Amor ao Estado e os
Governos Passageiros
Como disse alguém,
atribuído ao povo, “no ônibus todos são passageiros, só o motorista e o
trocador são permanentes”, equivalendo a dizer que uns sobem e descem e outros
dois, não.
No livro Pare
de Acreditar no Governo (Por que os brasileiros não confiam nos
políticos e amam o Estado), Rio de Janeiro, Record, 2015, o capixaba Bruno
Garschagen (Cachoeiro de Itapemirim, 1971) coloca o pedido de distinção, que o MP Modelo Pirâmide pode responder.
RESPONDENDO AO BG (já fiz isso antes,
de outro modo)
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ESTADO.
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DEUS, ESPAÇO, GEOGRAFIA.
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MOTORISTA.
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PERMANENTE.
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G1
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...
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Gn
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NATUREZA,
TEMPO, HISTÓRIA.
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PASSAGEIROS.
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PROVISÓRIOS.
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O Estado é um só não somente no universo, mas
em todos os universos que já existiram, existem e existirão, enquanto os
governos são passageiros, transitórios, efêmeros, provisórios, temporários,
caducantes, enferrujantes, decadentes, terminais, insubsistentes, por exemplo,
os governos humanos – irão desaparecer com o tempo, POR MAIS QUE DUREM. Então,
havendo governo, sabemos de antemão que minguarão, virarão história, serão
substituídos pacificamente ou não.
Quem haveria de gostar de enchentes, de
tempestades, de terremotos, de maremotos, de tufões, de descontinuidades, de
impermanências, de avalanches? Mesmo a curta vida humana sente repulsa por
isso, mudanças a todo instante, revoluções (o povo só vai a elas EM ÚLTIMO
CASO, quando estão apartadas todas as alternativas da mansidão). TODOS OS SERES
gostam de tranquilidade, de paz, de continuidade que encontram no Estado, pois
de outra forma não é possível trabalhar e ser recompensado pelo trabalho. É
inteiramente compreensível que os povos amem o Estado, já que a estabilidade (=
ESTADO = TUDO = TERRA = EQUILÍBRIO = CRISTO e sege na RC Rede Cognata) é o que
vale. Menos aceitável é que não vejamos (eu também não, até tentar dar resposta
à pergunta não feita).
O Estado é o que nos dá sustentação, porisso
devem haver duas eleições no Brasil, a escolha do permanente e as escolhas dos
transitórios: no fundo, digamos, o rei dinástico (os do passado não prestavam,
os de agora foram reformados pela República, em particular a república
americana), na frente os republicanos eleitos, como está em República Imperial.
Vitória, terça-feira, 11 de julho de 2017.
GAVA.

