quinta-feira, 13 de julho de 2017


A GH em PAL/I

 

                            Fui seguindo a construção do modelo e descobri, pensando e usando a Rede Cognata, que história (= MODELO = ESCRITA = ESCOLA = ESCUDO = MENTIRA, etc.) é sempre do passado e das elites e que geografia (= CAOS = COMPOSIÇÃO, etc.) é sempre do presente e do povo. A geografia é onde se dá a luta por futuro, é onde as elites não dominaram completamente e onde elas estão sendo progressivamente apeadas do poder antigo, elevando-se novas elites ao poder novo (que é sempre negação das possibilidades anteriores). História é tempo, geografia é espaço.

                            Lendo os livros de história, de fato, só temos a língua escrita, sinais e símbolos, não vemos imagens, porque se fala das elites para outras elites, escondendo o passado do povo. Se fosse para o povo deveria ter imagens (fotografias, desenhos, pinturas, esquemas, quadros, tudo que facilitasse a leitura por um fator de mil – pois dizem que uma imagem vale tanto quanto mil palavras). O modelo afirma que deveríamos ter palavrimagens, PAL/I.

                            Creio que seria preciso irmos falando e mostrando as coisas, fossem figuras humanas ou de animais, sempre com muitas ilustrações de PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) e de AMBIENTES (cidades/municípios, estados/províncias, nações e mundos), com mapas físicos, com planisférios, com mapas rodoviários e ferroviários, com todo gênero de indicação, junto mesmo das palavras, à medida que elas fossem se somando. Antes era muito difícil elaborar dessa forma, porque escrever quase todo mundo sabe – basta estar alfabetizado e já se pode escrever milhões de palavras (até repetindo muito) -, porém desenhar antigamente era coisa de poucos; e desenhar bem, menos gente ainda era capaz. Hoje temos milhares de desenhistas e a Internet pode proporcionar todo tipo de ilustração, sem falar ajuda das bibliotecas, de modo que o impedimento não está mais posto. A geo-história teria muito a ganhar se ela se juntasse às tecnartes para providenciar um novo modo de contar tudo. Lendo um livro de história lemos o autor falando disso e daquilo como se soubéssemos onde está este ou aquele acidente geográfico, de onde veio tal ou qual povo, como era fulano ou beltrano. Não são só os pobretões que não sabem; tirando os eruditos, os da área que estejam superafinados, quase nenhum de nós sabe, mesmo os que são aficionados de história. Continuar assim é a demência total.

                            Vitória, quarta-feira, 18 de agosto de 2004.

A Geo-História de Cada Ponto Visto dos Outros Lados

 

                            Quando lemos a história lá está em geral a versão do vencedor; poucas vezes lê-se em livros alternativos a versão dos derrotados ou uma furiosa e revoltada versão revolucionária. Quando li partes da história mundial segundo a versão da então União Soviética fiquei espantadíssimo de ver seus historiadores chamarem a Segunda Guerra Mundial de Grande Guerra Pátria (pois de 60 milhões de vidas perdidas 1/3 ou 20 milhões foram deles).

                            Mas aqui teríamos um pedido diferente.

                            Por exemplo, como foi a Queda de Constantinopla contemplada em cada conjunto civilizatório?

                            TANTAS QUEDAS NUMA QUEDA SÓ

·       Vista do Ocidente;

·       Vista do Oriente (China, Japão, vários países do Sudoeste da Ásia);

·       Vista do mundo árabe;

·       Vista da África negra; etc.

Isto é, como a Queda de Constantinopla foi retratada em cada cultura-nação? Como cada país refletiu sobre a Queda? Como afetou cada nação, se é que o fez? Poderíamos refletir mais sobre esse acontecimento que foi chocante para o Ocidente e está até hoje em nosso imaginário como uma violência inaudita.

E assim por diante. Um acontecimento que foi considerado central para os árabes, a conversão de Maomé ao monoteísmo, não tem maior significado para os não-muçulmanos. Poderíamos colocar os historiadores do mundo inteiro tratando de cada ponto mais ou menos importante da história do mundo, agora que está havendo a globalização. Digamos, abordar os 1.000 mais importantes pontos da GH em outros tantos livros. Cada ponto teria – suponhamos – 20 capítulos, devidos a 20 povos diferentes olhando por meio de colegiados de geo-historiadores, visando evitar as armadilhas que seriam as descrições muito duras. Essa biblioteca básica nos ajudaria demais, tanto a relativizar o olhar único que existe (em geral do Ocidente) quanto a prestar atenção a todas as visões mundiais, começando a ter de fato uma abordagem humana global da GH.

Vitória, quinta-feira, 19 de agosto de 2004.

A Formação dos Consórcios de Rios

 

                            A SEQUÊNCIA É ESTA

·       Cráton (é o único que de início está acima do nível do mar; vai ser um futuro planalto qualquer);

·       Arco de montanhas;

·       Canal Lobato;

·       Grande rio: lá pelo fim o coletivo de rios, a sociedade que produz o rio imenso.

TABELANDO

PLACA
PLANALTO, ANTIGO CRÁTON
ARCO DE MOTANHAS
LOBATO
CONSÓRCIO DE RIOS
África
(Ficava no Brasil, quando estavam juntos)
(Lados do leste e o Atlas, arco em U aberto)
LAF, Lobato da África
Nilo
América do Norte
Apalaches
Rochosas
LAN, Lobato da América do Norte
Mississipi- Missouri e outros
América do Sul
Planalto Brasileiro
Andes
LAS, Lobato da América do Sul
Amazonas (1,1 mil tributários), da Prata
Euro-Asiática
Planalto da Sibéria Central
Himalaia
LEA, Lobato Euro-Asiático
Ienissei e outros
Indo-Australiana
(Na Austrália Ocidental)
Grande Cordilheira Divisória
LA, Lobato da Austrália
(?)

Alguém que organize melhor a lista. Em todo caso, eis abaixo uma lista obtida na Internet. Pode acreditar que onde houver um grande rio ele vai ter em torno de cinco mil quilômetros (exceto onde, como na Austrália, o processo está muito adiantado e o Lobato já foi todo obliterado, estágio final de levantamento). Grande rio é sinal do estágio avançado do Lobato, ou seja, o grande canal foi fechado e o mar não corre mais nele; o grande rio na realidade é um fiozinho de água doce, depois que o fluxo gigantesco de água salgada cessou. O grande rio é o capítulo final do Lobato, em toda parte (menos na Índia, onde não há nenhum Lobato; o subcontinente todo sempre esteve acima do nível do mar).

Então, o esquema é muito simples: cráton, arco, Lobato, consórcio (que surge quando o canal foi fechado e os lagos desapareceram). Em resumo, o grande rio é o estágio final, reunião de todos os rios que corriam antes ali. Secará, depois de tornar-se um fio, finalmente uma linha de lagos que secarão completamente. Na Austrália tal linha pode ser descoberta.

Vitória, sábado, 21 de agosto de 2004.

 

LISTAS DE RIOS NA Internet

ÁFRICA
Nilo-Kagera
6.650
Congo
4.700
AMÉRICA DO SUL
Amazonas-Ucayali
6.437
Paraná-Rio da Prata
4.000
Purus
3.380
AMÉRICA DO NORTE
Mississipi-Missouri-Red Rock
6.020
Mackenzie
4.241
ÁSIA
Ienissei
5.540
Yang-tsé Kiang
5.494
AUSTRÁLIA
Murray-Darling
3.780
EUROPA
Volga
3.690
Danúbio
2.850

RIOS DE MAIOR DESCARGA

ÁFRICA
Congo
41.000
Kasai
10.000
AMÉRICA DO SUL
Amazonas
180.000
Rio da Prata
22.000
Tocantins
10.000
AMÉRICA DO NORTE
Mississipi
18.000
Mackenzie
11.000
ÁSIA
Yang-tsé Kiang
34.000
Ienissei
19.000
AUSTRÁLIA
Murray
Irregular
EUROPA
Volga
8.000
Danúbio
7.000

A Espiral Y/Y e o Empreendedor

 

                            O Yin/Yang é, nitidamente, um símbolo de governo (é, claro, de des-governo também, pois o que vale para um vale para outro), além de significar os pares polares opostos/complementares.

UM SÍMBOLO EXTRAORDINÁRIO (quanto se pode ver quando se firmam os olhos!)

1.       O círculo mostra que a soma é zero, 50/50;

2.       A perseguição de um pelo outro aponta que cada lado esposa as idéias do contrário no tempo certo (eles não percebem isso, os tempos são largos; “gerações lógicas” se passam até que se dê tal casamento com o contrário);

3.      Cumprem-se as três leis da dialética, postas por Hegel/Engels, e a quarta, que é de Trotsky, além de meus dois corolários;

4.      Existe aquilo que chamei cabeça-do-sim dentro do corpo-do-não e vice-versa, a cabeça-do-não dentro do corpo-do-sim, quer dizer, dentro de cada lado existe um núcleo mais avançado que acredita no contrário daquilo que prega;

5.      Como o círculo unitário pode ser multiplicado para assumir “n” vezes sua área (tanto “n” maior quanto menor que um, aumentando e diminuindo), forma-se uma espiral, que pode começar já grande (quando há herança) e diminuir ou aumentar, ou começar do zero;

6.      Vista no tempo tal espiral ela é uma onda sinoidal, quando se observa o eixo colocado na horizontal;

7.       Há conspirações internas, entre as quatro partes (CaS/CoN, CaN/CoS), e assim por diante.

Pode-se no diagrama pensar demoradamente sem esgotar o aprendizado do Y/Y, pois há nele grande sabedoria (não é coisa dos tolos). Os pares polares opostos/complementares fazem uma dança interessantíssima. E, é lógico, o diagrama Y/Y serve aos empreendedores, como serve a todos e qualquer um.

Todo empresário deveria ter um exemplar e carregar consigo, meditando sobre as forças de mercado, os poderes governamentais e outras forças e poderes.

Vitória, quinta-feira, 19 de agosto de 2004.

A Dieta de Fiona

 

                            Fiona é a princesa Fiona do desenho animado Shrek I e II. No primeiro ela está presa no castelo e em vez do príncipe bonitão acaba por salvá-la um ogro-macho gordo e barrigudo, muito feio, como somos quase todos os homens fora das telas de cinema. No decorrer da trama vê-se que a bela princesa quando fora do feitiço é uma ogro-fêmea, gorda também, mas ela acaba se apaixonando por ele e eles se casam no final do primeiro filme, no início do segundo indo os dois até a casa do pai e da mãe dela (sogro e sogra dele), onde serão apresentados a ele e vice-versa.

                            Há aí algum simbolismo sobre as dieta-sanfona, pois a mocinha de cintura batida que era princesa de repente é vista como uma gorda feia, um ogro insuportável (pelos padrões falsificados de beleza deste mundo). Quem é que pode amar um ogro feia e gorda senão um ogro feio e gordo? Mas não é só isso que conta, não é, porque se fosse, como é que as pessoas que conhecemos teriam ficado juntas? Ou já eram feias antes do casamento ou foram ficando depois. Mas é que várias coisas contam no chamado “somatório geral”, como dizem os idiotas (ou “total todo”, como dizem outros, idiotas também).

O QUE É QUE CONTA NO CASAMENTO FELIZ E DURADOURO DOS OGROS? (Que somos quase todos nós, afinal de contas)

·       Riso (como é mostrado no filme);

·       Amor profundo e respeito mútuo;

·       Ver por debaixo da forma o conteúdo;

·       Segurança;

·       Companheirismo;

·       Aquelas coisas todas conhecidas.

Quando todas essas coisas estão presentes a dieta de Fiona, que a mantinha torturada dentro daquele corpinho de mocinha, não é tão importante. A vida vai se fazendo boa de muitas formas. Aquilo que é vendido pelos galãs e pelas belezas cinematográficas gerais não passa de assombração – no final das contas uma violência contra a maioria. E é isso que o filme brilhantemente denuncia: que a dieta de Fiona têm fim quando a felicidade é encontrada.

Vitória, domingo, 22 de agosto de 2004.

A Destinação dos Recursos da Petrobrás

 

                            Veja que tudo isso por enquanto é sonho, mas para o caso dos sonhos se realizarem devemos ter pelo menos uma linha simples para caminhar. Refere-se este texto àqueles valores maiores que no caso de haver contrato pedirei, o um porcento (1 %) de todas as descobertas futuras em solo brasileiro e em solo estrangeiro que derivarem da Teoria dos Lobatos.

                            A DESTINAÇÃO PRIMÁRIA

·       50 % em ações da própria Petrobrás (ela crescerá desmesuradamente, tornando-se a maior empresa do planeta, maior que todas as sete irmãs juntas, maior que a atual coalizão de bancos japoneses com patrimônio de 1,7 trilhão de dólares);

·       50 % em dinheiro.

A APLICAÇÃO DO DINHEIRO

·       50 % (25 % do total) para comprar terras nas páleo-fozes;

·       50 % (25 % do total) transformável em produtos destinados a servir às empresas engajadas nas tarefas de busca na futura corrida do ouro negro (elas jogarão dinheiro pela janela, na euforia das descobertas).

A APLICAÇÃO DAS AÇÕES

·       50 % (25 % do total) permanecendo para sempre na Petrobrás;

·       50 % (25 % do total) sendo reconvertidos em ações de outras companhias de energia (e daí partindo para outras formas de energia, pois o petróleo não sairá da Terra).

Embora durando todo o horizonte próximo, 400 ou 500 anos, e não mais 40 anos, a energia do petróleo e do gás acabará; e desde logo não servirá para tirar a humanidade do planeta, de forma que mais que nunca as energias derivadas das forças fundamentais são FUNDAMENTAIS.

Sobre isso não falaremos a ninguém, até que esteja consumado (até porque soaria ridículo).

Vitória, quinta-feira, 19 de agosto de 2004.

A Busca dos Lobatos em Campo

 

                            Não é como uma procura qualquer, nem quantitativa (pois são pelo menos oito milhões de km2) nem qualitativamente (se trata de afirmar uma nova visão orgânica do mundo, capacidade de prospectar logicamente, sem superafirmação do teórico, que seria bizantinismo, nem recusa da racionalidade de escritório).

                            Pelo lado quantitativo haverá uma enormidade de homens a deslocar com aparelhos, instrumentos, máquinas, computadores, apoio logístico, alimentação, grandes estruturas de perfuração, cabos óticos a levar informações para retaguarda ou satélites a alugar, agendamento de visitas de representantes curiosos da autoridade, etc.

                            CUIDADOS QUANTITATIVOS

·       Com os dados destinados aos geólogos;

·       Com aqueles dos paleontólogos;

·       Com os que se poderá entregar aos antropólogos (embora se diga que as duas levas indígenas têm somente 15 e 12 mil anos, podem aparecer surpresas);

·       Eventualmente, com as relações arqueológicas (da civilização incipiente) com o LAS, Lobato da América do Sul;

·       Com aqueles que as demais ciências e conhecimentos desejarem.

Deve-se ter cuidado de evitar que do jorro de informações algo se perca por inabilidade de desatentos agentes de campo.

Na ponta qualitativa é o caso de obtermos uma imagem completa de mundo a partir da Teoria dos Lobatos e das demais teorias associadas do Balde Cosmogônico, do Modelo da Caverna e do resto do modelo. O que está em jogo é muita coisa. Não fui a campo para imaginar a TL, fi-lo de casa, com a ajuda dos mapas e da teoria das placas tectônicas, que veio da hipótese de Wegener. Podemos, com os dados que do campo vem naturalmente, imaginar outras soluções competentes que nos situem corretamente no universo?

Assim sendo, não apenas o material como também o ideal está em jogo, tanto o futuro da prática quanto da teoria.

Vitória, domingo, 22 de agosto de 2004.