A Leitura de ASC
Para a leitura de
ASC devemos tomar alguns cuidados.
DOIS GRUPOS DE LEITORES
a) De casa (Gabriel e Clara, que aliás
são ávidos leitores);
b) De fora (alguns amigos ou de
preferência estranhos?).
É claro que não espero facilidades,
porque se trata de enfrentamento do mercado, visando tantos os leitores (que
pagam o suado dinheirinho, 40 a 60 reais, ou o que for como preço de capa por
uma leitura tranqüila, fácil, prazerosa, lucrativa em termos emocionais e de
crescimento pessoambiental) quanto a construção posterior de um filme, que vale
muito tem termos de contrato, milhões de dólares até, se o cara dá sorte de o
tema ser interessante. Por outro lado, se 50 mil exemplares são excepcionais no
Brasil (a 40 reais, daria dois milhões, de que 10 % seriam 200 mil), no
estrangeiro chega-se à casa dos milhões deles só nos EUA. Se o total da edição
no mundo fosse de 50 milhões de exemplares se chegaria a mil vezes o valor
acima como lucro potencial, 200 milhões de reais. Não que seja o caso disso e
daquilo, são apenas cálculos que revelam a responsabilidade terminal de
qualquer escritor, porque esse é o limite, o potencial. Contando que, como os
atores fazem, pode-se fazer um contrato de venda do texto para o cinema por um
percentual, que seja 10 % de bilhão de dólares do lucro presumido do filme, são
US$ 100 milhões. Então, ninguém está logo de início de brincadeira.
Evidentemente esse é o caso de apenas um ou alguns, os outros passam longe.
Entrementes, uma leitura não isenta,
dos amigos, pode ser ruim, porque críticas daninhas não-objetivas podem se
manifestar, quando deveria justamente ser isenta, prendendo-se aos erros, sem
se dirigir à pessoa. Quer dizer: há erros? Aponte aqui e acolá. Dê opiniões sem
ferir. Daí que todo cuidado seja pouco.
DUAS
CRÍTICAS
·
Crítica
formal (da forma, do estilo ou modelo);
a) Correção vernácula (ortografia e
sintaxe, com consulta ao autor);
b) Delicadeza do molde ou o que for;
·
De
conteúdo (a lógica que conduz a criação ou fusão dos elementos todos, que podem
ser muitos).
Enfim, crítica de livro, feita
profissionalmente, não é fácil, porque pressupõe que o leitor carregue um
caderninho para anotar, se desejar mesmo ajudar. Isso toma tempo e é
aborrecido. Porisso deveríamos ter LEITORES PROFISSIONAIS, por encomenda.
Vitória, sábado, 14 de agosto de 2004.


