terça-feira, 13 de junho de 2017


Mercado do BB e do D/800


 

                            BB é o Brasileirinho de Bolso e D/800 é o dicionário popular de 800 palavras. Aqui devemos avaliar o tamanho final do projeto, os limites de expansão em termos especulativos.

                            São espaçotempos diferentes.

                            O MERCADO DO BB

·        Destinando-se a 60 milhões de operários brasileiros (para facilitar as contas; como é tudo otimismo não vale a pena se prender a números precisos – a ordem de grandeza basta), a R$ 30 (US$ 10) cada livrinho será 1,8 bilhão de reais, de que nossos 10 % constituiriam 180 milhões; como o mundo é 40 vezes o Brasil, em tese teríamos chance de alcançar 7,2 bilhões de reais ou 2,4 bilhões de dólares, com relançamento a cada três anos à Microsoft, de preferência com um CD anexo e com sítio na Internet para atualizações de quem comprou o livro e o programa junto, o que custará mais caro, digamos R$ 90 (US$ 30): aí o limite já seria de US$ 7,2 bilhões ou R$ 21,6 bilhões;

O MERCADO DE D/800


·        Este é para o povo, em tese e no limite um por indivíduo adulto ou criança que vá crescendo, metade de 176 milhões (para facilitar as contas também) de habitantes no Brasil, 88 milhões de homens e mulheres, mesmos valores dando (88 x 30 =) 2,64 bilhões de reais (880 milhões de dólares), nossa parte de 10 % chegando a R$ 264 milhões ou US$ 88 milhões. Para a totalidade do mundo, 40 vezes o Brasil, nossa participação limite chegaria a US$ 3,52 ou R$ 10,56 bilhões. Também pode ser feito o programa, mas não creio que seja útil. Se ele fosse feito, na mesma proporção, US$ 10,56 bilhões e R$ 31,68 bilhões.

Muita coisa. E nem compreende os serviços correlatos, podendo-se com estes valores financiar todo tipo de causa dos trabalhadores ao largo do mundo.

Enfim, é um processo de editoração embutido, podendo sair outros livros de interesse dos operários e do povo, como tenho em mente, inclusive aquela constituição que pode ser uma interpretação popular para cada uma das mais de 200 nações.

Vitória, quarta-feira, 28 de abril de 2004.

O Bolso de Brasileirinho


 

                            Falando do bolso, quer dizer, das finanças de Brasileirinho como se fosse de um personagem, à Jeca Tatu, de Monteiro Lobato. Seria preciso entregar o desenvolvimento da figura a um grupo de tecnartistas criadores, embora possamos dar palpites sobre o que queremos. Isto, é claro, se o Brasileirinho de Bolso se desenvolver a ponto de se tornar uma empresa editorial respeitada e ampla.

                            “Bolso de Brasileirinho” seria então um programa de socioeconomia amplamente disseminado, nacionalmente exposto, para dar conselhos e ensinar aplicações dos parcos recursos do povo e dos trabalhadores: a) compra de lote e construção de casa; b) procurar o PROCOM, c) comprar máquina de locomoção (moto, carro, etc.) e o que mais for possível expor SOB A ÓTICA DOS DESPOSSUÍDOS. Por si mesma a empresa tende a ficar grande, imensa, luxuosa, poderosa; porque, embora do povo, não precisa se mostrar pobre e insuficiente. Ambientes simples, despojados, mas nem porisso menos elegantes; limpos, econômicos no uso de espaço e tempo, perfeitos, extremamente eficientes, com idéia de missão, destino e alvo, mirando a solução dos conflitos com a burguesia. Daí pode sair toda uma mídia (jornal, livros, revistas, rádio, Internet e TV), pois se trata de metade da população, um alvo imenso.

                            Um punhado de revolucionários e um punhado de burocratas confucianos eficientes em dar base aos outros, criando essa REVOLUÇÃO EFICIENTE que pretendo. E tudo isso no enquadramento burguês, sem que as elites possam dizer nada – tendo que ficar caladinhas.

                            Daí daremos voz aos populares.

                            De uma semente tão pequena uma árvore tão grande.

                            Vitória, quarta-feira, 28 de abril de 2004.

Museu da Complexidade


 

                            Semana passada o Discovery exibiu o programa QM2 (Queen Mary II) o Renascer de uma Lenda em que mostrou a construção do espantoso navio. Dava para ver que era complexo, mas a complexidade não foi abordada em si mesma, como uma árvore que juntava milhares de folhas nos ramos, estes nos galhos que iriam pelo tronco da reunião dar nas raízes do serviços, ou o contrário.

                            Teriam de pegar cada folha, mostrando-as seqüencialmente, uma após a outra, todas no mesmo plano temporal do fazer, nos vários espaços (e aí remetendo a outras complexidades passadas). No plano seguinte, talvez algumas semanas, a estudar, já seriam mostradas aquelas folhas-compostas, juntadas a outras, em objetos mais complexos, e assim por diante até chegar no navio operacional andando no mar. Seria programa que consumiria muitas horas, mas não é para exibição senão numa versão muito condensada, servindo de fato à pedagogia.

                            O mesmo poderia ser feitos para aviões, estações espaciais, laboratórios, fábricas, computadores especiais e tantos composições contemporâneas extraordinariamente complexas. Tal visão da complexidade, num museu estabelecido para tal, daria a altíssima ordem de complexidade da civilização atual, inclusive mostrando os governos e as empresas, instruindo os novos mandatários e os novos empresários sobre as dimensões próprias das construções recentes.

                            O museu poderia usar vários recursos:

·        Palestras, debates, congressos – com gente falando;

·        Mostras, shows e exposições;

·        CD’s, DVD’s, fitas, projeções em telas;

·        Desenhos em paredes, pinturas, fotografias, revistas em quadrinhos, etc.

Tudo isso com o objetivo de preparar os futuros dirigentes nos governempresas para suas tarefas, cuja complexidade só tende a crescer: pelo menos eles fariam uma idéia, ainda que vaga, do que topariam pela frente e poderiam se preparar para esse enfrentamento com muito maior agudeza e atenção.

Vitória, sábado, 24 de abril de 2004.

Liberdade na Árvore

 

                            Com sua mente desenhe no espaço o sistema tricoordenado de Descartes com três planos se encontrando para formar acima e abaixo, à frente e atrás, à esquerda e à direita, com oito octantes (se fossem duas retas seriam quatro quadrantes) em torno do zero (0, 0, 0) dos eixos X, Y e Z.

                            Coloque esse desenho no centro geométrico de uma árvore.

                            Você vê que agora, colocado um delimitador, temos cantos, que a Clarice Lispector deplorava (“cercas delimitando cantos que não seriam cantos não fossem as cercas arbitrárias” – creio que essas foram as palavras). Quer dizer, convenções ou vontades delimitam e classificam.

                            Veja que de única a árvore passou a ter oito octantes, com folhas separadas em classes-octantes, em oito castas (= CANTOS, na Rede Cognata) que poderiam até se estranhar, fossem elas racionais. Com base nessas separações seriam feitas guerras, que a árvore única não propõe. Não nos basta a solução simplória de diz que tudo será acertado, que tudo doravante será felicidade, que tudo se resolverá, que viveremos em estado de contemplação do Paraíso – devemos inventar nosso estado de saúde.

                            Veja que antes de classificar havia liberdade na árvore.

                            Ninguém dizia que uma folha estava acima de outra, nem atrasada à esquerda no tempo, nem atrás das que se sentiam à frente. Acima e abaixo, à frente e atrás, à esquerda e à direita não tinham sido palavras inertes depois valorizadas pelas separações arbitrárias. Cada folha da árvore podia ser, dentro do limite de ser daquela árvore (a liberdade não é tanta que abacateiros tenham folhas de abacaxizeiros ou de coqueiros ou de milharal ou do que seja; laranjeiras tem folhas próprias e só suas), do jeito que quisesse. Por exemplo, não se pode matar – há certas regras invioláveis. Não as rompendo tudo é permitido às folhas, todas são úteis e necessárias. Umas estão para o sul, outras para o norte, umas mais no alto e outras mais embaixo, umas são maiores e outras menores e todas servem à árvore, à sua prosperidade e estabilização.

                            Para seres que se dizem racionais somos os humanos bem irracionais. As barbaridades que cometemos com as liberdades alheias nas mínimas coisas são estarrecedoras. Deveríamos criar uma Escola da Árvore que a olhasse e admirasse.

                            Vitória, terça-feira, 27 de abril de 2004.

Interface da UFES

 

                            A UFES tem a Avenida Fernando Ferrari tocando-a na sua face leste, do outro lado estando o bairro Jardim da UFES, em Vitória, num trecho de uns dois quilômetros. A Prefeitura Municipal de Vitória precisa duplicar a avenida, necessitando do aval da universidade.

                            Uma boa oportunidade para ambas.

                            Como o atual prefeito, LPVL vai sair em janeiro e em outubro é a nova eleição, se ele quiser fazer o sucessor ou acumular prestígio para a próxima eleição deve fazer obras, inclusive essa, e como já é abril e não começou deduzo que está emperrado, com certeza da parte da universidade. Entrementes, pensei que um GRANDE painel poderia ser pago pela PMV em troca da cessão do terreno. Um painel realmente grande, não apenas de dois quilômetros de comprimento ou o que for, com as respectivas entradas (sobre as quais eu também teria algo a dizer), como de grande altura relativa, dez metros, digamos, podendo ser pintado e repintado, com espaços para outdoors, realmente inovando nisso, inclusive com arranjos florais desenhados pelos artistas da universidade.

                            Há necessidade de comunicação, de propaganda mesmo da UFES.

                            Não é só importante, a universidade tem até a obrigação moral, pelo tanto que custa ao povo brasileiro, especialmente ao capixaba, de mostrar o que fez, o que faz e o que pretende fazer, de expor tudo que realiza em troca do suado dinheirinho dos tributos pagos pelo povo.

                            Quanto a isso temos as interfaces reais, como essa que estou pedindo, e as interfaces virtuais, como já desenhei noutra parte. No que tange às interfaces virtuais há a questão da página na Internet. Como é que os negros americanos, sendo somente 1/8 ou 12,5 % da população americana se projetam tanto? Tudo propaganda, naturalmente. Acho que a proporção pode ser essa: 8/1 – fazer um e multiplicar por oito. Não é desonesto: você pode prestar e pretender prestar muito mais serviços à comunidade.

                            Vitória, sexta-feira, 23 de abril de 2004.

Indivíduos Altos

 

                            O povo tem o conceito de “dar trabalho”.

                            Na seqüência dos raciocínios sobre os 2,5 % ou 1/40 que são resistentes e comportam em elevado grau as qualidades podemos pensar nos (1/40) n que vão caminhando para restrições cada vez mais duras.

OS QUE OS 1/40 CONTROLAM (eles “dão trabalho” a tantos quanto; no caso, além de cuidar de outros 39 esse um complica também a vida deles, ao resistir)                      

ÍNDICE 1/40 (N)
RESISTÊNCIA DO INDIVÍ-
DUO
INDIVÍDUOS CONTROLADOS
NO LIMITE
NA TERRA (tomando como tendo 6,3 bilhões)
NOME
(1/40)0
Zero
Ele mesmo
6,3 bilhões
Povo
(1/40)1
Um
40
157,5 milhões
Liderança
(1/40)2
Dois
1.600
3,9375 milhões
Profissional
(1/40)3
Três
64.000
98,5 mil
Pesquisador
(1/40)4
Quatro
256.000
2.460
Estadista
(1/40)5
Cinco
10,24 milhões
62
Santo/sábio
(1/40)6
Seis
409,6 milhões
2,5
Iluminado
(1/40)7
Sete
16,384 bilhões
Não há
(?)
(1/40)8
Oito
655,36 bilhões
Não há
(?)
(1/40)9
Nove
26,21 trilhões
Não há
(?)

Papai chamava esses de resistência-zero, sem ter o conceito que introduzi, de “paus-mandados”, os cachorrinhos que vão onde se manda.

Se o indivíduo se propuser a fazer o que não sabe e aquilo para que não está nem pode estar preparado, tudo desandará, dará errado, os astros ou modelos sendo desalinhados. Se isso for verdade há decepcionantes menos de 100 mil pesquisadores REAIS possíveis, para além do fingimento e do esforço malogrado (financiar mais que uma centena de milhar é gasto inútil, nada renderá). As nações podem financiar milhões de pesquisadores, mas nada conseguirão tirar disso, a não ser aposentadorias mais caras a pagar e gente graduada para varrer o chão e arrumar gavetas.

Mais decepcionante ainda, os profissionais tarimbados serão em todas as mais de 200 nações apenas quatro milhões, para os vários milhões de formados. A educação “superior” destes não passa de tintura cultural ou nacional propagandística, para nada servindo de útil ou proveitoso, em termos de construção e invenção.

Mais revoltante ainda, só há na Terra, no presente momento, vivos, 62 sábios e santos, metade do lado da emoção, 31, e metade do lado da razão. Dessas seis dezenas uns 30 serão santificados e uns 30 impulsionarão o conhecimento até mais no alto, para a próxima geração. São tão poucos! Quer dizer que para os 100 bilhões de seres humanos que se supõe terem nascido não mais que [(100/6,3) x 62 =] MIL podem ser realmente santificados, em limites bem precisos.

Pior ainda, terão existindo menos de [ (100/6,3) x 2,5 =] 40 iluminados, dos quais conhecemos alguns – outros, que seriam, morreram ainda crianças, metade é de mulheres que não tiveram chance de se mostrar, um tanto está perdido na pré-história. Das mulheres (40/2 =) perdemos quase todas as 20; dos demais podemos contar ter perdido outros 10, sobrando Jesus, Buda, Vardamana, Moisés, Maomé, Gandhi, Confúcio, Lao Tse, Zaratustra, Clarice Lispector, Abraão e sabe-se lá mais qual.

Em resumo, as notícias são alarmantes.

Se isso for verdade todas as políticas educacionais devem ser revistas e reorientadas, porque está gastando desnecessária e improdutivamente, sendo o efeito mais visível o de elevar alguns ao orgulho e sua deslavada demonstração, tornando doutores quem não pode nem deveria sê-lo.

Os indivíduos-altos, que realmente impulsionam a Vida-racional alta são poucos, são desesperadamente poucos.

Vitória, terça-feira, 27 de abril de 2004.

Gavescritórios


 

Era exatamente por isso que eu não queria me voltar para as atividades econômico-financeiras, porque sou compulsivo (no Houaiss digital, compulsão:            imposição interna irresistível que leva o indivíduo a realizar determinado ato ou a comportar-se de determinada maneira) e agora em todos os momentos vou estar voltado para essa coisa.

Se vamos ter escritórios devemos pensar em atender FORTEMENTE os interesses da clientela, por vários motivos:

1.       Se ela ficar satisfeita virá outras vezes e trará outros;

2.      Se ela se der bem podemos nos associar, comprando ações ou cotas (pois teremos informações privilegiadas – mas antes diremos que queremos participar e perguntaremos se podemos);

3.      Se estiver mal perguntaremos se precisa de e quer nosso apoio, comprando parte, desde que possa ser melhorada por nova gerência;

4.     Ela tem uma rede de apoio e conhecimentos que pode partilhar conosco – com isso criaremos uma rede de conhecimentos e de convencimentos; etc.

Quanto ao escritório em si, várias coisas se impõem:

·        Beleza, segundo os padrões de cada ambiente (cidade/município, estado, nação);

·        Limpeza (não apenas de insetos em geral, baratas em particular, e ratos, mas com água correndo para refrescar o ar, com perfume, com brilhos, com cores estimulantes, com certeza de não haver negócios escusos – portanto, salas fechadas são vedadas);

·        Ordem (não excessiva, que constranja os visitantes, mas discreta e permanente);

·        Atendimento perfeito, mas não servil;

·        Compactação das informações fornecidas (sem uma palavra a mais que o necessário), etc.

Enfim, é preciso colocar gente a estudar permanentemente as tecnartes de atendimento e as tecnociências dele, de tal maneira que os G/E peguem fama mundial imorredoura de pureza e correção.

Vitória, quarta-feira, 21 de abril de 2004.