, ele como qualquer um que tenha se lançado a tais aventuras. É isso que é admirável: mirar o alvo e seguir reto, sem quaisquer desvios gravitacionais, até o centro dele.
Vitória, domingo, 22 de agosto de 2004.

Faixas de Levantamento dos Lobatos

 

                            O que é a vida: antes que surja uma teoria a gente olha e não vê. Está lá e não enxergamos. Depois dela tudo fica transparente e foi o que aconteceu com a Teoria dos Lobatos. É mais nítido com o LAN, Lobato da América do Norte, até porque pintam as montanhas mais altas das Rochosas com um marrom mais escuro, as intermediárias a seguir com um marrom médio, depois um marrom mais claro abaixo e antes do verde um amarelado.

                            CINCO FAIXAS IDENTIFICATIVAS

·       Marrom forte;

·       Marrom médio;

·       Marrom claro;

·       Amarelado;

·       Verde (para as planícies, bem perto do nível do mar).

São cinco patamares.

Vão aparecer em toda parte, indicando ou a antiguidade dos Lobatos ou a acelerada formação deles, só os geólogos poderão com pesquisas de campo afirmar decisivamente. Na América do Sul aparecem igualmente (não confundir com os crátons).

A parte mais escura é a frente de formação do arco de montanhas e a parte mais clara, próxima do verde, é onde o levantamento está se processando atualmente. No Himalaia a frente dá para a Índia, com uma escarpa fincada, um precipício do lado do subcontinente indiano. Para lá, para o lado do norte é que estão as faixas cada vez mais claras. Em gradação, como uma escada que vai descendo; mais distante, lá pela Rússia, na Sibéria, estão as planícies, o Lobato de lá, que está em formação incipiente (apesar das dimensões do Himalaia, que é o arco de montanhas mais vasto, de 1,3 mil km de largura). O Planalto da Sibéria é nitidamente o cráton, podendo-se dizer que está levantando nas montanhas Sayan Oriental, para lá do Altai. Cada degrau da escada tem centenas de quilômetros. O conjunto-marrom, digamos assim (em virtude de como foram pintados nos mapas), termina onde os lagos anunciam o grande canal que foi levantado. Esse deve ser um modelo geral, universal não apenas para a Terra como para o universo inteiro. É a lógica: são como pés (degraus são anúncios dos pés) que se levantam um tanto de cada vez na montagem ou escalagem de uma altura qualquer.

Vitória, sábado, 21 de agosto de 2004.

Escolas de Lideranças

 

                            No modelo os níveis são: povo, LIDERANÇAS, profissionais, pesquisadores, estadistas, santos/sábios e iluminados. Três baixos e três altos, separados distintamente pelos pesquisadores. Há formação para estes (começando no primeiro grau, passando pelo segundo e terceiro, pelo mestrado, doutorado e pós-doutorado), mas não para lideranças, enquanto os profissionais tanto podem ter treinamento superior quanto não.

                            Já insisti em que os políticos do Legislativo, os governantes do Executivo e mesmo os juizes do Judiciário tenham treinamento especial, particularmente os políticos. Estes, representando povo e elites, pelo lado do povo devem poder – para conservar a democracia plenamente – vir de qualquer situação, com ou sem formação. Mas do lado das elites se pede que tenham formação, cada vez mais elevada, porque eles representam as PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) nos AMBIENTES (cidades/municípios dentro de estados, nações e no mundo). Ora, estão muito longe não apenas da perfeição como da mínima formação. Para um mundo cada vez mais complexo transitam sem o mínimo cuidado em tudo, nada conhecendo a fundo da Bandeira da Proteção (lar, armazenamento, saúde, segurança e transportes), da Bandeira Elementar (ar, água, terra/solo, fogo/energia, no centro Vida e no centro do centro Vida-racional) e das demais indicações do modelo.

                            Seria, portanto, preciso criar essa Escola de Lideranças, que poderia ser também freqüentada pelos eleitos populares, depois das eleições (pois o caráter do pleno acesso deve ser estritamente conservado). Nela deveriam ser colocados Professores de Liderança, com ensinaprendizado de mando. Gente treinadíssima na retaguarda, com biblioteca ou universidade, com museu ou laboratório, com todos os recursos que os governempresas possam proporcionar, pois se trata de um mundo de mais de seis bilhões de indivíduos, o que deve ser respeitadíssimo.

                            Um currículo mínimo incluiria formação em Psicologia (figuras ou psicanálises, objetivos ou psico-sínteses, produções ou economias, organizações ou sociologias, espaçotempos ou geo-histórias), em particular em Economia (agropecuária/extrativismo, indústrias, comércio, serviços e bancos) e numa série de chaves e bandeiras do modelo.

                            Vitória, sexta-feira, 20 de agosto de 2004.